Sete Séries Para Ver Sem Precisar Prestar Atenção 29/03/2024

Sete séries para ver sem precisar prestar atenção – 29/03/2024 – Ilustrada

Celebridades Cultura

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Nesta vida, há um tempo para tudo. Por exemplo: um tempo para degustar um filme ou seriado com atenção totalidade, absorvendo os detalhes de cada cenário, figurino, sentença facial e escolha músico, e outro para simplesmente ter alguma coisa fazendo estrondo e companhia enquanto se cozinha, lava louça, faz uma faxina, ou olha o celular.

A série ideal desse segundo tipo, para mim, tem muitas temporadas, cada uma com muitos episódios, e acontece no “mundo real” —mais fácil de seguir, ainda que a narrativa às vezes exija algumas coincidências convenientes.

No momento, o seriado que se encaixa nessa descrição e tem feito mais sucesso é “Suits” (Netflix, nove temporadas, 134 episódios), porquê o colega Maurício Stycer explicou na poste dele há algumas semanas, mas há várias outras que também cumprem a função perfeitamente muito. Indico cá sete.

“Lei e Ordem” (1990-2010, 2021- ), “Lei e Ordem: Unidade de Vítimas Especiais” (1999- )

Há poucas temporadas disponíveis no streaming da chamada “nave-mãe” da franquia de Dick Wolf sobre policiais e promotores em Novidade York e seu dia a dia em meio ao que a humanidade tem de pior a oferecer. O Prime Video tem três temporadas um pouco aleatórias, o Universal+ tem duas das mais recentes, pós-reboot (a série havia sido encerrada em 2010 e foi retomada em 2021) e a Globoplay tem as três mais recentes.

A verdade é que isso não afeta muito a experiência de testemunhar a “Lei e Ordem”, já que os episódios são na maioria muito contidos em si mesmos —alguém acha um corpo, polícia investiga a morte, indicia suspeito, promotores movem mundos e fundos para condená-lo—, com alguns arcos narrativos maiores que a Wikipédia pode ajudar a esclarecer.

Já o spin-off mais muito sucedido da franquia, “Unidade de Vítimas Especiais” (ou “SVU”, a {sigla} em inglês), pode ser visto inteiro (25 temporadas!), mas em três serviços diferentes. Neste, os temas são ainda mais pesados, envolvendo violência sexual, crianças, idosos e pessoas com deficiência, tratados com o (pouco) tato usual da televisão americana dos anos 2000.

Os ritmos das duas séries são parecidos e consistentes de incidente para incidente, portanto é facinho se deixar levar numa maratona premeditado ou eventual.

“Lei e Ordem” (“Law & Order”): Prime Video, temporadas 8, 9 e 10; Universal+, temporadas 22 e 23; Globoplay temporadas 21, 22 e 23.

“Lei e Ordem: Unidade de Vítimas Especiais” (“Law & Order: Special Victims Unit”): Globoplay, temporadas 1-20, 25; Netflix, temporadas 6,7, 9-11; Prime Video, temporadas 14-22; Universal+, temporadas 20, 23-25.

“Monk”(2002-09), “O Mentalista”(2008-15)

Duas séries sobre homens traumatizados que usam seus poderes de reparo aguçados para desvendar crimes.

Em “Monk”, Tony Shalhoub é Adrien Monk, um ex-policial em luto pela morte da esposa em um atentado. Com vários sintomas de um “transtorno obsessivo-compulsivo” (ou uma versão televisiva da doença), ele se torna consultor da polícia, usando sua atenção a detalhes para desvendar crimes —mas a série não é a tragédia que essa descrição faz parecer. O tom é quase sempre cômico e ligeiro, muito de contrato com a icônica música de lhaneza de Randy Newman.

“O Mentalista” também tem um consultor da polícia com uma esposa assassinada. Patrick Jane (Simon Baker) é um ex-médium fake de televisão que passa a facilitar a força investigativa da Califórnia na procura por um serial killer chamado Red John depois levante matar sua esposa e sua filha. É uma série mais pesada que “Monk”, mas que flutua no charme de Simon Baker e na sua relação de amizade/romance com a director do departamento de polícia que Jane auxilia, Teresa Lisbon (Robyn Tunney).

“Monk”: Netflix, oito temporadas, 125 episódios.

“O Mentalista” (“The Mentalist”): Prime Video e Max, sete temporadas, 151 episódios.

“The Bold Type” (2017-21)

Três melhores amigas —Jane (Katie Stevens), Kat (Aisha Dee) e Sutton (Meghann Fahy)— tentam lastrar seus relacionamentos amorosos e aspirações profissionais numa revista feminina à la Cosmopolitan (a ex-editora-chefe da revista Joanna Cole é uma das produtoras da série).

Uma vez que o programa estreou em 2017, talvez os dilemas das jovens millennials sejam hoje considerados ultrapassados pela geração Z, mas os roteiros se esforçam para tratar assuntos sérios com seriedade e sem descambar para o melodrama.

Quem gostou da segunda temporada de “White Lotus” pode ver do que mais Meghann Fahy —que lá interpretava Daphne— é capaz cá, e a série é ancorada pela sempre poderoso Melora Hardin (“The Office”) porquê a editora-chefe da revista.

Globoplay e Prime Video, cinco temporadas, 52 episódios.

“Eu, a Patroa e as Crianças” (2001-05)

Quer coisa mais reconfortante (se você tem idade para lembrar) do que uma boa e velha sitcom sobre uma família que recontro, mas se patroa, com risadas enlatadas e um ritmo de piadas permanente, em que dá para prever a resposta antes mesmo de a pergunta ser feita?

Taí “Eu, a Patroa e as Crianças”, um réplica muito típico desse tipo de série. Um pouco envelhecido, é simples, mas sólido.

“My Wife and Kids”. Star+, cinco temporadas, 123 episódios.

“The Joy of Painting w/ Bob Ross” (1983-94)

Praticamente ASMR —aquela categoria de vídeos que produzem sensações gostosas no testemunha—, o programa é muito simples: o pintor Bob Ross, em frente a uma tela em branco, com uma paleta de cores e vários pincéis, explica com uma voz suave e paciente, diferentes técnicas para produzir pinturas a óleo de paisagens.

O Plex (plex.tv), um serviço de streaming gratuito que também tem “tv ao vivo”, tem dois canais 100% Bob Ross, um com o áudio original em inglês e outro dublado em espanhol, que passam episódios do programa 24 horas por dia, fora de ordem (foram 31 temporadas e mais de 400 episódios).

“The Joy of Painting w/ Bob Ross” e “The Joy of Painting w/ Bob Ross (Español). Plex.tv

O QUE ESTÁ CHEGANDO

As novidades nas principais plataformas de streaming

“Quem Fizer Ganha”

Produção um tanto amaldiçoada de Taika Waititi (que originalmente escalou Armie Hammer e aí precisou trocá-lo por Will Arnett), filmada em secção ainda antes da pandemia de Covid-19. Fundamentado na história real do técnico de futebol Thomas Rongen, que recebeu a tarefa de tentar levar a seleção de Samoa Americana, considerada a pior do mundo, à Despensa de 2014.

“Next Goal Wins”. Star+, 104 min.

“STEVE! (martin): documentário em 2 partes”

Dirigido por Morgan Neville, o documentarista por trás de “A Um Passo do Estrelato”, revisita, na primeira secção, a ascenção inicial de Steve Martin porquê um comediante de stand-up e seus primeiros sucessos no cinema. No segundo capítulo, se aprofunda sobre a período atual da curso de Martin, que vem em subida com “Only Murders in the Building”.

“STEVE! (martin) a documentary in 2 pieces”. AppleTV+, dois episódios de murado de 90 min cada um.

“Nell, a Renegada”

Acusada de um homicídio que não cometeu, a jovem Nell Jackson (Louisa Harland, a Orla de “Derry Girls”) se torna a fugitiva mais notória da Inglaterra do século 18. Em sua façanha, ela recebe a ajuda de um espírito mágico chamado Billy Blind (Nick Mohammed, de “Ted Lasso”). Não assisti ainda, mas me lembrou do meu querido “Catarina, a Moça Chamada Passarinha” (Prime Video).

“Renegade Nell”. Disney+, oito episódios.

“Todos Menos Você”

Fenômeno inesperado de bilheteria traz Sidney Sweeney (“Euphoria”) e Glen Powell (“Top Gun: Maverick”) porquê inimigos que decidem fingir estar namorando para provocar ciúmes na ex dele e distanciar a possibilidade de um revival com o ex dela. Você já pode imaginar aonde essa história vai dar.

“Anyone But You”. Max, 103 min.

“Zona de Interesse”

O cotidiano da família Höss em sua vila encostada nos muros do campo de concentração de Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial. Com Sandra Hüller (“Anatomia de Uma Queda”), vencedor de dois Oscars neste ano, de Som e Filme Estrangeiro. Recomendo o uso de fones de ouvido ou um bom som para a experiência completa.

“The Zone of Interest”. Prime Video a partir de domingo (31). 105 min.

Folha

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