A cantora Lady Gaga deve trazer ao Rio de Janeiro o mesmo show que fez no festival americano Coachella, em que liderou a programação da última sexta-feira. Considerada uma das performances mais grandiosas da sua curso, foi a primeira dedicada ao novo disco da cantora, “Mayhem”, lançado no mês pretérito, um resgate do eletrônico sombrio que fez Gaga virar um dos nomes mais quentes do pop.
No Coachella, festival realizado num deserto do estado americano da Califórnia, Gaga cantou com uma megaestrutura, acompanhada de dezenas de bailarinos, e rodeada de objetos cenográficos, entre esqueletos e fantasias de monstros, num retrato da pegada macabra do novo disco. Foi um show cobiçoso, muito teatral.
Fãs brasileiros vinham duvidando que ela traria toda a aparelhagem para o país em maio. Mas a estrutura erguida na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, deve sim ser bastante semelhante à do Coachella, segundo Luiz Guilherme Niemeyer, diretor da Bonus Track, produtora que traz Gaga um ano depois de levar Madonna ao mesmo lugar. “A gente não sabe se ela vai modificar o repertório, se vai aumentar o show. É uma decisão artística, cabe a ela. Mas sabemos que o esqueleto, a base do show, será a mesma.”
O palco em que Gaga vai se apresentar já começou a ser montado. Ela vai trovar num tribuna de 1.200 metros quadrados, adiante de um megapainel luminoso. O espaço é maior que o usado por Madonna, que tinha 812 metros quadrados. No Coachella, Gaga cantou para tapume de 125 milénio fãs. No Rio de Janeiro, onde o show será gratuito, é esperado um público 12 vezes maior, de 1,5 milhão de pessoas. Seria o maior da curso da americana.
A apresentação nos Estado Unidos durou tapume de uma hora e 50 minutos. No Brasil, segundo Niemeyer, Gaga pode se apresentar por até duas horas e meia —mas não se sabe se ela usará esse tempo todo. O primeiro show teve uma mistura de megahits, porquê “Bad Romance” e “Born This Way”, com novas canções, caso de “Vanish Into You” e “Abracadabra”. Boa segmento dos fãs sentiu falta de sucessos porquê “Just Dance” e “Telephone”.
A previsão é que Gaga apareça às nove da noite. Antes, diz Niemeyer, devem ocorrer shows com DJs, e não apresentações de artistas pop nacionais, do tipo Pabllo Vittar e Anitta, porquê os fãs têm especulado nas redes sociais. “Ainda não temos nomes definidos. A gente está avaliando as possibilidades.” Ele acrescenta ainda não saber se Gaga cantará com brasileiros, porquê Madonna, que se apresentou com as próprias Pabllo e Anitta.
Segundo o produtor, o nome de Gaga surgiu de inopino porquê principal libido para suceder Madonna. São duas divas do pop, cantoras de público majoritariamente LGBTQIA+ —Madonna teve voz importante na conscientização sobre a Aids nos anos 1980, e Gaga discursa com frequência sobre a valia dos direitos de pessoas homossexuais e transexuais.
Há mesmo um interesse em atingir esse público, diz Niemeyer. Esse projeto de megashows, batizado de “Todo Mundo no Rio”, trará um grande artista internacional por ano à praia de Copacabana até 2028. Mas a teoria não é se limitar às divas.
“A comunidade LGBTQIA+ engaja muito e eleva o evento. As divas pop são as maiores artistas que estão hoje disponíveis no mercado”, diz. “Mas não temos apego a esse gênero, nossa única exigência é que seja um artista de relevância mundial.”
Outro fator levado em conta é a data em que o artista veio ao país pela última vez —quanto mais longe, mais interessante é a teoria de repetir o feito. E Gaga devia um encontro com os fãs brasileiros desde 2017, quando cancelou sua apresentação no Rock in Rio no mesmo dia por desculpa de problemas de saúde. Sua pouquidade virou meme e uma espécie de fantasma na sua curso.
“Fiquei arrasada quando tive de cancelar, anos detrás, porque estava hospitalizada. A compreensão de vocês significou muito. Agora estou de volta, me sinto melhor do que nunca e estou trabalhando duro para prometer que leste show seja rememorável”, escreveu ela no Instagram, quando anunciou o show.
Para ressarcir a falta de receita de ingressos, o projeto captou patrocínio de marcas porquê Corona, Ambev e Latam. O show de Lady Gaga será exibido pela TV Orbe. Antes do Brasil, a cantora se apresenta na Cidade do México, no sábado que vem.