Robótica Reúne Mais De 2 Mil Estudantes Em Brasília Até

Robótica reúne mais de 2 mil estudantes em Brasília até sábado

Brasil

Brasília será palco de competições entre robôs nesta sexta-feira (1º) e sábado (2), no Festival Sesi de Ensino, promovido pelo Serviço Social da Indústria. O maior festival do tipo da América Latina tem 11 anos e, nesta edição, envolve projetos de inovação relacionados ao mundo das artes.

No Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, talentos, tecnologias, inovação, investimento e diversão dividem espaço em 30 milénio m². A estrutura foi montada para acoitar pistas de competição e treino de Fórmula 1 (F1), além de três arenas de competição e de treino, com telão, arquibancadas e cronômetro, onde são propostos desafios que devem ser realizados em determinado pausa de tempo. Os desafios variam conforme a idade dos competidores e o porte do robô.

Os visitantes poderão ver a quatro modalidades da competição – com protótipos em miniaturas de carros de Fórmula 1, robôs pequenos com peças de montar (First Lego League Challenge, FLLC), a robôs gigantes, com até 1,2 metro de profundeza e 56 kg, nas competições das categorias First Tech Challenge (FTC) e First Robotics Competition (FRC).

Nestes dois dias, a expectativa é reunir mais de 2,5 milénio estudantes de 9 a 19 anos de escolas públicas e privadas das cinco regiões do país e da rede Sesi e Serviço Pátrio de Aprendizagem Industrial (Senai). Os competidores estão distribuídos em 265 equipes.

A lanço pátrio é classificatória para o mundial de robótica da organização sem fins lucrativos First, em Houston, nos Estados Unidos, em abril. O Brasil tem garantidas 12 vagas na competição internacional, número recorde desde o início da participação do país.

Habilidades e competências para o porvir

É a arte aliada à ciência e tecnologia para transformar a veras do Brasil. O superintendente pátrio de Ensino Sesi, Wisley João Pereira, considera que o conhecimento e a ensino modernizada são ferramentas importantes para promover a inovação no país e aumentar a escolaridade da população.

Brasília (DF) 29/02/2024 - Brasília sedia, entre 28 de fevereiro e 2 de março no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, o Festival SESI de Educação.
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF) 29/02/2024 - Brasília sedia, entre 28 de fevereiro e 2 de março no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, o Festival SESI de Educação.
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Equipes testam robôs – fotoJosé Cruz/Escritório Brasil

“Se a gente quiser fazer uma grande revolução industrial e uma inovação em nosso país, uma indústria mais limpa, mais tecnológica, [isso] passa por uma revolução educacional. Não é provável a gente exigir novas habilidades sem preparar as crianças e adolescentes para essas novas habilidades que o mundo do trabalho exige hoje. É preciso trabalhar nossas crianças, adolescentes e jovens para as habilidades que são necessárias porquê resoluções de problema, originalidade, trabalho em equipe, cooperação. São essas habilidades que estão previstas para o porvir do trabalho”, diz Wisley.

O estudante competidor Luca Roble, de Novo Hamburgo (RS), de 17 anos, que desde os 12 anos estuda robótica. Nesta terceira participação no torneio, ele já tem planos profissionais.

“Hoje em dia, só fico no laboratório, é mágico, porque todo mundo se dedica muito, tem esse espírito de competição que faz você querer e ao mesmo tempo você aprende muitas coisas importantes de tecnologia, programação e engenharia que vão te dar carreiras brilhantes para o porvir. Eu quero ser engenheiro de computação, trabalhar na indústria e com automações”, enfatiza.

Regras do jogo

Meses antes do torneio pátrio, os estudantes conhecem as regras dos jogos e os desafios propostos. Chegando a Brasília, dois dias antes do início solene das competições, eles puderam testar o funcionamento dos robôs e simular o cumprimento das missões que devem ser realizadas e que gerarão pontuação na hora do rosto a rosto, ou melhor, do comando a comando nos controles remotos dos adversários, o que deve ser preciso para vencer.

Quem conhece muito as regras a serem cumpridas em 2024 é Vinícius Lacerda, de Florianópolis (SC). Em seguida competir desde 2019, nesta edição, ele, que tem 20 anos de idade, é supervisor de redondel First Robotics Competition (FRC) que explora o subtema Crescendo, uma referência ao mundo da música e à dinâmica do aumento gradual da intensidade sonora. Vinícius está familiarizado com cada palmo da redondel e conseguiu explicar as missões aos participantes. Para ele, essa vivência acumulada tem o seu valor.   “Eu acho que essa competição muda a vida de todo mundo que participa dela, seja pela competição, seja por tudo que se aprende. E entrei na FRC, que é essa categoria, em 2019 quando eram de oito  a  dez equipes no Brasil. E hoje a gente tem uma regional com mais de 60, cá dentro, em Brasília”, argumenta.

O líder da equipe Tech Zeus, de Barbacena (MG), Leonardo Miranda, de 16 anos, na temporada de testes do robô, esteve com a crédito elevada sobre o projeto. “Não estou nervoso até o momento porque os rounds ainda não eram oficiais, são exclusivamente os rounds de treino. Levante foi o momento realmente de testar, de elevar para que a gente consiga ir muito muito na redondel. E estou esperançoso de que nosso robô vai ter um bom desempenho”, confessa.

Juízes

As engenhocas de todos os tamanhos e competências precisam fazer manobras precisas, conforme as missões recebidas em um tempo pré-estabelecido. Os estudantes erram e acertam no meio do caminho.

Atentos a tudo que ocorre dentro das arenas estão os juízes responsáveis por pontuar os acertos e marcar as penalidades por atividades não concluídas. Eles se deparam com as emoções dos competidores que variam do exalo à frustração em minutos.

O professor do Instituto Federalista Sul do Campus Sapucaia do Sul (RS), Luís Ricardo Pierobon, é juiz de redondel do torneio pátrio e está pela primeira vez em Brasília.  Ele vê positivamente a iniciativa para evolução de crianças e jovens e para a sociedade.

“Eles estão pensando dissemelhante, estão cá investindo no porvir. E acho que a principal função desse tipo de evento não é só procurar novos talentos, mas incentivar os novos talentos, além de trazer a comunidade para apreciar o que eles são capazes de fazer e o que eles podem produzir”, afirma.

 

Brasília (DF) 29/02/2024 - Luis Pierobon participa do torneio de robótica promovido pelo  SESI.
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF) 29/02/2024 - Luis Pierobon participa do torneio de robótica promovido pelo  SESI.
Foto: José Cruz/Agência Brasil

O juiz de redondel Luis Pierobon diz que os participantes do torneio investem no porvir –  Foto: José Cruz/Escritório Brasil

 

Torcidas

Se no meio da redondel ocorrem os combates, nas arquibancadas o espetáculo fica por conta das torcidas ruidosas.

Nessa quinta-feira (29), enquanto as equipes competidoras faziam os últimos testes com os robôs que entrarão nas competições para valer nesta sexta-feira (1º), familiares e amigos, estudantes de robótica de outras categorias, além de muita gente fantasiada de Cosplay faziam coro e empunhavam bandeiras na plateia.

Brasília (DF) 29/02/2024 - João Artimandes (d) com sua equipe posa para foto durante o torneio de robótica promovido pelo  SESI.
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF) 29/02/2024 - João Artimandes (d) com sua equipe posa para foto durante o torneio de robótica promovido pelo  SESI.
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Equipe de Roraima disputa torneio de Robótica com muita cor e alegria  –  foto – José Cruz/Escritório Brasil

Popularização da tecnologia

Com ingresso gratuita, o festival está acessível ao público desde quinta-feira até oriente sábado – das 9h às 18h. O visitante, no entanto, não será mero observador. Quem for ao Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade terá tem a oportunidade de colocar a mão na tamanho em dez instalações interativas transportadas do museu do Sesi Lab , no meio de Brasília, principalmente para esta edição do Festival Sesi de Ensino. Entre elas, as mais procuradas são sombras coloridas, tubos de vento, engenhocas de bolinhas e a dança do robô.

Além do Sesi Lab itinerante, nas oficinas maker crianças e adultos podem fabricar o próprio robô, um broche de luz, um carrinho a motor e outros. A bancária Alannah Tobias teve a oportunidade de fazer um inseto elétrico ao lado da filha de sete anos.

“Ela tem o estudo na escola, só que é uma coisa mais inicial e própria para idade dela. Eu a trouxe para não permanecer só na escola. De uma maneira muito lúdica. Eu acho muito positivo porque é uma forma da tecnologia reunir conhecimento na menino, porque ela tem uma forma de estágio ativo com aquilo. É dissemelhante de só ver um vídeo, de só permanecer em frente a uma tela. Quem sabe um dia ela vai estar disputando cá?”, brinca Alannah.

Brasília (DF) 29/02/2024 - Alannah Tobias (e) com sua filha de 7 anos Aurora Brandão participam do torneio de robótica promovido pelo  SESI.
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF) 29/02/2024 - Alannah Tobias (e) com sua filha de 7 anos Aurora Brandão participam do torneio de robótica promovido pelo  SESI.
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Alannah Tobias e sua filha Aurora integram oficinas para erigir robôs Foto – José Cruz/Escritório Brasil

A filha, Aurora Tobias Brandão, gostou da experiência. “Achei muito permitido fazer o robozinho. Eu até construo lá na minha morada. Adoro artesanato, mas eu só faço de papel. E cá é uma coisa mais prática, mão na tamanho mesmo”, conta a moça.

As oficinas maker têm capacidade de 40 pessoas por horário e vão ocorrer às 9h, 10h, 11h, 14h, 15h, 16h e 17h, nesta sexta-feira e sábado. A participação é por ordem de chegada.

Programação

Lugar: Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, Brasília (DF)

Sexta-feira (1º): 8h às 20h30, competições e Sesi Lab itinerante

Sábado (2): das 7h30 às 18h, finais das competições, cerimônia de premiação e Sesi Lab itinerante

Capacidade: 10 milénio pessoas

Fonte EBC

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