Rock In Rio: Baianos Salvam Show De Mpb Com Ney

Rock in Rio: Baianos salvam show de MPB com Ney Matogrosso – 21/09/2024 – Ilustrada

Celebridades Cultura


Depois de um termo de tarde de Rock in Rio regado ao samba de nomes porquê Zeca Pagodinho, Alcione, Diogo Nogueira e Maria Rita —e um detença depois o outro—, Ney Matogrosso subiu no palco sob uma fina chuva, a primeira deste Rock in Rio, para inaugurar o show “Para Sempre MPB”.

A apresentação continuou a programação deste sábado, 17, devotado inteiramente à música brasileira, e mudou de horário duas vezes depois de falhas técnicas no show que reuniu cantores de trap mais cedo.

Ney Matogrosso foi o responsável por dar as boas vindas a um público vestido com capas de chuva e muito menor que o típico para o horário, mas que aos poucos tomou forma.

O artista, que faz um show solo neste domingo, 22, no festival, abriu o privativo com “Poema”, música escrita por Cazuza e lançada por ele em 1999.

Depois veio a “Balada do Louco”, sucesso de 1972 dos Mutantes, e “Pro Dia Nascer Feliz”, do Barão Vermelho, eternizada pela margem em um dos dias mais marcantes da estreia do Rock in Rio, em 1985 —o anterior à eleição de Tancredo Neves que pôs termo à ditadura militar. Ney também tocou a música na mesma ocasião

O artista abriu espaço para Zeca Baleiro, que cantou “Heavy Metal do Senhor”, “Telegrama” e “Proibida pra Mim”, escrita por Chorão, lançada por Charlie Brown Jr. e gravada por Baleiro em 2000.


Gaby Amarantos entrou em seguida no palco acompanhada de dançarinos que seguravam bandeiras do Pará e cantando seu hit “Ex Mai Love”. “Eu sou a primeira paraense a pisar no palco principal do Rock in Rio”, disse, e pediu aplausos para a cena de Belém de Pará, principalmente as mulheres.

O exposição vem depois de uma polêmica envolvendo a primeira versão do lineup deste “Dia Brasil”, que levantou críticas por não ter representantes da música feita no Setentrião do país.

A artista ainda cantou “Não Vou te Deixar”, de seu “TecnoShow”, álbum de 2022 que lhe rendeu um Grammy Latino, “Me Libera”, clássico do tecnomelody de 15 anos detrás da margem Djavú, e “Xirley”, ao lado de Majur.

Foi a artista baiana que comandou o conjunto seguinte do show, com suas músicas “Africaniei” e “Andarilho”, desconhecida, mas aplaudidas, pelo público do Rock in Rio.


Ela fez um exposição pelos direitos LGBTQIA+ antes de trovar no piano “AmarElo”, música de Emicida que sampleia Belchior e foi um dos grandes hits de 2019, com a participação dela e de Pabllo Vittar.

A versão emocionante foi, logo depois, tomada pela vontade dos também baianos do BaianaSystem, que em 20 segundos de “Capim Guiné” já comandaram a primeira roda de pogo que é clássica dos shows do grupo —e que se repetiriam várias vezes em “Lucro” e “Forasteiro”.

Foi, de longe, o conjunto mais entusiasmado do show, que viu uma debandada de seu público à medida em que Carlinhos Brown assumia a apresentação, que também conseguiu animar a plateia.

Brown dedicou seu repertório a canções porquê “Uma Brasileira”, composta com Herbert Vianna e clássico dos Paralamas do Sucesso, “Já Sei Namorar”, de seus colegas Tribalistas, e “A Namorada”, que motivou mais um exposição pelos direitos LGBT+.

Foi curioso ver o artista sendo comemorado no palco no natalício das quatro décadas do festival em que foi vaiado em 2001.

O percussionista botou o público para passar de um lado para o outro e incentivou rodinhas, esquentando o público para a ingressão de Daniela Mercury, com o microfone desligado no comecinho de “Rapunzel” —de novo, mais rodas.

Apesar de alguns problemas técnicos, Daniela, uma das rainhas do Carnaval baiano, animou o público disparando hits porquê “Sublime Vagabundo”, “Ilê Pérola Negra” e “Macunaíma”, quando ela falou sobre a Amazônia e os direitos indígenas. A apresentação acabou com “O Esquina da Cidade”, dedicada ao Rio, e Daniela saudando a música popular brasileira.

No termo das contas, o show da MPB foi recreativo de se testemunhar e uma boa oportunidade para ouvir clássicos e ver gente importante da música dividindo o palco.

A cola entre as atrações, meio truncada no início, ganhou vida quando o conjunto de artistas baianos passou a se encontrar, unindo repertórios que ajudaram a descrever muito segmento da história da música brasileira.

Ora com clima de pocket shows, ora com vontade de sarau de firma e principalmente de Carnaval, foi um experimento que provavelmente só caberá nesta edição privativo de 40 anos de Rock in Rio —mas que foi bom enquanto durou.

A jornalista viajou a invitação da Natureza

Folha

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