Seguro é Importante, Mas Tem Que Escolher Com Cuidado

Seguro é importante, mas tem que escolher com cuidado – 25/01/2024 – É Logo Ali

Esporte

A contratação de um seguro para viagens é alguma coisa razoavelmente corriqueiro e bem-vindo no universo do turismo convencional. Mas quando se trata de turismo de façanha, a escolha de uma apólice pode ser muito mais complicada do que parece. Ter certeza de que, caso haja premência, o resgate pode ser assegurado por um helicóptero é fundamental, porquê descobriu um colega que subiu comigo ao monte Roraima e torceu o joelho, impossibilitando-o de descer a pé.

Quando o blog começou a apurar quais os seguros disponíveis no país, o primeiro passo, por óbvio, foi procurar as grandes operadoras do mercado pátrio. E, surpresa: nenhuma admitiu ter resultado qualquer para esse segmento específico. Bradesco, Allianz e Zurich, por exemplo, agradeceram o interesse, mas por meio de suas assessorias informaram que não participariam da taxa por não operarem nessa extensão. Itaú e Porto Seguro sequer retornaram os emails.

O retorno mais objetivo foi da Mag Seguros, que conta com uma profissional em underwriting (um tipo de estudo do perfil do potencial segurado) para julgar a viabilidade de cada contrato, com proteção por morte ou invalidez. “Nós somos das poucas seguradoras do país que aceitam a contratação de cobertura por morte de atletas de montanhismo, até para aqueles profissionais que se aventuram em expedições ao Himalaia”, contou Denise Amaral, gerente de underwriting da empresa.

“Nós aceitamos o cliente com base nas respostas que ele nos dá a partir de uma série de perguntas”, explica a profissional, que precisou submergir no universo do montanhismo para entender a linguagem de seus potenciais clientes e, principalmente, as estatísticas de acidentes de cada modalidade.

“Se você pratica montanhismo e eu não, você tem um nível de risco dissemelhante, e por isso você vai remunerar um prêmio dissemelhante do de uma pessoa da mesma idade, do mesmo sexo, que não tem o mesmo intensidade de risco”, acrescenta, explicando que, à medida que as informações sobre a atividade a ser segurada vão chegando, incluindo além dos detalhes pessoais, até os equipamentos que a pessoa vai utilizar na empreitada, a conta vai sendo feita até se chegar ao valor final, cujos limites Denise não quis declarar. “Cada caso é um caso, são muitas variantes”, desconversou. Barato não vai permanecer —mas qual é o preço de sua vida?

Que o diga o escalador indiano Anurag Maloo, milagrosamente resgatado com vida de uma frincha na serra Anapurna, no Himalaia, depois de permanecer três dias recluso no gelo. Ele contou ao blog que pagou uma apólice de US$ 1.000 (murado de R$ 4.950) à seguradora indiana Adventure Sports Covery, que bancou duas tentativas de resgate por helicóptero, mais as despesas médicas de subida dificuldade em Katmandu, capital do Nepal, a um dispêndio totalidade não revelado.

Vale ressaltar que, desde que comecei a pesquisar o matéria, tenho sido bombardeada por propagandas de seguradoras internacionais que atuam com maior ou menor amplitude no segmento. A mais frequente, que aparece até quando busco uma receita de bolo, é a australiana World Nomads, que atua no mercado desde 2002. Em resposta ao contato do blog, o representante da empresa no Brasil enviou os links do site (em português), explicando que tudo estaria lá. E, pelo que deu para ver, embora a empresa aceite contratos de cobertura para acidentes de 180 modalidades esportivas, no quesito montanhismo o limite é qualquer coisa até 6.000 metros de altitude. Boa segmento das grandes montanhas do planeta, logo, está fora de seu alcance, mas a maioria das trilhas e picos menos ambiciosos pode ser incluída, com a vantagem de a cotação ser feita por um aplicativo em tempo real. Voltemos, logo, à receita de bolo.

O blog foi perguntar a quem está avezado com expedições em ambientes extremos, porquê o montanhista profissional Pedro Hauck, se e porquê orienta seus guiados na hora de contratar seguro. “No Aconcágua, por exemplo, o pico mais sobranceiro dos Andes, é obrigatório um seguro que cubra resgate em subida serra com evacuação em helicóptero”, respondeu ele, que acredita faltarem players no mercado.

“São poucas as seguradoras que cobrem esportes de façanha e pouquíssimas que asseguram altitude”, reclama Hauck. “Evidente que é alguma coisa de muito risco, mas seguro é para risco e, se formos julgar os números, não são tantos resgates que ocorrem em relação ao número de praticantes”, pondera ele, que contrata um seguro individual do American Alpine Club, clube de alpinismo americano que oferece várias opções a seus membros em todo o mundo, incluindo até um projecto privativo para quem pretende se aventurar pelo Círculo Polar Ártico.

Uma das opções do mercado mais citadas pelos montanhistas com que o blog conversou foi a GTA (Global Travel Assistence), que cobre esportistas em práticas amadoras por meio de contratos com agências de viagens. Segundo as informações enviadas pela assessoria da empresa, a procura por esse perfil de resultado tem desenvolvido a uma taxa média de 15% ao ano. “Nosso objetivo passa pelo incentivo à venda com caráter mais consultivo e pela mudança da cultura do seguro viagem no país”, define a nota. A GTA oferece planos que oferecem coberturas médico-hospitalares entre R$ 6 milénio e R$ 60 milénio para viagens no Brasil, e de US$ 12 milénio (R$ 59,4 milénio aproximadamente) a US$ 330 milénio (R$ 1,64 milhão) em roteiros internacionais. O juízo, cá, é julgar muito se seu perrengue pode levar, no supremo, a um curativo simples em qualquer pronto-socorro do país, ou exigir um atendimento mais sofisticado em qualquer ponto do Himalaia.

Porquê segmento da iniciativa Todas, a Folha presenteia mulheres com dois meses de assinatura do dedo gratuito.


LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul inferior.

Folha

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *