Saúde Defende Escuta Humanizada No Acolhimento De Vítimas De Desastres

Saúde defende escuta humanizada no acolhimento de vítimas de desastres

Brasil

Vítimas de desastres, incluindo populações afetadas pelas enchentes do Rio Grande do Sul, devem ser acolhidas com escuta ativa e humanizada. Segundo o Ministério da Saúde, essas pessoas podem apresentar reações uma vez que pavor, suspicácia e tristeza e precisam de atendimento que promova a saúde mental e atenção psicossocial.

Diante desse cenário, o ministério lançou materiais com recomendações emergenciais para esse atendimento. Um dos volumes trata de respostas emocionais e primeiros cuidados psicológicos em desastres e emergências. O segundo, de perdas e lutos. E o terceiro, da situação de crianças em abrigos provisórios.

O teor completo pode ser acessado gratuitamente.

Primeiros cuidados

De pacto com a publicação, desastres uma vez que as inundações no Rio Grande do Sul podem repercutir no bem-estar psicológico e na saúde mental de indivíduos e coletivos, sobretudo em função das múltiplas perdas, uma vez que a escassez de contato ou a morte de pessoas da rede socioafetiva, muito uma vez que residências, estruturas comunitárias – escolas, igrejas, espaços de lazer-, rotinas, trabalho e meios de subsistência.

Segundo a pasta, é preciso estar circunspecto quando há exacerbação de reações psicológicas em pessoas com demandas de saúde mental preexistentes. Aumento no uso de substâncias também são reações esperadas, assim uma vez que a ocorrência de diferentes formas de violência. 

Nesses casos, as seguintes estratégias são listadas pelo ministério no intuito de tentar ajudar:

– oferecer base prático, de forma não invasiva;

– buscar lugar taciturno para conversar, escutando ativamente, mas sem pressionar a pessoa a falar;

– manter-se tranquilo, permitir o silêncio e confortar a pessoa, o que a ajudará a também se sentir calma;

– facilitar na procura por outros apoios e serviços, oferecendo informações honestas e precisas, o que favorece a redução do estresse, permite a retomada do contato com pessoas da rede socioafetiva e o chegada a direitos.

Perdas e lutos

Já o material que trata de perdas e lutos destaca que situações de desastres uma vez que as enchentes no Rio Grande do Sul podem acarretar múltiplas perdas. “Por vezes, as pessoas precisam deixar moradias ou comunidades e ficam sem contato com familiares, vizinhos e amigos. Frente a todos esses impactos, vulnerabilidades são aprofundadas”.

Segundo a publicação, as repercussões à saúde e ao bem-estar, nesses casos, podem ocorrer por longos períodos, tanto pelo estressor primordial, as próprias enchentes, quanto pelos estressores secundários, associados à reconstrução, que surgem quando as pessoas tentam restaurar suas vidas, relações interpessoais e bens materiais.

“A vizinhança e o bairro consistem em espaços de referência, convívio e identidade comunitária. Perder a própria mansão ou lugares familiares pode desencadear um processo de luto, considerando os significados atribuídos e a história construída nesses locais”, aponta a publicação. 

Quando uma moradia é atingida em um sinistro, a orientação do ministério é prometer a oferta de abrigo com chegada a alimento, provisão de chuva e serviços de saúde, buscando minimizar danos e proteger o bem-estar e a pundonor.

“Em pequeno prazo, sugere-se que as pessoas em abrigos, residências de membros da rede socioafetiva ou outros locais de protecção possam trazer características suas a esses espaços, uma vez que por exemplo, desenhos, objetos ou outros elementos, sempre que provável. Isso potencialmente contribui para a representação simbólica de pertencimento e identidade, consistindo em uma estratégia para enfrentamento às perdas decorrentes do sinistro”.

O material destaca ainda que o processo de luto é único e individual. “Portanto, comparações entre indivíduos e suas perdas não devem ser realizadas. Em desastres, por exemplo, frente à morte de pessoas, corre-se o risco de minimizar a dor decorrente de outras perdas (tais uma vez que de animais de estimação ou bens materiais)”.

“Toda revelação de luto deve ser reconhecida uma vez que potencialmente geradora de sofrimento, independentemente da natureza da perda. É quem vive o luto que sabe da influência daquilo que foi perdido para a sua vida”.

Crianças em abrigos

Por término, o último volume do material disponibilizado pelo ministério destaca que todas as crianças vulnerabilizadas por desastres devem ter chegada a um abrigo próximo ao seu território de origem, em requisito de recebê-las com ou sem suas famílias (no caso de estarem desacompanhadas de familiares ou responsáveis legais em razão do sinistro).

Tais condições, segundo a pasta, incluem:

– infraestrutura física do espaço (banheiros limpos e seguros; sítio para dormir com qualquer conforto térmico e redução da iluminação; espaço de convívio e para galhofar);

– segurança cevar e chegada a chuva própria para consumo humano;

– chegada a profissionais e/ou voluntários que possam amparar e valorizar suas demandas e as dos adultos no seu entorno.

“As crianças deverão ser mantidas junto às famílias e adultos de referência, recebendo pulseira de identificação com seu nome e nome do responsável. O desmembramento das famílias deve ser evitado em qualquer requisito, exceção feita àquelas vivenciando situação de violência intrafamiliar e/ou com medida de solidão determinada pelo Poder Judiciário”, recomenda o ministério.

Já crianças desacompanhadas, de pacto com o ministério, devem receber atenção próprio por secção dos profissionais e/ou voluntários. 

“Quando disponíveis, devem ser encaminhadas preferencialmente a centros de cadastramento e triagem ou a abrigos organizados para tais fins. Quando isso não for provável, torna-se ainda mais urgente a fala com a rede de proteção social (saúde, assistência social, parecer tutelar), Ministério Público e Poder Judiciário”, ressalta.

Fonte EBC

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