A indicação do longa-metragem brasílio Ainda Estou Cá para a disputa de três categorias do Oscar foi celebrada pela atriz Bruna Linzmeyer durante a 28ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, no qual ela está sendo homenageada. Ela destaca a atmosfera que se criou no país, dando ao roupa um caráter de conquista coletiva.
“É uma sensação poderosa de pertencimento. Eu acho que a gente está vivendo isso em comunidade. Isso mostra o poder da cultura”, disse a atriz.
Dirigido por Walter Salles, o longa Ainda Estou Cá é um drama fundamentado na história de luta de Eunice Paiva em procura de respostas para o desaparecimento de seu marido, o ex-deputado federalista Rubens Paiva. Com o procuração cassado pelo regime militar instaurado em seguida o golpe de 1964, ele foi posteriormente torturado e morto. Seu corpo nunca foi encontrado. Viúva e mãe de cinco filhos, Eunice Paiva foi interpretada pela atriz Fernanda Torres.
A indicação do filme para três categorias da 97ª edição do Oscar foi anunciada pela Ateneu de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood na última quinta-feira (23). Ainda Estou Cá concorre uma vez que Melhor Filme e uma vez que Melhor Filme Estrangeiro. Já a atriz Fernanda Torres é candidata na categoria Melhor Atriz. A cerimônia de premiação vai suceder na noite do dia 2 de março, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Na ocasião, os vencedores serão anunciados e agraciados com uma estatueta.
O filme vem acumulando conquistas inéditas. É a primeira vez que uma produção brasileira figura na categoria de Melhor Filme. Ou por outra, no início do mês, Fernanda Torres se tornou a primeira brasileira a lucrar o Mundo de Ouro, entregue pela Associação de Prelo Estrangeira de Hollywood.
Bruna, no entanto, não crê que o feito fará com que as próximas edições do Oscar estarão mais atentas para o cinema brasílio. Ela lembra que a campanha em procura da estatueta depende também de superior investimento.
As campanhas para o Oscar envolvem custos elevados para invocar atenção de 5,8 milénio membros da Ateneu de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, com recta a voto. É uma corrida para prometer que o filme seja visto e comentado, atraindo o interesse dos jurados. Os gastos envolvem material para a prelo, anúncios em jornais e revistas, eventos com a presença do elenco, viagens e destaque em publicações.
“É uma lance muito específica. É dissemelhante de quando a gente fala dos festivais de Berlim e de Cannes. Evidente que sempre é preciso uma pronunciação porque todo festival tem uma política interna. Mas não necessariamente é preciso muito verba uma vez que no Oscar. É magnífico. É muito bonito. Mas eu acho muito difícil que isso comece a suceder com frequência”, avalia.
Experiência
Organizada pela Universo Produção, a Mostra de Cinema de Tiradentes deu início à sua 28ª edição na sexta-feira (24). O evento inaugura o calendário audiovisual do país e dá o tom de muitas das discussões que irão se estender por outros festivais durante o ano. Ao longo da programação, que se estende até 1º de fevereiro, serão exibidos ao todo 140 filmes, sendo 43 longas, um média e 96 curtas-metragens. São títulos de 21 estados diferentes.
Porquê homenageada da edição, Bruna Linzmeyer recebeu o Troféu Barroco na cerimônia de rombo. Ou por outra, a Mostra de Tiradentes incluiu na programação 10 filmes que fazem segmento de sua curso, entre eles os longas Baby (2024), Medusa (2021), O filme da Minha Vida (2017) e A Frente Fria que a Chuva Traz (2016) e os curtas Se Eu tô Cá é por Mistério (2024) e Alfazema (2019).
De contrato com a atriz, é uma seleção que inclui obras com cineastas mais experientes e também com diretoras em início de curso. “É muito bonito poder trabalhar com pessoas que têm diferentes tempos de experiência. De qualquer jeito me sinto também testemunha dessas diretoras, de ver as pessoas fazendo os seus primeiros filmes. Mais emocionante do que fazer filme é fazer o seu primeiro filme. Isso me emociona, me atravessa e me instiga”, afirmou.
Ela destacou a qualidade de alguns trabalhos de novas cineastas e disse crer que o porvir do cinema brasílio é promissor. Mas cobrou investimentos, citando iniciativas da Coreia da Sul, para impulsionar a cultura do país. “Outro exemplo é a Tailândia. O governo investe em ter restaurante de comida tailandesa ao volta do mundo. E aí a gente passa a saber a comida. E hoje eu tenho muita vontade de saber a Tailândia. É um investimento que retorna de maneira desviante”.
Trajetória
Bruna Linzmeyer também refletiu sobre a valor de sua trajetória na televisão. “Uma coisa permitido na TV é que você filma nesta semana e na próxima está no ar. E continua trabalhando semana a semana. Eu sempre busquei ser estudiosa. Via as minhas cenas para entender o que acontecia. E as pessoas iam me ensinando também, sobre as lentes, a luz, as câmeras, os cortes. Porquê é um volume grande de trabalho, dá tempo de errar, de ver um tanto que não ficou permitido e tentar de novo na semana seguinte”.
De contrato com ela, a televisão funciona uma vez que uma grande escola. “E eu levo todo o tirocínio para o cinema”, acrescenta. Bruna revelou ainda que está escrevendo um longa-metragem de ficção que se chamará Corupá, nome de sua cidade natal. As filmagens, inclusive, serão no município, que se localiza no interno de Santa Catarina e tem pouco mais de 15 milénio habitantes. Embora declare sua paixão pela cidade, contou que foi o libido de trespassar de lá que a levou para o meio artístico.
“Morar em cidade pequena é incrível e, ao mesmo tempo, é muito frustrante por estar longe das coisas que acontecem. Principalmente quando eu era jovem, a gente não -tinha internet uma vez que hoje em dia. Também não sei se a internet mudou tanto assim a vida dos adolescentes no interno”. Aos 16 anos, ela se mudou para São Paulo para estudar teatro.
“Eu já queria trespassar pra uma cidade grande. Eu queria muito alguma coisa que eu não sabia o que era. Pensava em ser médica, veterinária, psicóloga. Eu queria trabalhar com alguma coisa de gente. Ou com o corpo ou com a cabeça. E de qualquer jeito eu acabei conseguindo”.