Tiktok Pode Estar Com Dias Contados; Trump Pode Salvá Lo?

TikTok pode estar com dias contados; Trump pode salvá-lo? – 17/01/2025 – Mercado

Tecnologia

A campanha para banir o TikTok dura quase tanto tempo quanto o popular aplicativo de vídeos está em operação nos Estados Unidos. Posteriormente seis anos enfrentando investigações de segurança, ordens executivas e ameaças legais, a empresa chinesa agora enfrenta o risco de ser proibida dentro de poucos dias.

Nesta sexta-feira (17), a Suprema Incisão manteve a lei que proíbe redes sociais controladas por “adversários estrangeiros”, destacando o TikTok e a China. A proibição entra em vigor no domingo (19).

A decisão da Suprema Incisão representa o término da guerra legítimo do TikTok pela sobrevivência. Suas poucas esperanças agora repousam em uma solução política.

Donald Trump, que assumirá a presidência na próxima segunda-feira (20), um dia posteriormente o desterro do TikTok, declarou que deseja “salvar” o aplicativo. Enquanto isso, o governo chinês está ansioso para evitar uma guerra mercantil com os Estados Unidos, um tanto que Trump ameaçou. Um pacto é provável?

A Lei de Proteção de Americanos contra Aplicativos Controlados por Adversários Estrangeiros (PAFACA, na {sigla} em inglês) torna ilícito “partilhar, manter ou atualizar” aplicativos proibidos. Por isso, espera-se que Apple e Google removam o TikTok de suas lojas de aplicativos e interrompam a oferta de atualizações ou correções.

Empresas americanas que hospedam dados do TikTok ou exibem seus anúncios provavelmente também encerrarão o suporte. Em vez de deixar o aplicativo morrer lentamente, o TikTok indicou que pode desligar o serviço já no primeiro dia da proibição, para maximizar a reação dos seus 170 milhões de usuários americanos.

Para evitar a proibição permanente, o TikTok aposta em um coligado improvável. Trump, que tentou proibir o aplicativo durante seu primeiro procuração presidencial, em 2020, tornou-se um fã do TikTok, chegando a invitar seu CEO, Shou Chew, para sua posse.

A mudança de opinião de Trump reflete uma mudança na opinião pública. Enquanto, no início de 2023, metade dos adultos americanos queria banir o TikTok, no verão pretérito, esse número caiu para um terço, segundo o Pew Research Center.

Trump, que ingressou no aplicativo no ano pretérito e tem 15 milhões de seguidores, credita ao TikTok a conquista de votos entre os jovens, além de oferecer concorrência a gigantes porquê o Meta de Mark Zuckerberg.

“Se você concluir com o TikTok, o Facebook e ‘Zuckerschmuck’ dobrarão seus negócios,” alertou Trump no ano pretérito.

No entanto, as opções do novo presidente são limitadas. Seus aliados sugerem que ele pode enunciar um procrastinação usando uma cláusula na PAFACA que permite atrasar o desterro do TikTok em 90 dias. Mas isso exigiria evidências de “progresso significativo” em direção à venda do aplicativo, o que parece inexistente.

Trump poderia instruir seu procurador-geral a não utilizar a lei, porquê presidentes anteriores fizeram em relação à proibição federalista da maconha. (Oficiais da Vivenda Branca sugeriram que Joe Biden, que assinou a lei banindo o TikTok mas aparentemente não deseja que isso defina o término de seu procuração, pode não utilizar a proibição em 19 de janeiro.)

Mas empresas de tecnologia provavelmente hesitariam em violar as regras.

“Trump muda de teoria o tempo todo. Se eu fosse legista da Apple ou Google, não está simples para mim que diria: ‘Tudo muito, podemos violar a lei, Trump garantiu que não vai nos processar’,” diz Evelyn Douek, da Stanford Law School.

A PAFACA dá ao presidente flexibilidade para liberar o TikTok declarando que a venda de sua propriedade aliviou preocupações de segurança vernáculo. Uma reorganização corporativa, possivelmente trazendo um parceiro americano, poderia oferecer a Trump justificativa para tal julgamento. No entanto, esforços anteriores para distanciar o TikTok de seus proprietários chineses –incluindo o processamento de dados de usuários americanos pela Oracle, uma empresa de tecnologia americana– não convenceram os parlamentares mais rígidos de que houve separação significativa.

Objeções fortes surgiriam se Trump tentasse um tanto semelhante. A PAFACA poderia, em teoria, ser revogada. Mas foi aprovada com uma ampla maioria bipartidária —360 a 58 na Câmara dos Representantes, 79 a 18 no Senado—, o que tornaria difícil para Trump revertê-la.

A solução mais segura para a sobrevivência do TikTok seria sua proprietária chinesa, ByteDance, vendê-lo. A empresa há muito afirma que o TikTok não está à venda; mesmo que a ByteDance estivesse disposta a perfurar mão de sua posse mais valiosa, a obtenção do TikTok enfrenta oposição do governo chinês, que tem vínculos com a ByteDance por meio de uma participação em uma de suas subsidiárias.

Autoridades chinesas descreveram os esforços americanos para comprar o aplicativo porquê “pilhagem” e classificaram o algoritmo de recomendação do TikTok porquê uma tecnologia sensível que não pode ser exportada.

O retorno de Trump à Vivenda Branca pode tornar um pacto mais provável. O presidente eleito afirmou que discutiu o TikTok com o presidente chinês, Xi Jinping, em uma relação telefônica nesta sexta-feira. A China está interessada em evitar a guerra mercantil prometida por Trump, e o TikTok é uma epístola que poderia jogar nas negociações mais amplas sobre tarifas.

O governo chinês está considerando Elon Musk porquê provável comprador do TikTok, segundo a Bloomberg, ou porquê intermediário em um pacto com outras empresas, de pacto com o Financial Times.

Musk, coligado de Trump, já possui uma rede social, o X. Seus grandes investimentos na China, por meio de sua empresa de automóveis, Tesla, podem convencer autoridades chinesas de que ele é um parceiro confiável –ou, talvez, alguém sobre quem têm influência.

Uma oferta foi apresentada por um consórcio chamado People’s Bid, liderado por Frank McCourt, ex-proprietário do time de beisebol LA Dodgers. Na última vez em que a venda do TikTok foi cogitada, durante o primeiro procuração de Trump, potenciais compradores incluíam Oracle, Microsoft e Walmart.

A Wedbush Securities, uma empresa de investimentos, acredita que qualquer venda provavelmente excluiria o algoritmo do TikTok e estima seu valor resultante em US$ 40 a US$ 50 bilhões (entre R$ 240 e R$ 300 milhões).

Isso representa um grande desconto para um aplicativo cuja receita publicitária nos EUA oriente ano é projetada em quase US$ 16 bilhões (muro de R$ 96 bilhões), de pacto com a eMarketer. Quando Musk pagou US$ 44 bilhões (R$ 264 bilhões) pelo Twitter três anos detrás, sua receita publicitária global era de somente US$ 4,5 bilhões anuais (R$ 27 bilhões).

Se nenhuma dessas estratégias der claro e o TikTok vanescer de vez nos EUA, a disputa será para conquistar a atenção de seus usuários, que passam quase uma hora por dia no aplicativo. A maioria dos analistas acredita que o principal beneficiado seria o Meta, detentora do Facebook e Instagram, que poderiam haurir metade desse tempo. O YouTube, do Google, estaria em segundo lugar.

O maior vencedor proporcionalmente pode ser o Snapchat, um aplicativo menor. Se herdasse de 10 a 20% dos usuários americanos perdidos pelo TikTok –e os dólares publicitários que os acompanham– sua receita doméstica aumentaria entre 25 e 50%, de pacto com a Madison and Wall, uma consultoria de publicidade.

As consequências mais amplas de um desterro do TikTok poderiam ser profundas. A China certamente responderia. Aplicativos de mídia social americanos, porquê Facebook e YouTube, já são proibidos por lá, mas outras empresas americanas podem estar vulneráveis.

A Apple tem transferido rapidamente sua produção para a Índia, mas ainda fabrica a maioria de seus dispositivos na China. A Tesla possui uma gigantesca fábrica em Xangai. (Musk é vasqueiro entre os chefes de redes sociais por ter se manifestado contra o desterro do TikTok.)

A China possui um arsenal de novas leis que pode usar contra empresas estrangeiras. Nos últimos meses, usou essas leis para interromper operações locais de empresas americanas porquê a Skydio, trabalhador de drones, o PVH Group, possuinte de marcas porquê Calvin Klein, e a Intel, trabalhador de chips.

Também pode ter repercussões nos EUA. O TikTok não é o único aplicativo chinês popular no país. Redes sociais porquê Lemon8, também feita pela ByteDance, e Xiaohongshu, versão chinesa do Instagram, subiram recentemente nas listas de downloads.

Plataformas de e-commerce chinesas porquê AliExpress e jogos porquê Whiteout Survival também se tornaram sucessos internacionais. A maneira porquê os EUA vão mourejar com o problema do TikTok será um indicador de porquê devem governar os muitos dilemas que ainda estão por vir.

Texto do The Economist, traduzido por Vitor Hugo Batista, publicado sob licença. O cláusula original, em inglês, pode ser encontrado em www.economist.com

Folha

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