Em uma história que poderia ter saído de um romance de espionagem, um designer se aventurou em Moscou na dezena de 1980 para encontrar o instituidor de um jogo que encanta milhões de pessoas em todo o mundo. Alexey Pajitnov — fotografado cá ao lado do fruto em 1989 — só passou a lucrar quantia com o Tetris alguns anos depois sua invenção
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Quarenta anos detrás, um jovem pesquisador soviético criou um jogo de computador dissemelhante de qualquer outro.
Em 1984, Alexey Pajitnov, entediado com seu trabalho no núcleo de informática de um instituto em Moscou, encontrou um novo uso para suas habilidades matemáticas: ele criou um videogame.
O primeiro protótipo do jogo para o computador de fabricação soviética Elektronika 60 foi lançado em 6 de junho de 1984.
“Mal o primeiro protótipo [começou] a ser criado, todos ficaram muito curiosos e pediram para testar”, contou Pajitnov ao podcast Witness History, da BBC, em 2011.
“Todo mundo experimentou o jogo e adorou, inclusive eu.”
Dana Wilcox (à direita), uma das favoritas do público durante a competição The Classic Tetris World Championship, nos EUA, em 2010
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Inspiração no pentaminó
Oriente foi o início do Tetris — um jogo brilhantemente simples, mas ainda assim cativante, talhado a dominar o mundo com a sua popularidade.
A teoria foi baseada em um clássico jogo de pentominó, em que figuras geométricas angulares de formas estranhas precisam ser ajustadas com precisão entre si para gerar uma forma contínua e sem espaços.
Tetris usa uma teoria muito semelhante: o jogador deve colocar formas geométricas que estão caindo, compostas por quatro quadrados cada (também chamadas de “tetraminós”), em uma caixa vertical para que formem linhas sólidas, de ponta a ponta.
A quase totalidade exiguidade de computadores pessoais na União Soviética não foi um travanca à disseminação deste jogo.
Ele foi copiado de uma máquina para outra, passando entre os poucos usuários de computadores em todo o país.
A história de porquê o Tetris atravessou a Cortinado de Ferro vale seu próprio romance de espionagem.
Tetris foi apropriado para diversas plataformas, incluindo Nintendo
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Interesse mundial
Um operário britânico esbarrou com o jogo na Hungria e decidiu negociar os direitos de distribuição com o governo russo.
Em pouco tempo, o Tetris tinha conquistado europeus e norte-americanos.
A indústria avançou rapidamente e, no final da dezena de 1980, surgiu uma novidade maneira de jogar: os consoles portáteis porquê o Gameboy.
Em 1989, o designer Henk Rogers trabalhava para uma empresa japonesa quando percebeu um potencial maior para o jogo soviético.
Portanto, ele decidiu transferi-lo de computadores grandes para dispositivos portáteis.
Mas, para fazer isso, ele precisava obter os direitos de distribuição de seu instituidor. Em procura do pai de Tetris, Rogers foi a Moscou.
Era uma quadra em que as relações entre a União Soviética e o Poente estavam começando a aquecer depois décadas de Guerra Fria.
O Tetris se tornou um grande sucesso no Nintendo Gameboy
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A procura pela Elektronorgtechnica
A princípio, Moscou em fevereiro causou uma sentimento ruim em Rogers. O firmamento estava cinzento e a TV e o rádio do hotel não funcionavam.
“Ninguém podia me dar qualquer informação”, relata.
Rogers procurava o escritório da Elektronorgtechnica, ou Elorg, uma dependência soviética que importava e exportava hardware e software. Ele contratou uma tradutor, que também era sua motorista.
Uma tarde, ela o levou à Elorg, mas recusou-se a entrar com Rogers, “porque não foi convidada”. Juntando coragem, ele entrou sozinho.
Ele conseguiu explicar de alguma forma que estava querendo comprar os direitos do Tetris, o que imediatamente causou alvoroço em todo o prédio.
Ele foi apresentado a Alexey Pajitnov junto com outras oito pessoas, “incluindo agentes da KGB [a polícia secreta soviética] e Deus sabe quem”. Rogers foi interrogado por horas, ele conta.
“Eles queriam saber se eu realmente estava no ramo de jogos de computador”, lembra.
‘O que são direitos de propriedade intelectual?’
Alexey Pajitnov em 2015, segurando o troféu Do dedo Greenhouse na França
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Os burocratas soviéticos tentavam entender o noção ocidental de propriedade intelectual e da indústria de jogos — coisas que, naquele momento, lhes eram estranhas.
Mas apesar da suspeição mútua inicial, a persistência de Rogers conseguiu conquistá-los.
“Eu havia espargido alguns empresários antes. Mas eles não me impressionaram nem um pouco, porque pareciam mais vigaristas do que empresários. Portanto, fiquei muito impressionado com Henk, porque ele realmente entendeu a núcleo do jogo”, disse Pajitnov à BBC em 2011.
Depois uma semana de negociações, Rogers e Pajitnov assinaram um contrato que, sem precedentes, garantiu ao programador soviético uma participação em todas as vendas de Tetris no exterior.
“Eles ficaram surpresos”, explicou Rogers.
“Eles nunca tinham visto um contrato com coisas porquê, se não houver pagamento em dia, haverá uma penalidade. Quero expor, isso meio que os conquistou.”
Rogers atribui a popularidade do Tetris à sua jogabilidade única.
Ao contrário da maioria dos games, baseados na violência e na devastação, Tetris oferecia aos jogadores a oportunidade de se envolverem na construção.
E esta, segundo Rogers, é uma atividade muito mais interessante, pois atende a algumas fontes básicas de prazer do ser humano.
“As pessoas querem erigir um tanto e sentem-se muito muito depois de o fazerem”.
Mais de um bilhão de jogadores
Até hoje, de congraçamento com as estimativas mais conservadoras, o Tetris já teve pelo menos um bilhão de usuários que ao menos uma vez na vida tentaram empilhar formas multicoloridas em queda.
Embora nos primeiros anos receber royalties não tenha sido tão fácil para Pajitnov, ele começou a recebê-los quando se mudou para os EUA em meados da dezena de 1990 e abriu uma empresa com Rogers.
Hoje, Pajitnov mora em Washington DC e é uma das pessoas mais ricas e famosas do mundo dos videogames.
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Fonte G1
