Sem Censura, Com Cissa Guimarães, Volta às Origens Nesta Segunda Feira

Sem Censura, com Cissa Guimarães, volta às origens nesta segunda-feira

Brasil

Quando as luzes do estúdio anunciarem o “ao vivo”, uma história de quase quatro décadas vai ser acionada. As memórias vivas abrem as câmeras para um presente com novas tecnologias, temas e vozes.

O programa Sem Increpação, que nasceu em 1985 para comemorar a democracia e o termo da ditadura, volta ao ar diariamente na TV Brasil a partir das 16h desta segunda-feira (26), com apresentação de Cissa Guimarães.

“Todas as temáticas relevantes e pertinentes para o público brasílio serão trazidas para cá. Nas duas primeiras semanas, a gente vai ter programas que vão falar mais de cultura”, adiantou à Filial Brasil a novidade apresentadora.

Cissa Guimarães acrescentou que temas que envolvam o interesse público presente, de saúde à economia, farão segmento das conversas na bancada.

“ Vai ter um programa privativo para o Dia da Mulher [em março], que vai trazer pessoas incríveis. O Sem Increpação é um programa quotidiano, de duas horas de duração, que vai ter lugar para todos esses assuntos”.

Ela explica que, para encarar o repto de apresentar o programa quotidiano, foi necessário estudar com profundidade a vida dos entrevistados para aproveitar ao sumo a participação de cada um deles. “Eu quero que o Sem Increpação seja uma grande celebração e que todo mundo possa falar o que quiser com o sumo reverência”. Ela garante que o programa vai promover interatividade e participação do público.

Quotidiano

O Sem Increpação volta ao formato quotidiano, depois de mais de mais de três anos. Teve essa particularidade até novembro de 2020. Em abril de 2021, era veiculado com entrevistas semanais de personalidades do mundo da política. A última edição inédita foi apresentada por Marina Machado, em maio do ano pretérito. O Sem Increpação terá bancada redonda com a apresentadora ao núcleo.

A diretora de Teor e Programação da EBC, Antonia Pellegrino, explica que a proposta é ter de volta a pluralidade de ideias, de pessoas, de sotaques e de culturas. Todas as sextas-feiras, contará com atrações musicais que se apresentarão fazendo um tributo a outros artistas – o primeiro deles será uma homenagem a Gal Costa. Até a trilha sonora original, baseada em uma obra de Bach, vai lucrar uma releitura.

Trilha

Gerente de Música na TV Brasil, Bia Aparecida explica que os temas ficaram um “pouco mais rápidos”, com a versão dos músicos Garoá e Luca. “O Sem Increpação está voltando para as origens e a gente resolveu também retomar a trilha original. A gente queria inventar uma trilha muito brasileira e que mostrasse também uma multiplicidade da cultura própria para um programa diurno. A gente regravou tudo. Com novos instrumentos, uma vez que tamborim, estilha, tambor e até violino”, explica.

Bia Aparecida fará segmento do grupo de debatedores fixos, que inclui também a comediante Dadá Coelho, o dramaturgo Rodrigo França, a radialista Fabiane Pereira, a jornalista Katy Navarro, e o jornalista e influenciador do dedo, Murilo Ribeiro.  

Cadeiras e bancada

A direção-geral do programa é de Bruno Barros, que também já foi apresentador do Sem Increpação. “É um programa que tem uma apresentadora no meio que fica conversando com várias pessoas em uma bancada. A nossa teoria é fazer um retorno às origens, resgatar o DNA do Sem Increpação, que estreou lá em 1985.

Nesse DNA tem pluralidade. Às vezes, tem um médico, uma artista famosa, uma taxa de economia. O artista vem falar da peça, mas se interessa pela taxa de saúde que está sendo discutida”, exemplifica.

O resgate do papel do debatedor é uma novidade implementada para lembrar o início de tudo”. Ele explica que serão de três a quatro entrevistados por dia, mais o debatedor. “A nossa bancada tem cinco cadeiras”.

Origens

A primeira apresentadora do programa, a jornalista Tetê Muniz, hoje aos 79 anos, recorda que o invitação para comandar a atração partiu do portanto presidente da TVE, Fernando Barbosa Lima (1933 – 2008).

“Conversamos na idade que poderia possuir um programa de entrevistas, naquela idade de exórdio democrática, com um pouco mais ligeiro. Nós tínhamos duas horas”.

Ela recorda que passou muro de um ano no programa antes de voltar a comandar programas jornalísticos da emissora. “A gente tinha um retorno muito bom”, recorda.

Outra ex-apresentadora, Gilsse Campos lembra que nessa segunda metade da dezena de 1980 o Sem Increpação ajudou a mudar o exposição do Brasil. “O País estava voltando a ser um país democrático”.

Ela recorda que o programa precisava ser comandando com sensibilidade e que logo na primeira edição que esteve primeiro emocionou-se com os entrevistados. Uma das orientações que recebeu foi tratar o programa com isenção. “Eu fiquei por dois anos. Sempre foi marcado pela originalidade”.  

Também ex-apresentadora, a jornalista Liliana Rodrigues, hoje aos 67 anos, recorda que foi chamada para apresentar o programa no final da dezena de 1980, quando estava pejada. “Tinha 33 anos e trabalhei até o dia do parto do meu rebento. Ser contratada pejada há mais de 30 anos era muito relevante. Fui coroada com a apresentação desse programa. Foi um divisor de águas na minha curso”.

Entre as entrevistas realizadas, a que mais marcou foi com Tom Jobim. “Falávamos com 10 pessoas por dia. Eram duas horas, mas podia perseverar mais”. Liliana Rodrigues foi convidada para o programa pelo portanto presidente da TVE, Leleco Barbosa.

Líder de audiência

Hoje, Leleco diz que a volta do Sem Increpação é um indumento que deve ser comemorado. Ele, que é rebento de Chacrinha, diz que lutou para que o programa tivesse veiculação vernáculo. Em São Paulo, ainda não era transmitido na ocasião.

“Era o nosso principal programa que sempre deu muita audiência. Por isso, sempre valorizamos muito”.

Outra apresentadora que conversou com a Filial Brasil foi Elizabeth Camarão. Ela recorda que trabalhou por nove anos uma vez que debatedora no programa e depois foi para o comando.

“É uma experiência única. Cada dia é um ponto dissemelhante e conhecemos pessoas que fazem com que a gente aprenda muito. O Sem Increpação me fez saber muita gente”.

Entre as apresentadoras mais recentes, está Vera Barroso, que foi apresentadora do programa depois de mais de 30 anos de jornalismo público. “Nunca teve um programa que tivesse audiência uma vez que o Sem Increpação teve. Eu sempre fui fã”.

Ela destaca que comandou o programa de 2017 até 2020, quando teve início a pandemia. “A experiência me deu a certeza do que era preciso fazer e que é necessário muito estudo, mas a adrenalina sempre faz segmento”.

Essa adrenalina faz segmento da história dessas apresentadoras, uma vez que da jornalista Leda Nagle que ficou na bancada por duas décadas, de 1996 a 2016. A mesma emoção que Cissa Guimarães experimenta a partir desta segunda. “Insensível na bojo é pouco. Mas a minha felicidade é maior”.

Serviço:

O Sem Increpação terá exibição simultânea pelo Youtube da emissora e pelo aplicativo da TV Brasil.

O app pode ser baixado gratuitamente e está disponível para Android e iOS. Assista também pela WebTV.  

A partir de 26 de fevereiro, de segunda a sexta-feira, das 16h às 18h, na TV Brasil. Clique cá e saiba uma vez que sintonizar.

 

Fonte EBC

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