Situação Na Venezuela Dificulta Comunicação Do Governo 05/08/2024

Situação na Venezuela dificulta comunicação do governo – 05/08/2024 – Encaminhado com Frequência

Tecnologia

Posteriormente as eleições da Venezuela no domingo (28), as redes sociais foram dominadas por comentários relacionados tanto ao processo eleitoral quanto às ações e pronunciamentos de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela.

Ainda naquele domingo, o Recomendação Vernáculo Eleitoral (CNE), que é o órgão eleitoral do país, anunciou que Maduro foi o vencedor das eleições. Desde logo, há uma instabilidade no xadrez político global e a informação se torna elemento fundamental nessa disputa.

Mal o pregão foi realizado pelo órgão eleitoral, Rússia e China reconheceram Maduro uma vez que vencedor das eleições, enquanto países uma vez que Brasil, Estados Unidos e Espanha passaram a cobrar publicamente pela divulgação das atas eleitorais para que os resultados pudessem ser verificados.

As pesquisas de intenção de voto apontavam para uma vitória do candidato da oposição Edmundo Gonzáles.

O governo brasílio ficou em uma posição delicada, uma vez que precisa mourejar com cautela com essa situação, principalmente em decorrência das questões diplomáticas que envolvem os dois países e também os organismos internacionais.

Nesse cenário, essa posição virou intuito de ataque nas redes sociais, ainda mais em seguida países vizinhos uma vez que Chile, Argentina e Uruguai terem questionado a vitória de Maduro. A situação piorou ainda mais em seguida a nota dos Estados Unidos reconhecendo a vitória da oposição.

No monitoramento realizado pela Palver, a principal narrativa contra o governo é de que há alinhamento ideológico entre Lula e Maduro, e que o governante brasílio não é apoiador da democracia. Nos grupos públicos de WhatsApp, uma das mensagens que mais se repete é a de que “as eleições na Venezuela foram fraudadas, assim uma vez que as brasileiras”.

Diferentemente do usual, nesse caso das eleições venezuelanas há uma grande quantidade de links do Instagram sendo enviadas nos grupos de WhatsApp, e os vídeos contém não unicamente repúdio às ações de Maduro, uma vez que também ataques ao TSE e a Alexandre de Moraes.

Muitos usuários nos grupos de direita aproveitaram a situação e novamente levantaram dúvidas sobre a integridade das urnas eletrônicas, alegando que Lula agora enfrenta um paradoxo, pois se confirmar a vitória de Maduro estaria apoiando um ditador, mas caso questione as eleições estará confirmando que é provável viver fraude nas urnas.

A presença de Celso Amorim na Venezuela também foi intuito de ataques da direita, sendo interpretada por alguns uma vez que endosso ao governo de Maduro. A entrevista de Amorim na quinta-feira (1º) repercutiu negativamente nos grupos por não ter sido “enfático” ao ser perguntado sobre a apresentação das atas eleitorais.

O ex-presidente Jair Bolsonaro aproveitou a situação e gravou um vídeo para os partidários do PL questionando os acordos municipais em que membros de seu partido estão buscando se coligar com o PT. Bolsonaro alega que esse tipo de federação não será aceita e o PT é apoiador de Maduro, e por essa razão não pode ter qualquer tipo de costura política envolvendo os dois partidos.

Nos grupos de WhatsApp também resgataram um vídeo em que Lula expressa escora a Maduro para as eleições presidenciais de 2013 e afirma que o mandatário venezuelano se “destacou brilhantemente na construção de uma América Latina mais democrática e solidária”. Esse vídeo repercute com diferentes edições, mas sempre procurando vincular Lula com governos autoritários.

Nos grupos de esquerda, há duas principais linhas, sendo a primeira uma explicação histórica sobre a crise econômica da Venezuela e que as sanções dos EUA seriam as grandes responsáveis pela situação atual, o que reflete também no ânimo da população.

A segunda risco, mais conspiratória, aponta que a CIA estaria por trás dessa instabilidade política na Venezuela em conluio com a oposição e que o verdadeiro interesse em jogo são as reservas de petróleo.

A situação do governo se complica na medida em que não consegue passar uma mensagem assertiva e simples sobre a questão da Venezuela, enquanto a oposição é consistente ao sentenciar efusivamente as ações de Maduro.


LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul aquém.

Folha

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *