Sus Pode Gastar R$ 7,84 Bi Em 2040 Com Tratamento

SUS pode gastar R$ 7,84 bi em 2040 com tratamento de câncer, diz Inca

Brasil

Especialistas da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas, e do Instituto Pátrio de Cancro (Inca), reforçaram nesta terça-feira (20) a prevenção, detecção precoce e tratamento adequado do cancro. Essa foi a tônica de um encontro virtual realizado por especialistas para marcar o Dia Mundial do Cancro, no último dia 4.

Um dos destaques apresentados foi o Código Latino-Americano e Caribenho contra o Cancro (LAC Code), que elenca medidas de prevenção que devem ser acompanhadas pelas pessoas e orientações a ser seguidas por autoridades, porquê políticas de rastreio da doença e emprego de vacinas, porquê no caso do HPV (vírus do papiloma humano, causante do cancro de pescoço de útero).

A diretriz latino-americana é composta por 17 ações, entre elas orientações já massificadas, porquê evitar fumar, prática de exercícios físicos, controle de peso e sustento saudável. A relação também é manadeira de conhecimento para capacitação de profissionais de saúde.            

“Esse código traduz as evidências científicas mais recentes e as recomendações simples para que a população e os líderes, tomadores de decisão, possam caminhar na direção para prevenção do cancro”, afirmou a consultora vernáculo da Unidade Técnica de Determinantes da Saúde, Doenças Crônicas não Transmissíveis e Saúde Mental da Opas/OMS no Brasil, Larissa Veríssimo.

“Nós acreditamos que podemos prometer um risco menor de as pessoas desenvolverem cancro e morrerem da doença”, completou.

Números

Segundo o Inca, o cancro ocupa o segundo lugar entre as causas mais frequentes de morte no Brasil, perdendo unicamente para doenças cardiovasculares. São esperados 704 milénio novos casos anuais entre 2023 e 2025. Entre os fatores de risco, o maior vilão é o tabagismo, responsável por 161 milénio mortes por ano, seguindo pelo consumo de vitualhas ultraprocessados, com mais de 57 milénio óbitos. Em relação ao álcool, 9 milénio mortes por cancro são atribuíveis ao consumo desse tipo de bebida.

Ainda segundo estimativas do instituto, se zero for feito, e a tendência de aumento de casos for mantida na mesma velocidade, a União gastará R$ 7,84 bilhões em 2040 com procedimentos hospitalares e ambulatoriais no Sistema Único de Saúde (SUS) em pacientes oncológicos.

Investimento em prevenção

O diretor-geral do Inca, Roberto de Almeida Gil, defende que investimento em prevenção é uma forma de evitar gastos com tratamento, que são muito custosos e apresentam tendência cada vez mais crescente.

“Os custos aumentam exageradamente, eu diria, distorcidamente, perversamente. A gente não tem porquê ter sustentabilidade com a política atual de preços do tratamento da doença avançada”, avalia.

“Os nossos esforços na prevenção e detecção precoce são rentáveis e potencialmente econômicos. É a nossa solução de sustentabilidade”, defende Gil, ao ressaltar que a doença é um redutor de produtividade da economia. “O impacto que o cancro tem na capacidade produtiva também tem que ser mensurado e é muito grande”, afirma.

Restrição de consumo

O diretor-geral do Inca apresentou estudos sobre impactos econômicos positivos que haveria com a mitigação de alguns fatores de risco. Uma redução de 50 gramas por dia no consumo de mesocarpo processada (porquê presunto, mortadela, salsichas, linguiças ou carnes salgadas) pela população poderia simbolizar, até 2040, uma economia entre R$ 169,70 milhões com o tratamento de cancro no SUS. O consumo médio em 2018 era 74,1 gramas diárias para os homens e 50,4 gramas para s mulheres.

No caso de bebida alcóolica, a média brasileira era consumo de 14,3 gramas de álcool por dia entre os homens e 8,8 gramas para mulheres. Se houvesse uma redução de um drink por semana (equivalente a um golpe de 15 gramas de álcool), seria verosímil uma economia de R$ 161,39 milhões ao SUS.

Gil lembrou que o Brasil teve uma política bem-sucedida de redução do tabagismo, que caiu 64% entre 1989 e 2019, e elogiou solução da Filial Pátrio de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 2009, que proíbe a comercialização, importação e propaganda dos cigarros eletrônicos, também conhecidos porquê vaper.

O diretor-geral do Inca defendeu uma restrição ao uso de agrotóxicos no país. “A gente tem um consumo excesso”, apontou.

Política vernáculo

No encontro entre Opas e Inca, recebeu destaque a Política Pátrio de Prevenção e Controle do Cancro (PNPCC). A diretriz, descrita pela Lei 14.758, foi sancionada em dezembro do ano pretérito e tem porquê principais objetivos a redução da incidência e da mortalidade dos diferentes tipos de cancro e a promoção do aproximação ao desvelo integral.

“A Política Pátrio de Prevenção e Controle do Cancro no contextura do SUS e o Código Latino-Americano e Caribenho contra o Cancro são duas iniciativas que se complementam e se reforçam”, disse a coordenadora de Prevenção e Vigilância do Inca, Marcia Sarpa.

“Hoje cada vez está mais evidente que o cancro pode ser evitado se nós atuarmos em ações de prevenção específica, porquê a vacina para HPV, e atuamos em promoção de hábitos saudáveis de vida, estimulando a sustento saudável, a atividade física, o controle do peso, evitando o tabagismo e tantos outros fatores que a gente sabe que estão envolvidos na causalidade do cancro”, ressaltou o coordenador-geral da Política Pátrio de Prevenção e Controle do Cancro, Fernando Maia.

– Não fume ou use qualquer tipo de tabaco. Se você usa, é verosímil parar. Se necessário, conte com ajuda profissional. Também não use cigarros eletrônicos, pois levam ao uso de produtos de tabaco.

– Mantenha ou atinja seu peso saudável, ao longo da vida, para ajudar a prevenir vários tipos de cancro.

– Faça atividade física diariamente, ao longo da vida, e limite o tempo que passa sentado. Ser uma pessoa fisicamente ativa ajuda a prevenir vários tipos de cancro.

– Faça uma sustento saudável, com consumo de verduras, frutas, grãos integrais (pão e arroz integral), evite bebidas açucaradas (refrigerantes, sucos prontos com açúcar), beba chuva, limite consumo de vitualhas ultraprocessados (doces, cereais matinais, salgadinhos, bolinhos, biscoitos), evite mesocarpo processada e embutidos (presunto, mortadela, salsichas, linguiças), limite consumo de mesocarpo vermelha e evite bebidas muito quentes.

– Amamente, quanto mais meses, melhor, para ajudar a prevenir o cancro de úbere e o excesso de peso na moçoilo.

– Proteja-se da exposição direta ao sol nos horários de maior intensidade para ajudar a prevenir o cancro de pele.

–  Se você cozinha ou aquece sua morada com carvão mineral ou lenha, evite o acúmulo de fumaça dentro de morada.

– Se houver subida poluição do ar em seu envolvente (extrínseco), limite o tempo em que você passa ao ar livre.

– Vacine-se contra os vírus das hepatites B e C e os adolescentes (meninas e meninos) do papiloma humano (HPV). Faça teste para o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e use preventivo ou camisinha, principalmente com parceiros novos ou casuais. 

– Não faça reposição hormonal na menopausa, a menos que seja indicada pelo seu médico. A reposição hormonal pode fomentar cancro de úbere.

– Entre 50 e 74 anos, procure o serviço de saúde e solicite o revista de detecção precoce do cancro de cólon e reto (sangue oculto nas fezes ou colonoscopia). De concordância com os resultados, siga as recomendações do profissional de saúde.

– Entre 40 anos ou mais, vá ao serviço de saúde a cada dois anos para fazer um revista médico das mamas. A partir dos 50 até os 74 anos, faça uma mamografia a cada dois anos. De concordância com os resultados, siga as recomendações do profissional de  saúde.

– Entre 30 e 64 anos, procure o serviço de saúde e solicite o teste molecular do vírus do papiloma humano (HPV), pelo menos a cada 5 a 10 anos, para detecção precoce do cancro do pescoço do útero. Pergunte se você mesma pode coletar a exemplar. Caso não tenha aproximação ao teste de HPV, solicite o teste disponível em seu país. De concordância com os resultados, siga as recomendações do profissional de saúde.

Fonte EBC

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