Silvio Santos: Daniela Beyruti Fala Do Novo Sbt E Da

Silvio Santos: Daniela Beyruti fala do novo SBT e da Globo – 23/06/2024 – Televisão

Celebridades Cultura

São Paulo

Esqueça o terninho, a camisa branca e outras roupas de “mulheres de negócios” que altas executivas costumam trajar. Foi com uma camiseta de Snoopy e sua turma (escorço entusiasmado exibido pelo SBT nos anos 1980, aliás), que Daniela Beyruti, a filha ‘número três’ de Silvio Santos, posou para o F5 na última terça (18) em sua sala, na sede do meato, em Osasco (SP).

Vice-presidente do SBT desde o ano pretérito, Daniela, 47, concedeu sua primeira entrevista desde que virou a segunda pessoa na jerarquia da empresa fundada por seu pai, em 1981. Ela se animou a falar muito por pretexto das mudanças na emissora, principalmente em sua programação de domingo.

Sua mana, Patrícia Abravanel, avante do Programa Silvio Santos desde o retraimento do pai, em 2021, é secção das novidades. Não exatamente ela, mas o horário do dominical, que passará a ser exibido mais cedo, às 19h15.

Quem também se beneficia é o Domingo Lítico com Celso Portiolli, que passa a ter seis horas de duração. Celso irá incorporar secção do que Eliana fazia, porquê o quadro Minha Mulher Que Manda e o humorista Tiago Barnabé. “É a nossa mudança mais relevante neste dia em 15 anos. Domingo é nossa espírito, foi a partir dele que começamos”, diz Daniela.

A empresária admite ter ficado “com ciúmes” das recentes homenagens que Luciano Huck fez a estrelas do SBT (porquê Raul Gil), e até a seus descendentes, caso da “Guerra do Lip Sync” entre os filhos de Gugu e de Faustão. Daniela chegou a postar uma reclamação nas redes, afirmando que Huck (e a Orbe) estavam “surfando na vaga” de seu elenco. “Nossos artistas merecem ser honrados por nós. A gente percebeu isso”, afirma. “Todos nós ficamos enciumados”.

A executiva também explica por que não contratou ninguém para o lugar de Eliana, conta que Silvio às vezes demonstra interesse em voltar ao batente e diz que não pensa pequeno em relação ao porvir da emissora: “Quero que o SBT seja a Disney brasileira”.

Patrícia Abravanel, sua mana, está avante do Programa Silvio Santos desde 2021. Ele não volta mais? Não posso falar que ele nunca mais vai voltar. Sabe por quê? Toda sexta a gente tem um tempo em família, e toda vez ele fala: ‘Semana que vem tô lá, mas enquanto eu não tô, Patrícia, você tá cuidando do meu programa, né?’. Logo, meu pai pode vir a qualquer momento. Se der na cabeça dele, ele vem.

Assim porquê ‘deu na cabeça’ dele reprisar um desfile velho de Carnaval. [Na noite das campeãs de 2024, Silvio mandou reprisar no SBT o desfile de 2001, da escola carioca Tradição, que o homenageou] Exatamente. Ele estava vendo com a Rebeca a homenagem no YouTube, pensou no desfile das campeãs e disse: ‘Vamos reprisar amanhã’. A gente cá no SBT: ‘Ai, meu Deus. O que a gente vai fazer?’. E foi isso, fizemos e colocamos no ar. Esse é o Silvio Santos.

Ele ainda interfere na programação de alguma maneira? Não, ele não tem feito isso. A gente tem conversado coisas mais abrangentes, sabe? Tipo, o que ele pensa sobre um pouco, sobre entretenimento, sobre o que as pessoas gostam. É uma coisa mais filosófica do que específica. A não ser assim, quando ele tira uma teoria da cartola e fala: ‘Vamos fazer’.

Foi sua a decisão de dar mais tempo ao Celso Portiolli e à Patricia, com a saída de Silvio e a iminente mudança de meato de Eliana. Por que não contratou novos nomes? A primeira coisa que pensei quando a Eliana me disse os planos dela foi: ‘O que colocar?’. Pensei em alguns nomes. Para ser sincera, eu achei uma pessoa que se encaixaria no nosso domingo. Acho que ela passa a nossa força. Mas hoje ela é inviável. Não é do ramo da televisão, e sim da música.

Quem seria essa pessoa? Prefiro não proferir. Mas o que eu digo é que depois pensei: ‘O Celso e a Patrícia estão honrando tanto o domingo…’

Os dois superaram suas expectativas? O Celso está levando o domingo super muito. A Patrícia tá levando o domingo super muito. Por que não deixar com eles? Eles têm honrado tanto a nossa camisa. Logo, decidi apostar nessa dupla.

Porquê fica exatamente o domingo? O Celso Portiolli assume das 11h15 às 18h15, e antes da Patricia Abravanel tem o Roda a Roda repaginado, com a Rebeca Abravanel das 18h15 às 19h15. Vai ter a volta da plateia, novo cenário. Vai ser muito oxigenado. E depois, a Patrícia leva até a meia-noite.

O Portiolli tem brigado pela liderança com o Luciano Huck aos domingos na tira das 14h. Huck fez homenagens ao SBT, que parecem ter te incomodado. Você pretende fazer homenagens também? Sim. Homenagens dignas. A primeira que a gente vai mostrar mesmo vai ser agora (domingo, dia 23), a da Eliana. A produção da Patrícia fez um trabalho muito bonito, sabe? Contando a história dela cá desde o primícias. A gente tem um montão muito rico para mostrar.

Você disse nas redes que a Orbe e o Huck estavam “surfando na vaga” do SBT com homenagens ao elenco da emissora, porquê o Raul Gil. Foi aí que te veio esse estalo de homenageá-los também? A gente percebeu isso na homenagem do Raul Gil ao Huck. Falamos assim: ‘Poxa, a dança lá do rebento do Gugu e do Rebento do Faustão [em 2023, no programa de Huck] foi uma farra legítimo, né?’. Deu muitas saudades do Gugu vendo o rebento dele, porque lembra muito ele, lá do comecinho. Mas no Raul, pensamos: ‘Poxa, a gente tem tanta história para descrever. Por que não a gente homenagear os nossos artistas e colocá-los no lugar que merecem?’. Eu fiquei enciumada. Todos nós ficamos enciumados.

Você promoveu muitas mudanças no SBT no último ano. Por quê? Porque era necessário. Acho que a gente demorou um pouco para reagir depois da pandemia. Eu só escutava, era uma coisa que eu me irritava demais: ‘ah, porque é do dedo isso, do dedo aquilo’. Meus filhos assistem ao Luccas Neto, por exemplo. Eu assisti a todos os filmes do Luccas Neto no Netflix e também assisti ao Lucas Neto no YouTube. Daí eu comecei a pensar: o que é legítimo no do dedo? O que as pessoas estão gostando de ver no do dedo? O que é a TV hoje? O que vai ser a TV do porvir? O do dedo nunca mais vai trespassar das nossas vidas, é um roupa. E a TV é um roupa. Acho que eles são totalmente complementares.

Artistas da internet estão no foco do SBT? Antigamente se achava muito artista no teatro e rádio. Hoje, você pode encontrar também na internet. Antes o filtro era menor, né? Os canais de entrada eram menores. Comecei a pensar em quem não tem. A gente herdou isso do meu pai. E quem não tem entrada à internet e ao streaming? E se a filarmónica larga não for boa? Será que todo mundo assiste aos podcasts? Pensei: por que não trazer para a televisão? E fiz isso.

Esse progresso do do dedo junto com a perda de artistas, porquê a Eliana, não reforçariam a tese de que o SBT perdeu relevância? Eu não acredito nisso. Acho que a gente tem um lugar tão privativo dentro do brasílio. Porque a gente se conecta com ele. Antigamente, meu pai ia para as feiras comprar filmes e produtos e tinha sempre o vencedor do Oscar. Mas ele preferia o Varão Serpente, que dava 40 pontos de audiência. Logo, enquanto a gente continuar com essa núcleo, esse relacionamento com os nossos telespectadores, vamos seguir relevantes. A gente é muito ‘o povo na TV’. A gente gosta de mostrar o povo.

O SBT passou a invocar romance infantil de ‘romance para a família’. Por quê? É romance que qualquer um pode presenciar. Tem o enredo adulto e tem o enredo de menino, mas a gente percebeu que o nosso meato é o maior do YouTube, a gente sempre está nos top 10 do Netflix com nossas novelas. A parceria com a Amazon Prime Video foi maravilhosa, e eles ainda estão lá com os nossos títulos ‘Poliana’, ‘Poliana Moça’ e agora ‘Romeu e Julieta’. A gente tem percebido que as nossas novelas são um teor safe, sabe? É seguro. Eu tenho a referência da Disney. Quero que o SBT seja a Disney brasileira.

Mas em qual sentido? As pessoas nem perguntavam, nem queriam saber qual era o filme, qual era a série ou qual era o escorço. Era da Disney? Tá tudo manifesto. E eu acredito que o SBT tem isso. Minha meta é ocupar a vice-liderança isolada e consolidada. É uma meta. Mas eu gostaria muito de ser a Disney brasileira. Gostaria de ter parque temático. A longo prazo, penso bastante nisso.

Sobre a novidade programação, qual sua avaliação? A Virginia Fonseca tem cumprido suas expectativas? Eu acredito na nossa grade, mas acho que ela vai precisar de ajustes, simples. Sabia que a nossa audiência não ia ser a jato. O Tirulipa foi uma grata surpresa, ele queria voltar para a TV e nos procurou com todo o concepção de circo. A Virginia foi engraçado. Me falaram que ela não queria ir para a televisão, estava milionária. Quando falei com ela, pronta para levar um não, ela disse: ‘É meu sonho fazer TV!’. E ela me disse que amava o SBT, que via o Bom Dia e Cia, via desenhos. Acho a Virginia muito humilde, sincera, verdadeira.

Nos últimos anos, o SBT tem conseguido as suas maiores audiências com futebol. Vocês estão detrás de novos eventos? O sonho da nossa vida era ter futebol no SBT. Só que os direitos são muito caros. Muitas vezes a gente não conseguiu ter, não porque a gente não quis, porque a gente não podia. Foi o caso da Libertadores em 2022 com a Orbe, eles cobriram nossa oferta. A gente quer tanto futebol que se ele se remunerar, já é bom. O negócio é não dar prejuízo.

Vocês estão tentando o Campeonato Brasílico em negociação agora? Sim, estamos. Estamos tentando tudo. E quando tiver a Libertadores de novo, nós vamos permanecer ali também. Mas gostamos da Despensa Sul-Americana. Aquela coisa que tava meio esquecida, caso da Sul-Americana. Nós temos esse histórico lá detrás. A gente faz do limão uma limonada, a gente coloca aquele tempero, porque combina. Sabe quando a coisa mansão direitinho? Só que quando isso rola, daí vêm os outros e querem também.

Folha

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