Trilheiros E Off Roaders Se Juntam Aos Resgates No Rs

Trilheiros e off-roaders se juntam aos resgates no RS – 09/05/2024 – É Logo Ali

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Eles costumam postar nas suas redes sociais perrengues variados de aventuras com riscos cuidadosamente calculados em trilhas, matas, cachoeiras e montanhas. Mas, neste momento, precisam arrebanhar todo o seu conhecimento da natureza para uma missão que prefeririam não ter de enfrentar: ajudar nos resgates dos atingidos pelas inundações que assolam o Rio Grande do Sul nos últimos dias.

São trilheiros uma vez que Edinilson Oliveira, do grupo Mochileiros Solteiros, que reúne dezenas de integrantes em todas as regiões do país e que, neste momento, juntou 20 voluntários na capital gaúcha. Oliveira, 41, mora em uma dimensão que foi um pouco menos alagada que a maior segmento de Porto Satisfeito, no bairro de Cachoeirinha, e desde o primícias das inundações dedicou boa segmento de seu tempo a montar marmitas para repartir aos abrigos da região, mesmo com chuva cobrindo segmento de suas pernas. O deslocamento pelas áreas mais atingidas conta com a experiência de quem já cruzou muita correnteza, escalou altas rochas e se preparou com noções básicas de primeiros socorros para as trilhas que percorre por lazer.

“A gente nunca pensa que vai ter de usar numa tragédia”, conta ele, “mas na hora aplicamos todo o nosso conhecimento”.

Se a turma das botas e bastões está ajudando, um papel fundamental merece ser evidenciado e é dos adeptos das trilhas off-road, os jipeiros, que tradicionalmente se mobilizam a cada sinistro procedente dos cada vez mais frequentes registrados em todo o país. A bordo de seus veículos 4×4 adaptados para cruzar rios, com altos pneus e snorkels —canos de escapamento que sobem supra do nível do teto dos carros— evitando os altos níveis das águas, eles somam muro de 100 voluntários não só do Rio Grande do Sul uma vez que de Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso e outros estados que não param de chegar.

“Somos uma comunidade que se mobiliza muito rapidamente”, explica André Vargas, 53. Ele, que com as dezenas de jipeiros que foram para a região, lançou mão da experiência do grupo em emergências anteriores uma vez que as enchentes de Itajaí e a queda da barragem em Brumadinho, conta que, mesmo com todo o preparo técnico e o conhecimento, vários carros ficaram danificados. “A gente tem que saber parar no ponto perceptível, quando o jipe não serve mais o jeito é recorrer para os caminhões altos, iguais aos do Tropa, só que montados por civis, que também estão vindo para cá”, acrescenta.

Quem está desde o primeiro momento na risco de frente dos resgates é Everson Suarez Lopes, 43, publicitário que participa de um grupo especializado em resgates de veículos atolados em terrenos difíceis, mas que desde as enchentes de setembro do ano pretérito no Rio Grande do Sul mantém grupos de WhatsApp que permitem a rápida mobilização de dezenas de aficionados.

Com a voz embargada e os olhos cheios de lágrimas de quem não dorme mais de quatro horas há dias, Lopes, espargido no meio off-road uma vez que Chuck, falou ao blog à borda das águas que percorre diariamente. “Durante os dois primeiros dias, no primícias das chuvas, a gente conseguia tirar pessoas das casas com os jipes, com a chuva a 1,5 metro de profundidade. A partir daí, apelamos para barcos e jet skies, e, onde era verosímil usávamos os ganchos de reboque dos nossos jipes em espeque”, conta ele.

Em suas redes sociais, Chuck tem insistido na mobilização social uma vez que, ressalta, “é o povo quem está realmente ajudando quem precisa na ponta, não há uma coordenação solene, só se ouve falar dela mesmo nos noticiários, o povo foi quem se organizou para ajudar uma vez que pode”.

E o seu grupo de jipeiros, chamado de Partiu Tuia, nome de uma região muito frequentada pela turma off-road, já está organizando um alojamento para receber mais voluntários que estão vindo de vários estados para atender o que se prevê seja mais uma rodada de tragédias à medida que as águas forem descendo para o sul e novas chuvas se intensificarem uma vez que previsto pela meteorologia. “Queremos acoitar umas 100 pessoas voluntárias, porque vão ser necessárias, inclusive trazendo gente da dimensão de saúde, de psicologia, porque cá está tudo muito pesado, angustiante, estamos no limite e vendo cenas terríveis o tempo todo, é uma guerra que não sabemos uma vez que nem quando vai ter termo”, acrescenta.


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Folha

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