'setembro 5' Mostra Tensão Do Sequestro De Atletas Em 1972

‘Setembro 5’ mostra tensão do sequestro de atletas em 1972 – 17/02/2025 – Ilustrada

Celebridades Cultura

O longa “Setembro 5”, dirigido por Tim Fehlbaum, trata de um ocorrência traumático da história: o sequestro de 11 atletas israelenses pela organização terrorista Setembro Preto, durante os Jogos Olímpicos de 1972, em Munique. A organização pediu em troca dos onze reféns a libertação de 200 prisioneiros palestinos.

Com esse tema, lançado neste momento turbulento da história e da relação entre Israel e Palestina, o filme já nasce sob a sombra de um manifesto oportunismo, e não vasqueiro é considerado peça de propaganda, embora esta seja uma visão um tanto exagerada do que o filme apresenta de indumentária. Excesso também é falar que só há dois lados nessa história.

Um observador político, um historiador ou um correspondente internacional pode até ter seu lado e deixá-lo simples. Um crítico de cinema, todavia, ao menos enquanto analisa o filme, só tem uma obrigação: a de estar do lado do cinema. Ele não fica impedido de se manifestar politicamente, mas o faz por sua conta e risco. Não é esta sua função.

Da mesma forma, ainda que sobre um matéria muito menos sério, um comentarista esportivo torcedor do Corinthians deve ter a liberdade para criticar seu time, ou reconhecer os méritos do maior rival, impedindo que seu lado torcedor prevaleça.

Deixando para trás esse cipoal, vamos ao filme. O ocorrência de 52 anos detrás teve um tratamento atualizado, e por isso “Setembro 5” é um dos indicados ao Oscar de melhor roteiro original na cerimônia que iremos escoltar no próximo 2 de março.

Na trama, uma unidade de esportes da ABC está encarregada de transmitir os jogos para os EUA. Foi muito propagada a participação de atletas israelenses num evento na Alemanha e o país anfitrião fez todos os esforços possíveis para se mostrar renovado, isento da praga nazista e solícito na reparação do imolação.

Peter Sarsgaard, nome mais publicado de um elenco pleno de talentos, é Roone Arledge, presidente da ABC Sports, o responsável maior pela escolha da imagem que irá ao ar em cada momento, das orientações para a cobertura televisiva porquê um todo.

John Magaro, mais publicado ultimamente por ser o marido sensível de “Vidas Passadas”, é Geoff Mason, o patrão da sala de controle. Ben Chaplin é Marvin Bader, patrão de operações da ABC Sports. Leonie Benesch, de “A Sala dos Professores”, é Marianne Gebhardt, a tradutor alemã.

No prelúdios, o filme procura minuir as possíveis tensões, mostrando o libido dos alemães pela união em torno dos esportes e a disposição dos atletas israelenses em conversar e competir em simetria tanto com alemães quanto com libaneses.

Na ABC também há tensões dissipadas, entre a tradutora alemã e um editor judeu, por exemplo, ou entre um eletricista germânico e um operário gaulês. Elas insistem em ressurgir durante alguns diálogos, para nos lembrar sempre dos traumas passados.

Nessa procura por estabilidade e isenção, o filme corre o risco de desgostar muita gente. A única personagem plenamente positiva do filme é Marianne. Todos os demais são oportunistas, carreiristas, grosseiros. Ou não têm tempo de tela o suficiente para formarmos uma opinião a reverência.

Fora do estúdio, todavia, deu-se a operação do Setembro Preto e o sequestro dos atletas israelenses. A equipe de TV ouve tiros do lado de fora. Eles ficam sabendo do ocorrido pelo cerco policial à Vila Olímpica. A tensão agora adquire outra guisa.

Talvez a equipe de esportes, que acompanhamos desde o início, não esteja apta a deter o caso. Os superiores ameaçam deixar a cobertura a missão do setor de jornalismo. A luta da equipe chefiada por Arledge passa a ser mostrar que é capaz de deixar a cobertura dos jogos e inaugurar a deter o desenrolar do sequestro.

Há, por exemplo, um diálogo telefônico entre um chefão da TV e a equipe de esportes, em que o primeiro alerta a equipe para tomarem zelo com o termo terrorista, pois era muito cedo para se declarar tal coisa e que ninguém sabia recta o que estava acontecendo.

Tim Fehlbaum procura estabelecer um ritmo hábil por meio de cortes insistentes e uma câmera nervosa, que se movimenta o tempo todo, embora nem perto de ser irritante porquê a de um Paul Greengrass.

Nem sempre funciona essa estética da pressa. Na maior segmento do filme, porém, é eficiente para captar a atmosfera de tensão de um evento sob jacente prenúncio.

Folha

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