Longa é comandado por diretor de ‘Porquê Treinar o Seu Dragão’ e ‘Lilo & Stitch’. Versão dublada conta com as vozes de Rodrigo Lombardi e Gabriel Leone Volta e meia, seres cibernéticos são escolhidos para serem os protagonistas de longas de animação. Sem pensar muito, dá para lembrar de filmes porquê “Robôs” (2005), “Wall-e” (2008) ou os recentes “Meu Camarada Robô” (2023, indicado ao Oscar) e “Transformers: O Início” (2024).
Mas “Robô Selvagem”, que chega às telas brasileiras nesta quinta-feira (10), se destaca em relação aos outros por ter uma história muito mais emocionante, capaz de tocar espectadores de diferentes idades, e um trabalho de animação belíssimo, que torna o espetáculo ainda mais memorável.
A trama se passa numa ilhéu desabitada por humanos, onde acidentalmente vai parar uma unidade ROZZUM 7134, mais conhecida porquê “Roz” (dublada originalmente por Lupita Nyong’o, e por Elina de Souza na versão em português). Programada para servir seus “mestres”, Roz precisa aprender a mourejar com o envolvente hostil e, à medida que vai entendendo porquê se relacionar com os animais do sítio, passa a desenvolver um comportamento menos sintético e mais amistoso com os bichos.
Assista ao trailer do filme “Robô Selvagem”
Mas as coisas mudam realmente quando, em seguida um incidente, Roz tem que cuidar de um filhote de ganso órfão, denominado por ela de Ponta-Vivo. O convívio entre os dois cria uma relação maternal e, à conforme Ponta-Vivo cresce (e ganha a voz de Kit Connor, de “Heartstopper” na versão original, e de Gabriel Leone em português), Roz passa a ter sensações que não fazem secção de sua programação, o que gera nela grandes conflitos internos.
Perceptibilidade proveniente
“Robô Selvagem” conquista o público logo nos primeiros minutos graças a uma animação impecável. Ao tentar se entender com os bichos da ilhéu, a protagonista cibernética passa a viver situações divertidas e inusitadas. É impossível não rir com as reações dos animais às tentativas frustradas de Roz.
O mais interessante, porém, é porquê o filme mostra a evolução da personagem. Inicialmente, ela não compreende muito o envolvente, mas, depois, fica completamente adaptada ao novo meio.
Roz passa a descrever com a ajuda de um raposo chamado Astuto (Pedro Pascal/Rodrigo Lombardi), o que gera diálogos e cenas bastante cômicas. A interação entre os dois é muito boa e acontece de uma maneira fluida, o que resulta num humor genuíno.
Roz vive uma relação de mãe e rebento com o ganso Ponta-Vivo na animação ‘Robô Selvagem’
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Mas o que realmente cativa o testemunha é a relação entre Roz e seu “rebento adotivo” Ponta-Vivo. Primeiro, a robô se preocupa unicamente em fazer o ganso satisfazer tarefas que ela estabelece para seu bem-estar. Só que, aos poucos, graças ao convívio entre os dois, o relacionamento se altera e fica muito mais terno. Fica muito difícil o público não fabricar uma simpatia e afeto por eles, além de torcer para que tudo dê manifesto no final.
O valor disso está no ótimo trabalho de Chris Sanders, responsável por “Porquê treinar o seu dragão” e “Lilo e Stitch”, animações que também fizeram sucesso ao mostrar a evolução no relacionamento afetivo e fraternal entre os protagonistas.
Também responsável do roteiro, que adapta o livro de Peter Brown, Sanders sabe porquê fabricar sequências emotivas que não sejam piegas ou fora do tom. Assim, o tratamento oferecido para as cenas entre Roz e Ponta-Vivo cumpre o objetivo de emocionar e encantar o público.
Pinturas em movimento
O outro paisagem notável de “Robô Selvagem” está na qualidade técnica da animação. A equipe de Sanders usa recursos de “Gato de Botas 2: O último pedido” (também da Dreamworks), e os aprimora, criando um verdadeiro show de imagens.
‘Robô Selvagem’ é uma animação da Dreamworks com belas imagens
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As cenas geradas por computação gráfica ganham um estilo diferenciado, porquê se fossem feitas com tintas de uma aquarela. Ao mesmo tempo, elas mantêm o detalhamento que só é visto em animações atuais. Essa mistura de estilos gera um resultado belíssimo e de encher os olhos de quem assiste ao filme.
O design dos personagens também é bastante inspirado, em próprio a construção de Roz e de outros androides que aparecem na trama, além dos animais da ilhéu, o que ajuda a deixar o público ainda mais seduzido.
A versão dublada do filme também merece destaque. Elina de Souza se sai muito muito nas mudanças de humor da Roz, principalmente quando ela expressa aperto pelo que pode ocorrer com o filhote da personagem. Rodrigo Lombardi parece estar se especializando em raposos, já que dublou o malandro Nick em “Zootopia” e, assim porquê na produção da Disney, dá um tom acertadamente cômico para Astuto.
Roz (Lupita Nyong’o/Elina de Souza) conta com a ajuda de Astuto (Pedro Pascal/Rodrigo Lombardi) em ‘Robô Selvagem’
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Quem surpreende mesmo é Gabriel Leone ao dublar Ponta-Vivo. O ator adota um tom na voz que a deixa quase irreconhecível até mesmo para quem acompanha o seu trabalho há qualquer tempo. Com isso, ele também é bem-sucedido no desenvolvimento do personagem (cuja versão moço é dublada pelo ator Vicente Alvite). Isso também ajuda a tornar a relação entre os dois ainda mais cativante.
“Robô Selvagem” tem grandes chances de se tornar a melhor animação de 2024, feito que parecia estar nas mãos de “Divertida Mente 2”. Com uma história muito muito contada, personagens muito carismáticos, uma bela mensagem e um visual estonteante, o longa tem tudo para ocupar o grande público e ser lembrado por muito tempo para quem presenciar, já que toca em questões que humanos vão se identificar bastante. Até mesmo aqueles que são frios porquê máquinas podem encontrar seus corações ao assistirem ao filme.
Cartela resenha sátira g1
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Fonte G1
