Segundo Dia Do Enem: Candidatos Respondem A 90 Questões Até

Segundo dia do Enem: candidatos respondem a 90 questões até 18h30

Brasil

Milhões de estudantes brasileiros que almejam cursar uma faculdade participam, neste domingo (10), do segundo dia do Fiscalização Vernáculo do Ensino Médio (Enem) 2024. Criada em 1998 para estimar o desempenho escolar de quem concluiu a ensino básica, a prova se tornou a principal porta de ingressão para o ensino superior. Em todo o país, instituições de ensino públicas e privadas utilizam os resultados individuais do Enem para selecionar novos alunos. 

Em Brasília, os primeiros candidatos começaram a chegar cedo aos locais de prova. Tentando evitar contratempos ou surpresas, houve quem tenha chegado antes das 11 horas – uma hora antes da sinceridade solene dos portões; 90 minutos antes do início da prova. 

Documentos de identificação, canetas esferográficas pretas e, na maioria dos casos, um pequeno lanche em mãos, muitos não escondiam a sofreguidão procedente de quem sabe estar dando um passo importante para seu horizonte. 


Brasília (DF) 10/11/2024 – Daniel de Sousa conversa com Agência Brasil antes do fechamento dos portões.
Segundo dia do Enem: candidatos respondem a 90 questões até 18h30
Candidatos chegaram cedo para evitar surpresas antes da prova
Foto: Jose Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF) 10/11/2024 – Daniel de Sousa conversa com Agência Brasil antes do fechamento dos portões.
Segundo dia do Enem: candidatos respondem a 90 questões até 18h30
Candidatos chegaram cedo para evitar surpresas antes da prova
Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

Daniel de Sousa conversa com Dependência Brasil antes do fechamento dos portões. Foto: Jose Cruz/Dependência Brasil

É o caso de Daniel de Sousa Silva, 27 anos. Trabalhador autônomo e ex-aluno de uma escola pública, Daniel e sua esposa saíram de mansão, em Recanto das Emas (DF), por volta das 8 horas. De ônibus, levaram quase duas horas para chegar ao sítio onde estão fazendo a prova, na Asa Setentrião, bairro da capital federalista sobre 35 quilômetros de intervalo. 

“Dependemos do transporte público. Por isso, saímos cedo para evitar imprevistos”, contou Daniel, que está prestando o Enem pela primeira vez desde que concluiu o Ensino Médio, em 2022. “Estudamos sozinhos, em mansão. Eu assisti a videoaulas, usei o material que tinha em mansão e estou contando com o que aprendi no Ensino Médio”, acrescentou, dizendo crer em um desempenho que lhe garanta a nota necessária para cursar Agronomia ou Tecnologia da Informação (TI). 

O estudante Carlos Henrique Fernandes Ottes, de 18 anos, também sonha com ser validado para estudar TI. Morador de Planaltina de Goiás, a 60 quilômetros do sítio da prova, ele também saiu de mansão com bastante antecedência para não percorrer riscos. “Na semana passada, cheguei ainda mais cedo. É melhor, mais tranquilo assim.”


Brasília (DF) 10/11/2024 – Carlos Henrique conversa com Agência Brasil antes do fechamento dos portões.
Segundo dia do Enem: candidatos respondem a 90 questões até 18h30
Candidatos chegaram cedo para evitar surpresas antes da prova
Foto: Jose Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF) 10/11/2024 – Carlos Henrique conversa com Agência Brasil antes do fechamento dos portões.
Segundo dia do Enem: candidatos respondem a 90 questões até 18h30
Candidatos chegaram cedo para evitar surpresas antes da prova
Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

Carlos Henrique conversa com Dependência Brasil antes do fechamento dos portões. Foto: Jose Cruz/Dependência Brasil

“Isso pode atrapalhar um pouco, por pretexto da intervalo”,  ponderou o jovem, sentado no meio-fio, à espera da sinceridade dos portões, enquanto nuvens ameaçadoras se formavam no firmamento. Não sei por que eu estou fazendo a prova cá. Só vi uma única pessoa que conheço. Os colegas que estudaram comigo e que estão prestando o Enem estão fazendo a prova em Planaltina”, acrescentou Ottes, revelando não ter entrado em contato com o Inep para verificar a possibilidade de transferir, previamente, o sítio da prova para mais perto de sua mansão.

Neste segundo dia de provas, os inscritos testam os conhecimentos em ciências da natureza (química, física e biologia) e matemática. Eles têm cinco horas para responder a 90 questões de múltipla escolha. E só podem deixar definitivamente a sala de emprego do fiscalização posteriormente duas horas do início das provas. Sendo que, para levar o caderno de questões, terão que esperar para ir embora nos 30 minutos finais da prova.

No domingo anterior (3), primeiro dia de prova, os candidatos tiveram que responder a 90 questões objetivas sobre linguagens e ciências humanas, e grafar uma redação sobre os “desafios para a valorização da legado africana no Brasil”.

Victoria Rocha, de 23 anos, está em sua terceira tentativa para conseguir ingressar no curso de medicina. Minutos antes de os portões se abrirem, na Unip Vergueiro, na região centro-sul da capital paulista, onde ela faz o segundo dia de provas do Enem, Victoria relaxava sentada em um ponto de táxi, ouvindo música.

Experiente já nos vestibulares, ela diz que não estava tão nervosa uma vez que nos anos anteriores, mas ainda sentia uma certa sofreguidão. “Até na terceira vez, a gente fica um pouquinho ansiosa, mas eu acho que é normal. A gente fica ansiosa numa coisa que a gente quer muito. Mas eu tenho a ciência que eu estou muito preparada, fiz bastante coisa durante o ano, e isso traz um conforto para o coração”.

Ela conta que preferiu uma alimento ligeiro antes de ir até o sítio da prova, que fica sobre 100 metros de sua mansão, e deu próprio atenção ao sono na noite anterior ao fiscalização. “Fiz uma alimento ligeiro de manhã para não gerar nenhuma dor de ventre, qualquer desconforto, durante a tarde. Mas para mim, o sono é o primordial: dormir certinho oito horas durante a noite, nem a mais, nem a menos. Porque se eu durmo muito, fico tenro durante a prova”.


São Paulo (SP), 10/11/2024 - Estudante  Victória Rocha no segundo dia de provas do ENEM na UNIP Vergueiro em São Paulo. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
São Paulo (SP), 10/11/2024 - Estudante  Victória Rocha no segundo dia de provas do ENEM na UNIP Vergueiro em São Paulo. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

São Paulo (SP), 10/11/2024 – Estudante Victória Rocha no segundo dia de provas do Enem na Unip Vergueiro em São Paulo. Foto: Paulo Pinto/Dependência Brasil

Victoria deseja ingressar na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Mas está tentando também o mesmo curso nas universidades federais, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Universidade Estadual Paulista (Unesp), entre outras. “O Enem é um fiscalização bastante abrangente, que serve para muitas faculdades. Mas dependendo da faculdade que eu passar, se não for das grandes, eu tento mais um ano. Eu vou para faculdade, mas ainda continuo tentando mais um ano”.

Pietro Antenor, de 17 anos, e Mirela Sena, de 18, parelha de namorados, estão fazendo, pela primeira vez, “para valer”, a prova do Enem. Ele pretende cursar tecnologia da informação; e ela, medicina. Sentados avante do prédio da Unip Vergueiro, eles contaram que estudaram juntos secção das matérias. Mirela, que já fez a prova do Enem uma vez que “treineira”, passou dicas para Pietro, que nunca fez o fiscalização.   


São Paulo (SP), 10/11/2024 - Estudantes Pietro e Mirella   no segundo dia de provas do ENEM na UNIP Vergueiro em São Paulo. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
São Paulo (SP), 10/11/2024 - Estudantes Pietro e Mirella   no segundo dia de provas do ENEM na UNIP Vergueiro em São Paulo. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

São Paulo (SP), 10/11/2024 – Estudantes Pietro e Mirella no segundo dia de provas do Enem na Unip Vergueiro em São Paulo. Foto: Paulo Pinto/Dependência Brasil

“Ela me ajudou com algumas questões de matérias para a prova. Uma vez que eu não tinha feito o Enem nos outros anos, ela me deu um direcionamento para eu conseguir passar com uma nota de namoro melhor nas faculdades que eu quero”, contou Pietro. 

Ele pretende ingressar em uma Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec) ou na Universidade Mackenzie. Já Mirela, procura entrar em uma federalista. Para se acalmar para o dia da prova, ela não quis fazer zero dissemelhante do que no primeiro dia de prova, na semana passada. “Só tentei permanecer calma, tomei um banho, preparei minhas coisas e vim”.

* Colaborou Bruno Bocchini, de São Paulo

Fonte EBC

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