Tite Vê Planos Frustrados Após Sua Saída Da Seleção

Tite vê planos frustrados após sua saída da seleção – 04/10/2024 – Esporte

Esporte

Tite tinha um projecto muito evidente na Despensa do Mundo de 2022. Uma boa campanha da seleção brasileira –que vinha de ótimo ciclo sob seu comando, com título da Despensa América e recorde de pontos nas Eliminatórias– seria seu passaporte para um grande clube da Europa. Falava-se no Arsenal, que tem seu velho companheiro Edu Gaspar uma vez que dirigente.

O que ocorreu de lá para cá não foi exatamente o que ele esperava.

O Brasil caiu nas quartas de final, diante de uma envelhecida Croácia. As propostas que ele aguardava não se materializaram. A solução foi quebrar a reiterada promessa de não assumir um time brasílico em 2023 e topar em outubro a oferta do Flamengo, proprietário do plantel amplamente reconhecido uma vez que o melhor do país.

De novo, não foi o que o gaúcho imaginava.

O título do Campeonato Carioca de 2024 contra o Novidade Iguaçu ficou longe de mascarar o óbvio: Tite teve desde o início uma relação fria com o elenco e não conquistou a galera rubro-negra. No processo, perdeu o reverência de boa secção da torcida que realmente o idolatrava, uma vez que ficou evidente em 1º de setembro.

Antes de ter aceitado assumir o Flamengo, o treinador recusou quatro vezes um retorno ao Corinthians –clube pelo qual conquistou quase tudo de 2011 a 2015, uma lista de troféus que inclui dois do Campeonato Brasílico, um da Despensa Libertadores e um do Mundial. A justificativa era sempre a muito muito documentada solução de não trabalhar em uma equipe do Brasil em 2023.

“Toda equipe brasileira que pensar no Tite uma vez que técnico, esquece. Esquece, porque ele não vai treinar”, disse, em participação no podcast Flow, deixando uma autorização prévia com uma lista de adjetivos no caso de quebrar essa promessa ao longo do ano: “Pode me invocar de mentiroso, do que quiser, de sem termo”.

Ainda assim, descumprida a termo –ele acertou com o Flamengo justamente em um momento no qual o Corinthians estava sem técnico e tentava a volta mais uma vez–, o gaúcho achava que seria homenageado em sua primeira partida uma vez que visitante no estádio de Itaquera, expectativa que manifestou a pessoas próximas.

A partida estava marcada para o natalício do clube alvinegro, e a data é sempre motivo para homenagens a figuras históricas, uma vez que Oswaldo Brandão. Mas o clube, institucionalmente, ignorou a existência de Tite. E o público presente na estádio da zona leste paulistana oscilou entre a indiferença e o ódio, com gritos de “mentiroso” e “fruto da p…”.

“Deixa a minha mãezinha”, reclamou o treinador, em afetação que desprezava o objeto das ofensas: ele, não sua mãe. Enquanto era insultado, viu alguém que ainda é tratado uma vez que ídolo, Ángel Romero, definir o triunfo preto e branco por 2 a 1.

Sua situação no Flamengo, que era difícil, ficou insustentável com a eliminação na Despensa Libertadores, agravada por novo debate semântico. “Vai fazer o gol lá. Me serpente depois”, disse, em seguida a guia por 1 a 0 em vivenda para o Peñarol. Ao término do empate sem gols no jogo de volta, tentou explicar: “Promessa não foi; eu projetei, sim”.

Nem mesmo a suada vitória sobre o Athletico Paranaense na partida seguinte, no Maracanã, pelo Campeonato Brasílico, evitou sonoro coro de xingamentos e salvou o ocupação de Tite. Que, aos 63 anos, vê frustrados os planos que traçara para o período pós-seleção e vislumbra as possibilidades que se apresentam, muito diferentes das que ele visualizava para leste momento.

A Europa, ao menos nos grandes centros, está fechada. A experiência no melhor elenco do Brasil foi um fracasso. E o que já foi um guloseima refúgio não está mais à disposição, por um “tardio amor-próprio”, uma vez que têm falado grupos de torcedores alvinegros.

Tite, deposto pela primeira vez em seguida 15 anos, está incomodado.

Conceder entrevistas exclusivas é um tanto que ele não faz há mais de um ano. Mas, aos habituais interlocutores, deixou evidente ter ido da desilusão à mágoa com o Corinthians. E deixou ainda mais evidente que não compreende a mágoa do outro lado.

Ele também não compreende o que se tornou a cobertura diária dos grandes clubes, com cada vez mais pretensos “influencers” e menos membros da prelo dita tradicional. Na discussão promessa x projeção em sua frase sobre o aparentemente inevitável gol do Flamengo contra o Peñarol, seu grande oponente foi o “Paparazzo Rubro-Preto”.

O gaúcho considera hoje as torcidas pautadas por “corneteiros”, não por jornalistas. E se incomodou muito –o que já ocorrera no Corinthians e na seleção– com os questionamentos a reverência da presença de seu fruto, Matheus Bachi, em sua percentagem técnica. Para ele, há enorme contraste entre a seriedade e cientificidade dessa percentagem e de sua respectiva cobertura.

A cobertura mudou. O prestígio de Tite –no mundo do futebol, em universal, e no único clube em que teve tratamento de ídolo–, também.

Folha

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *