Se o cinema da Warner Bros. encontrou nos livros de “Duna” um heróico arenoso de minhocas gigantes, batalhas em naves espaciais e exércitos colossais, a HBO parece ver a saga uma vez que uma chance de recriar o sucesso de “Game of Thrones”.
A novidade série “Duna: A Profecia” encontra paralelos com o hit medieval da emissora. Mesmo que as duas tenham seus monstros e batalhas vislumbrantes, ambas entendem o caráter duvidoso de seus personagens, a corda bamba entre a vida e a morte —onde até mesmo crianças estão em risco— e os segredos e traições que assombram as cortes reais uma vez que sua maior atração.
Tomada pela atmosfera irresoluto das tramas palacianas, o seriado que chega no próximo domingo (17) troca as cruzadas em desertos escaldantes pelas conspirações da realeza. Baseada em “Sisterhood of Dune”, livro derivado de Brian Herbert, a produção acompanha a subida das Bene Gesserit, irmandade com habilidades sobrenaturais capaz de moldar o universo com seus sussurros e fofocas.
“Para além da origem das Bene Gesserit, os fãs de Duna, que acompanham os livros e os filmes, vão poder ver um tanto novo. Saber mais sobre esses personagens, aprender sobre outras grandes casas desse universo e suas alianças políticas. É também emocionante para novos fãs, que não precisam ter visto zero antes de observar ao seriado”, diz o ator Chris Mason, que vive o guerreiro Keiran Atreides.
Conselheiras de figuras políticas, elas manipulam as casas da realeza e protegem regimes alinhados aos seus interesses. Dez milénio anos antes do filme de Denis Villeneuve, o grupo era comandado pela temida Valya Harkonnen, papel de Emily Watson e protagonista da produção criada por Alison Schapker.
“Eu nunca li um roteiro com tantas personagens femininas incríveis, tão diferentes umas das outras. Foi incrível ter Alison uma vez que capitã da nave, preocupada em produzir o envolvente mais seguro e criativo para todos nós. Além de ter aprendido muito com todas as garotas, mormente com Olivia [Williams], Emily e Jodhi [May]. Elas elevavam todos ao volta, não só os atores em cena, mas toda a equipe”, diz a atriz Sarah-Sophie Boussnina, que dá vida à princesa Ynez Corrino, herdeira ao trono de sua lar real.
Peça mediano de um projecto político, ela aceita ser treinada pelas Bene Gesserit enquanto faz um consonância com a Vivenda Richese e se lar com um pequeno príncipe de nove anos de idade. A estratégia tensiona a relação com sua mãe, a imperatriz Natalya, e Ynez tenta reafirmar o seu valor.
“A princesa Ynez deseja ser poderosa, poderoso e estar no controle. Para ela, isso é tudo que a irmandade representa. Seu libido de estudar com elas se acende uma vez que queima. Ela tem um projecto, e está em uma página completamente dissemelhante da mãe. Acho que é uma situação com que muitos podem se identificar, de observar o que nossos pais dizem, o que eles fazem, e determinar fazer as coisas de um modo dissemelhante”, diz Boussnina.
Ambientado no planeta de Arrakis, a obra clássica do americano Frank Herbert (1920-1986) acompanha a subida de Paul Atreides, jovem tido uma vez que figura messiânica por uma antiga profecia. Ele tenta se impor em um mundo hostil e se vê obrigado a utilizar poderes obscuros, que perturbam as Bene Gesserit. “A Profecia” também resgata a natureza sombria de seus personagens, dispostos a fazer o necessário para chegar ao poder.
“Todos nós acreditamos muito em nossos personagens. Ainda que muitos se comportem de maneira completamente errada, o que torna tudo ainda mais interessante. Mesmo que você saiba que eles não estão tomando a decisão mais correta, você precisa crer no caminho que decidem seguir”, afirma Josh Heuston, ator que interpreta o irmão de Ynez, Constantine Corrino.
Do pretérito obscuro de Valya Harkonnen, narradora pouco confiável que acompanhamos com claro receio, às apunhaladas nas costas que acontecem desde o primeiro incidente, a série se inspira na perversidade que a guerra dos tronos deixou uma vez que legado. Nem por isso deixamos de ver a humanidade dessas figuras, diz Boussnina.
“Acredito que tenha muita profundidade em observar a realeza em diferentes situações. Estar em um funeral ou um tálamo, na frente do público, ou detrás de portas fechadas, quando eles se livram de suas inibições, revela diferentes máscaras e facetas desses personagens. Quando você tem todos esses elementos juntos, tudo se torna muito mais real”, afirma.