Sobrasa Alerta Sobre Cuidados Para Evitar Afogamentos

Sobrasa alerta sobre cuidados para evitar afogamentos

Brasil

Em tempo de férias é preciso redobrar os cuidados para evitar afogamentos. Dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) mostram que15 pessoas morrem afogadas no Brasil diariamente. Os afogamentos são a primeira pretexto de morte de crianças de 1 a 4 anos e a terceira na filete etária de 5 a 9 anos.

A Sobrasa diz ainda que 55% das mortes na filete de 1 a 9 anos ocorrem em residências. A prevenção é a principal utensílio para evitar esse tipo de acidente, mormente no verão, quando piscinas, praias, rios, lagos e lagoas costumam ser utilizados com mais frequência pelas famílias.

O secretário-geral da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) David Szpilman destacou, em entrevista à Rádio Pátrio da Amazônia, um dos veículos da Empresa Brasil de Notícia (EBC), que, ao contrário do que as pessoas pensam, a maioria dos afogamentos não ocorre em praias, mas na chuva gulodice. O motivo é que, geralmente, nesses lugares não há a presença de salva-vidas ou pessoas qualificadas para prestar socorro.

Colniza, MT, Brasil 18/03/2016: Crianças brincam na comunidade de ribeirinhos de São Lourenço.  (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Colniza, MT, Brasil 18/03/2016: Crianças brincam na comunidade de ribeirinhos de São Lourenço.  (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Crianças brincam na comunidade de ribeirinhos de São Lourenço. Marcelo Camargo/Registo/Sucursal Brasil

“Mais de 70% das mortes ocorrem em rios, lagos e represas. Nas praias as pessoas se afogam e, por ter guarda-vidas, acabam sendo salvas. Em chuva gulodice, uma vez que nos lagos de represas, isso não acontece porque não há guardas-vidas, não há ninguém capacitado e competente para fazer o socorro e isso provoca duas dessas 15 mortes. Mais duas ocorrem em casos de alguém tentando ajudar outra pessoa que está se afogando e que acaba morrendo junto. No caso do rio – diferentemente da praia, que às vezes assusta por pretexto das ondas -, se for muito fundo, pode ter uma correnteza poderoso e não simular”, disse.

Para prevenir situações de afogamento, a Sobrasa recomenda a instalação de barreiras de chegada à chuva em piscinas, rios, represas e lagos. Também é recomendável providenciar lugares mais seguros para crianças em idade pré-escolar e ensinar segurança aquática tanto para as crianças em idade escolar, quanto para o público em universal. O uso de coletes e boias também ajuda a evitar situações críticas. Em locais com sinalização, é preciso seguir as orientações.

Szpilman disse ainda que muitas situações de afogamento ocorrem porque as pessoas subestimam o risco que estão correndo. Mesmo grandes nadadores podem morrer afogados quando não respeitam seus limites ou por redução súbita de sua conhecimento aquática. O uso de bebidas alcoólicas também é fator determinante, já que pessoas sob efeito de álcool apresentam menor coordenação motriz.

“O ideal é que a gente saiba os riscos do envolvente e a nossa conhecimento aquática. Toda situação de afogamento, independentemente de ser em piscina, catadupa, rio, lago, represa, praia, surfando, fazendo esporte aquático, exige um um balanço entre o risco do envolvente e a sua conhecimento aquática, a capacidade de enfrentar o risco”, disse. “A bebida entra exatamente nesses dois fatores: a pessoa olha o risco e quando está alcoolizada, não percebe e se acha mais capaz do que na veras. Coligado a isso, o álcool também reduz a capacidade motriz de resguardo. Portanto, esses três fatores influenciam e fazem com que o álcool seja responsável por 15% a 18% dos afogamentos com morte”, completou.

Segundo Szpilman, em situações de afogamento a pessoa deve manter a calma, procurar vogar e pedir ajuda. Evitar nadar contra a correnteza também é uma dica importante, já que a pessoa estará gastando a força que deveria utilizar para esperar o socorro.

“É por isso que a gente sempre fala: está no sufoco, a primeira coisa a fazer é zelar suas forças para flutuar, não nade contra a correnteza. Encha o pulmão e tente vogar. Peça ajuda e espere. Na situação da Amazônia [onde ocorre a maior parte dos afogamentos no Brasil], por exemplo, é muito importante entender que mesmo aquelas pessoas que sabem nadar, devem utilizar um colete salva-vidas. Sempre. Porque é a proteção”, explicou.

Para quem está vendo alguém se afogar, a recomendação é buscar ajuda imediatamente e evitar entrar na chuva.

“Do ponto de vista de quem está assistindo o afogamento, o ideal é você ajudar sem entrar na chuva. Primeiro, identifica que alguém está precisando de ajuda e pede para vincular para no número 193 e avisar o Corpo de Bombeiros”, disse. “Você deve buscar qualquer material de flutuação, pode ser uma garrafa pet de refrigerante, uma globo, uma raquete, uma prancha, uma tampa de isopor, várias coisas que flutuam, alguma coisa deve ser utilizada para jogar para o afogado, para que ele possa apanhar e se manter supra da superfície, continuar respirando e para dar tempo de o socorro chegar. Esse é o procedimento de uma vez que enfrentar situações quando a prevenção falhou”, acrescentou Szpilman.

Em relação aos cuidados com as crianças, a principal recomendação é nunca perdê-las de vista. Também é preciso rodear piscinas, esvaziar baldes e outro utensílios nos quais a párvulo pode se afogar.

“Em crianças de 1 a 4 anos, o afogamento acontece, principalmente, em mansão e 50% desses casos em piscinas. Sempre que tem párvulo pequena deve prestar o sumo de atenção enquanto está dentro de mansão, mesmo que não tenha piscina. Tem balde, esvazia o balde. Tem piscina, fecha a piscina, fecha a porta do banheiro, não deixa ela acessar o jardim, limita o chegada a locais perigosos. Isso é extremamente importante para crianças de 1 a 4 anos. A partir de 5 a 6 anos [o afogamento] acontece mais nas áreas externas ao volta da mansão e em piscinas. Às vezes é uma piscina de um clube, de um parque aquático, de um hotel em que a gente vai passar o final de semana e ali não tem uma tapume”, afirmou.

Em praias, rios e lagos, a recomendação também é nunca tirar os olhos e sempre julgar os locais que são mais arriscados, mormente no verão quando, segundo a Sobrasa, ocorrem 45% dos afogamentos.

“Há um ditado que diz: um cachorro que tem dois donos morre de penúria. E é isso que acontece, um fica esperando o que o outro vai fazer e acaba que ninguém assume. Portanto, é importante: quando você vai dar uma sarau, se tem piscina, ou é num lago, ou num parque, ou num sítio, tem que ter alguém olhando as crianças o tempo todo. Faz um revezamento, um pai ou uma mãe deve permanecer olhando”, reiterou.

“Os pais colocam muito a párvulo para aprender a nadar, achando que aquilo vai blindá-la de um afogamento. E a párvulo sabe flutuar, consegue se trasladar numa piscina. Na cabeça dos pais, parece que isso funcionaria em qualquer outro envolvente e não funciona. Portanto, se você pega uma párvulo que sabe flutuar, que está confortável na piscina e coloca ela num rio, ela morre afogada. Se coloca na praia, morre afogada. A gente tem que entender que para cada envolvente existe um risco. E você tem que ter conhecimento aquática supra desses riscos para não se tornar um afogado nessa situação”, observou.

Fonte EBC

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