A semana mais famosa da história da humanidade e, provavelmente, a mais retratada nos palcos e nas telas de todo o mundo ganhará mais uma versão com o lançamento da quinta temporada da série “The Chosen”. Batizada de “Última Ceia”, a novidade período do drama histórico chega aos cinemas do país em 10 de abril e vai mostrar o vértice da vida de Jesus Cristo com a crucificação e a ressurreição.
Ao contrário das temporadas anteriores, que mostram vários anos da marcha de Jesus com seus discípulos, “Última Ceia” concentra todos os acontecimentos de exclusivamente uma semana nos oito episódios. Começa com o que hoje chamamos de Domingo de Ramos e vai até o outro domingo, o da Páscoa.
Dissemelhante das fases anteriores, nesta Jesus demonstra sentimentos até logo não revelados, porquê a ira ao destruir o templo em Jerusalém, e o temor pelo que sabia que iria sentir com sua morte na cruz.
Aliás, é na cena da ruína do templo que o ator Jonathan Roumie interpreta um dos momentos marcantes de Jesus nesta temporada: quando ele se revela aos líderes religiosos em seguida ser questionado sobre sua mando para agir porquê Messias.
Vale lembrar que Jesus chega a Jerusalém na era da Páscoa judaica e o templo, lugar sagrado, tinha se transformado em mercado da fé, com comerciantes vendendo animais para serem sacrificados em troca do perdão divino. E, evidente, Jesus fica furioso.
Apesar de não revelarem valores dos investimentos na produção, é notável o incremento da série. “Última Ceia”, por exemplo, traz novos estúdios para os aposentos de Pilatos, a morada de Caifás e o Getsêmani, o jardim onde Jesus orou ao ponto de transpirar sangue, segundo relato bíblico.
Também impressiona o número de figurantes que atuam na série, o que é notável logo nos primeiros episódios de “Última Ceia”. Somente nos primeiros 17 dias de filmagem, a produção contou com 600 figurantes por dia, vindos de todo o mundo e filmados em Goshen, no estado de Utah, nos Estados Unidos. Depois, as filmagens foram concluídas em Midlothian, no Texas.
O instituidor e diretor da série, Dallas Jenkins, destaca que esta é a primeira vez em “The Chosen” que Jesus aparecerá muito zangado com os líderes religiosos —por motivos óbvios— e triste com seus próprios discípulos, que têm dificuldade para compreender o que estava por vir.
“Ele [Jesus] não está cá para lutar uma guerra. Ele está cá para mudar os corações. E isso é um pouco muito único nesta temporada que às vezes não vemos quando pensamos na Semana Santa —o que está na mente e no coração de Jesus. E isso foi muito empolgante de explorar”, afirma Jenkins, que esteve em São Paulo entre neste mês para o lançamento da quinta temporada.
Segundo Jenkins, saber os atores facilitou o trabalho de prepará-los para interpretar fatos que se passaram há mais de 2.000 anos de modo que façam sentido hoje, até mesmo para quem já sabe o termo da história. “Mas nosso programa é sempre sobre humanidade. Logo, acho que, em vez de fazer parecer uma peça bíblica formal onde tudo é uma apresentação, estamos tentando torná-lo oriundo e humano e lembrar que essas pessoas, mesmo que tenham vivido há 2.000 anos, são porquê nós”, afirma.
Ao contrário de outras produções do gênero, na geração de Jenkins, Jesus ri, dança e se diverte com seus discípulos. Mas também já chorou com a morte do camarada Lázaro e agora vai se irar e tolerar muito. E na avaliação do diretor, é justamente esse lado humano, verídico e real de Jesus e de seus discípulos em “The Chosen” que mais têm cativado os brasileiros.
Atualmente o Brasil é o segundo país que mais acompanha a série, tanto em fãs porquê em número de visualizações —só perde para os Estados Unidos, onde o programa é filmado. Unicamente em 2024, as redes sociais brasileiras da série cresceram 140%, alcançando 3,59 milhões de seguidores. E, nos cinemas do país, as temporadas 3 e 4 venderam mais de um milhão de ingressos.
“Acho que muitas pessoas já ouviram a mensagem de Jesus antes. Mesmo que você não acredite ou acredite. Acho que o que é único em ‘The Chosen’ é o que todos me dizem quando me encontram. Eles sempre dizem que parece verídico, parece humano, parece real”, afirma Jenkins, ao sobresair que leste é justamente o sigilo da série.
“Estamos mostrando a humanidade de Jesus e dos discípulos enquanto ainda honramos o divino, ainda honramos isso. Ele é Deus”, conclui.