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Um dos efeitos felizes da subida da maré televisiva conhecida porquê “peak TV” é que ela levantou todo tipo de navio. Hoje é provável ter aproximação a histórias de muitos lugares, contadas a partir de inúmeras perspectivas, sobre experiências idênticas ou completamente opostas às nossas.
Essa heterogeneidade contempla também cada vez mais histórias de todo o espectro das identidades e expressões de gênero e das orientações sexuais. O que se segue cá é, portanto, mais uma lista mais do que incompleta de sugestões de séries com protagonistas LGBTQIA+ para manter o orgulho rolando muito além do término de junho.
“Tipo Isso” (2021-24)
Sabi (Bilal Baig) —que cocriou a série com Fab Filippo— é uma pessoa não binária ainda descobrindo porquê conciliar sua identidade com as expectativas de sua família paquistanesa e suas próprias ambições. Sua vida se entrelaça cada vez mais com a da família de Bessy (Grace Lynn Kung), para quem trabalha porquê babá, quando um acidente traz revelações inesperadas à tona.
“Sort Of”. Max, três temporadas, 24 episódios.
“Uma Equipe Muito Privativo” (2022)
Fazia tempo que eu não indicava essa série, logo cá está ela de volta a esta newsletter nesta lista muito apropriada.
Cocriada por Abbi Jacobson (“Broad City”), a minissérie transforma o subtexto do filme de Penny Marshall (“Quero Ser Grande”), de 1992, em texto simples e cristalino: tinha mais do que esporte rolando entre várias das mulheres que participaram da All-American Girls Professional Baseball League, uma liga que existiu de verdade de 1943 a 1954 nos EUA.
“A League of their Own”. Prime Video, oito episódios.
“Heartstopper” (2022-)
O tímido Charlie Spring (Joe Locke) se apaixona por Nick Nelson (Kit Connor), um garoto popular na escola e jogador do time de rúgbi. Ajustado por Alice Oseman de sua própria graphic novel, é a definição de série que deixa o “coração quentinho”. A terceira temporada chega à Netflix em 3 de outubro.
Netflix. Duas temporadas, 16 episódios.
“It’s A Sin” (2021)
Cinco jovens se tornam amigos e vão morar juntos em uma lar em Londres, em 1981. Em meio à diversão e às descobertas surge a ameaço da Aids e a mordaça do thatcherismo, afetando diretamente as vidas de Ritchie (Olly Alexander), Jill (Lydia West), Ash (Nathaniel Curtis), Colin (Callum Scott Howells) e Roscoe (Omari Douglas) ao longo da dez.
Foi a série mais assistida do serviço de streaming britânico Channel 4 e levou a um pico na testagem de HIV no Reino Unificado.
Max, cinco episódios.
“Manhãs de Setembro” (2021-22)
Liniker vive Cassandra, uma mulher trans que se muda para São Paulo com o sonho de se tornar uma famosa cover da cantora Vanusa. Quando sua vida parece caminhar muito, com um novo apartamento alugado e um namorado enamorado, Cassandra é surpreendida pelo surgimento de Leide (Karine Telles), sua ex, e Gersinho (Gustavo Coelho), seu rebento.
Prime Video. Duas temporadas, 11 episódios.
O QUE ESTÁ CHEGANDO
As novidades nas principais plataformas de streaming
“Abbott Elementary” (2021-)
Finalmente chegou ao Brasil a terceira temporada da série de Quinta Brunson, encurtada devido à greve dos atores e roteiristas do ano pretérito. A estreia, aliás, é segmento do relançamento da Disney+ com o teor da Star+ e da ESPN encaixado num aplicativo só, que aconteceu na quarta-feira (26).
Disney+, 13 episódios (o primeiro é duplo).
‼️ APROVEITANDO: a terceira temporada de “O Urso” chega à novidade Disney+ em 17 de julho, com todos os episódios. Zelo com spoilers, porque ela já estreou nos EUA.
“But I’m A Cheerleader” (1999)
Joia satírica de Jamie Babitt sobre uma líder de torcida lésbica (Natasha Lyonne) internada pelos pais em um núcleo de tratamento para terapia de conversão onde meninas vestem rosa e meninos, azul. Com Clea Duvall, Melanie Lynskey, RuPaul e Cathy Moriarty.
Mubi, 85 min.
“Terreno de Mulheres”
Eva Longoria é Gala, uma socialite que, devido a ações de seu marido, é forçada a fugir de Novidade York com a mãe (Carmen Maura) e a filha (Victoria Bazúa) para a vila espanhola de onde a matriarca havia fugido há 50 anos.
“Land of Women”. AppleTV+, seis episódios. Os dois primeiros já estão no ar, os demais estreiam às quartas.
“Minha Lady Jane”
Fundamentado em um romance fantástico, reimagina a história de Jane Grey, que foi rainha da Inglaterra por nove dias. E se Eduardo 6º, seu primo que a colocou na traço de sucessão ao trono, não tivesse morrido de tuberculose?
“My Lady Jane”. Prime Video, oito episódios.
“O Rito da Dança” (2023)
Depois o desaparecimento de sua mana, Jax (Lily Gladstone) assume os cuidados da sobrinha, Roki (Isabel Deroy-Olson), e a ajuda a se preparar para o powwow, encontro tradicional de povos indígenas.
“Fancy Dance”, AppleTV+, 90 min.
“Tudo em Família”
O galã egocêntrico Chris Cole (Zac Efron) decide ocupar uma bela mulher que entrou em seu caminho, Brooke (Nicole Kidman). O único problema é que ela é a mãe de Zara (Chloe King), sua assistente pessoal.
“A Family Affair”. Netflix, 111 min.
“Feito na Inglaterra: Os Filmes de Powell e Pressburger”
Martin Scorsese, responsável por resgatar a filmografia dos cineastas ingleses Michael Powell e Emeric Pressburger da obscuridade, discute a relevância dos autores de “Os Sapatinhos Vermelhos” e “Narciso Preto” e a influência deles sobre sua própria obra.
“Made in England: The Films of Powell and Pressburger”. Mubi, 131 min.
VEJA ANTES QUE SEJA TARDE
Uma dica de filme ou série que sairá em breve das plataformas de streaming
“Livre”
Cheryl (Reese Witherspoon) decide fazer segmento da Pacific Crest Trail, uma trilha montanhosa que atravessa os Estados Unidos de setentrião a sul, numa jornada de autodescoberta depois de uma série de acontecimentos trágicos em sua vida. Inspirado em um livro autobiográfico de Cheryl Strayed, foi indicado a dois Oscars (Witherspoon e Laura Dern, que interpreta Bobbi, mãe de Cheryl) e dirigido por Jean-Marc Vallée (“Big Little Lies”), com roteiro de Nick Hornby (“Subida Fidelidade”).
“Wild”. Na Netflix até 13.jul, 115 min.
