Neste texto, temos que colocar leia mais com destaque, porque são dois vencedores repetidos (venceram nas suas regiões e em outras categorias).
Um bom teatro, com programação variada e instalações confortáveis, é capaz de atrair público de outras partes da cidade. Esse é o caso dos cinco espaços eleitos uma vez que os melhores das regiões meio, setentrião, sul, leste e oeste da capital paulista.
Dois dos vencedores já foram vencedores em outras categorias, caso do Teatro Anchieta, que ganhou uma vez que melhor teatro, e o Teatro Vivo, vencedor da melhor programação.
Localizado dentro do Sesc Consolação, na Vila Buarque, o Anchieta tem mais de 50 anos e faz secção da história da dramaturgia paulistana. Com curadoria apurada que mistura montagens clássicas e contemporâneas, o espaço sedia também o CPT, Meio de Pesquisa Teatral.
Já o Teatro Vivo aposta em nomes de atores conhecidos para atrair público para a Vila Cordeiro, na região sul da cidade. A programação inclui também espetáculos premiados, que se apresentam em uma sala moderna e confortável, com boa acústica e capacidade para 274 espectadores.
Seja pela história ou pela modernidade, as casas listadas a seguir têm, em geral, o traje de terem se tornado polos regionais da música e das artes dramáticas.
NORTE
TEATRO SESC SANTANA
São raras as opções de teatro com programação variada na zona setentrião da cidade, onde, apesar disso, há espaço para trabalhos autorais uma vez que o Teatro do Sol, lar do Grupo Gattu, no bairro de Santana, ou comédias de stand-ups no Teatro Sir Isaac Newton, na Vila Guilherme.
Neste cenário, o conjunto de atributos do Sesc Santana, desde programação até estrutura e localização, é o mais completo, sediando o melhor teatro da região na avaliação do GuiaFolha.
Foi lá, por exemplo, que o Grupo Tapa, uma das mais importantes companhias de repertório do país, celebrou em março seus 45 anos com a montagem de “Tio Vânia”, de Tchekhov, posteriormente sua tradicional moradia, o Teatro Associação Francesa, no meio da cidade, fechar as portas no final de 2023.
Além de apresentações para o público adulto, o lugar recebe uma boa frente de espetáculos infantis, circenses e shows, pagos e gratuitos, que aproveitam da estrutura intimista do teatro, no subsolo, acessado por rampas perto da ingresso da unidade.
Os 330 lugares dispostos em organização radial garantem boa visibilidade mesmo em assentos mais distantes do palco. Com poltronas de encosto plebeu e espaço razoável para as pernas, não está entre os maiores do rodeio do Sesc, mas atende ao projeto de Miguel Juliano, arquiteto da unidade, que foi inaugurada em 2005.
Por fim, o teatro é exclusivamente um dos diversos espaços do prédio, com ginásio, piscinas, solário e um hall extenso para passar o tempo e comprar seu ingresso (R$ 50 a inteira, em média) na bilheteria.
Naturalmente, comprar as entradas online previamente é sempre a melhor opção, considerando o tamanho do espaço.
Também por rampa se chega à comedoria no mezanino, com opções acessíveis de moca (R$ 4 a R$ 6), salgados (R$ 2,50 a R$ 7), pequenas refeições —uma vez que massas, saladas e sopas (R$ 3,50 a R$ 16)— e doces (R$ 2,50 a R$ 9). Há ainda um pequeno moca na antessala do teatro para quem procura qualquer petisco rápido.
A localização, na avenida Luiz Dumont Villares, atende muito quem chega de carruagem —há estacionamento pago— ou ônibus, com uma paragem em frente à unidade. Para quem vai de metrô, o jeito é descer na estação Jardim São Paulo-Ayrton Senna e caminhar por muro de dez minutos.
SESC SANTANA
Av. Luiz Dumont Villares, 579, Santana, região setentrião, @sescsantana
LESTE
TEATRO FERNANDO TORRES
A menos de um quilômetro da estação Tatuapé, no bairro de mesmo nome, está localizado o teatro eleito o melhor da região leste pela Folha.
Quem entra no Teatro Fernando Torres se depara com um estreito e longo saguão, com sofás e mesas para que os espectadores aguardem o início do espetáculo. Nos fundos desse espaço está uma cafeteria com opções de salgados, doces e bebidas.
Já na sala de teatro, o testemunha encontra poltronas confortáveis em exclusivamente um pavimento. Os 685 lugares são divididos por dois corredores no sentido transversal ao palco e um em paralelo, que facilitam a locomoção.
Quando as cortinas se abrem, começam espetáculos dos mais variados gêneros, com destaque para as comédias. O lugar já recebeu peças uma vez que “Trair e Prurir é só Encetar”, de Marcos Caruso, “A Golondrina”, de Guillem Clua, e a comédia músico “Forever Young”, em papeleta sob direção de Jarbas Varão de Mello.
Neste ano, shows de stand-up também atraíram o público para o teatro. Renato Albani, Thiago Ventura e Afonso Padilha —nomes de gerações mais recentes da comédia— dividem a programação com Nany People. A artista já se apresentou outras vezes no lugar e agora realiza o solo “Uma vez que Salvar seu Tálamo”.
Peças voltadas ao público infantil também fazem sucesso por lá. As princesas Cinderela, e Bela, de “A Bela e a Fera”, ganharam apresentações aos domingos.
O Teatro Fernando Torres foi inaugurado em 2012, no multíplice do Escola Agostiniano Mendel. Na estação de sua instalação, o lugar levaria o nome de Fernanda Montenegro, mas a atriz sugeriu que o homenageado fosse Fernando Torres, seu marido que morreu em 2008. Fernanda se tornou a madrinha do espaço.
TEATRO FERNANDO TORRES
R. Padre Estevão Pernent, 588, Tatuapé, região leste, tel. (11) 2227-1025, @teatrofernandotorres
OESTE
TEATRO PAULO AUTRAN – SESC PINHEIROS
Cada artista que se apresenta no Teatro Paulo Autran, no Sesc Pinheiros, é convidado a deixar sua marca em uma grande tela formada por duas paredes nos bastidores. Ano posteriormente ano, desde 2009, as paredes são recobertas com tinta branca para terebrar espaço para novos rabiscos.
Por ali, ao longo de 15 anos, já passaram músicos uma vez que Adriana Calcanhotto, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Milton Promanação, Paulinho da Viola e Mano Brown.
Escolhido pela Folha uma vez que o melhor teatro da zona oeste de São Paulo, o Paulo Autran tem uma vez que ponto cumeeira sua curadoria, que costuma combinar novidades e releituras de clássicos. Neste ano, Geraldo Azevedo, Boca Livre e os pianistas Fábio Torres (com a São Paulo Havana Orquestra) e Salomão Soares se apresentaram na ribalta do Sesc Pinheiros.
Nas artes dramáticas, a programação equilibra espetáculos infantis com peças voltadas ao público adulto. Do último grupo, destacam-se “A Mulher da Van”, com Nathalia Timberg, aos 95 anos, de volta ao palco com a peça do dramaturgo inglês Alan Bennett; “A Solidão do Mal-parecido”, com Sidney Santiago Kuanza
interpretando o redactor Lima Barreto; e “Glauce”, com Débora Duboc no papel de Glauce Rocha.
Com capacidade para 1.010 pessoas, o teatro também recebeu a orifício da nona edição da Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, a MITsp, inaugurada com o espetáculo sul-africano “Acorde Rompido”.
Uma vez que em outras unidades do Sesc, os preços dos ingressos do Paulo Autran são acessíveis. O bom custo-benefício também pode ser encontrado nos serviços de bar e de comida.
SESC PINHEIROS
R. Pais Leme, 195, Pinheiros, região oeste, São Paulo, @sescpinheiros