O terceiro dia de desfiles no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, na região medial do Rio, na terça-feira (4), vai ter a Portela uma vez que última escola a entrar na Passarela do Samba. Assim, a corporação vai desfilar já na madrugada de quarta-feira.
O enredo é Trovar será buscar o caminho que vai dar no Sol. Uma homenagem a Milton Promanação. E o que se espera é muita emoção no Sambódromo da Sapucaí. O enredo foi desenvolvido pelos carnavalescos Antônio Gonzaga e André Rodrigues, que desde o ano pretérito, estão primeiro da azul e branco.
Para Gonzaga, alguns momentos do desfile podem provocar o envolvimento do público. Ele destacou um em peculiar: “Eu aposto na rombo. Acho que é um momento bastante emocionante para o portelense. Vai trazer o símbolo da escola, a águia de uma maneira bastante imponente e trazer alguns signos que são importantes para a escola. Vai trazer essa grande procissão que sai de Madureira e tem face de Portela. Um outro, de muito destaque é a aparição do próprio homenageado no término da escola”, afirmou, em entrevista ao site da escola.
“A gente acredita muito que o final da escola será um dos mais emocionantes de todos, até porque, toda aparição do Milton Promanação é um momento de celebração, é um momento de êxtase e, assim, a gente espera que as pessoas no final do desfile da Portela se juntem à Portela, cantem e vibrem para passagem do Milton Promanação”, destacou André, sugerindo que o público acompanhe o desfile até o seu final.
Tentativa emocionante
Se o clima do experiência técnico de luz e som que a Portela fez, no sábado pretérito (22), se repetir no desfile solene, a emoção na avenida está garantida. Milton estava presente e passou na Sapucaí sentado em uma poltrona azul uma vez que se estivesse em um trono. Ao contrário do que deve ocorrer na madrugada da quarta-feira, ele veio abrindo a apresentação da azul e branco de Oswaldo Cruz e Madureira, uma vez que gostava de expor Monarco, cantor, compositor e baluarte da escola, morto em dezembro de 2021, explicando que a Portela foi criada em Oswaldo Cruz, mas diante da expansão dos bairros, atualmente, a quadra está no limite dos dois.
Enredo
A intenção dos carnavalescos com o enredo não é mostrar a vida do cantor e compositor, mas a relação do trabalho dele com a vida do seu público e fãs. “Nós investigamos uma vez que a música de MiIton atravessa cada pessoa. Na verdade, não estamos interessados em mostrar na avenida o desenvolvimento que falasse sobre a vida pessoal, ou trajetória pessoal, a curso do Milton Promanação. O que importa para a gente, é saber a enormidade do artista, o tamanho do artista a partir de uma vez que ele atravessa a vida das pessoas. Nessas descobertas nós vamos vendo uma vez que o Milton faz segmento do dia a dia, do cotidiano, dos momentos importantes de muitos brasileiros e, principalmente, do nosso país”, analisou André para o site da escola.
Gonzaga adiantou que o desenvolvimento do enredo é exatamente o que o título sugere. “A gente vai transpor em procissão numa grande cantoria exaltando e lembrando essas grandes canções que tocam o emocional do povo brasílico, que falam sobre as nossas identidades, sobre a nossa cultura, sobre a nossa percepção, sobre a vida, sobre verso, sobre música, até chegarmos nesse grande trono no final, em Minas Gerais, para coroá-lo uma vez que grande sol da música popular brasileira”, relatou.
Para André Rodrigues, a música do Milton é importante para marcar momentos sobre cada pessoa, sobre famílias. O carnavalesco acrescentou que ela acrescentou humanidade no processo de desenvolvimento do enredo.
“Traz um sentimento bonito. O que a Portela vai mostrar também são essas relações pessoais, essas relações que envolvem a música do Mílton Promanação uma vez que trilha. Por isso, que no desfile a cada fileira que entrar será uma vez que se um grupo de pessoas estivesse cantando essas músicas. As nossas alegorias, por sua vez, serão os andores desse desfile, uma vez que se nós, fãs de Milton Promanação, tivéssemos produzido andores para poder levar em Três Pontas para poder homenageá-lo”, explicou.
André lembrou que nos quase 102 anos de Portela, que serão completados em abril, essa é a primeira vez que a escola escolhe homenagear um artista em vida. “Isso mostra a dimensão do Milton Promanação para o cenário vernáculo. A influência dele para a música popular brasileira, mas também a gente procura fazer uma forma de equiparar essas duas grandezas, essas duas potências. Em momento qualquer a gente coloca o Milton Promanação maior do que a Portela ou a Portela maior que o Milton Promanação, mas é importante que os dois estejam se reverenciando e de alguma maneira se homenageando nesse momento”, ressaltou.
“É lindo ver uma vez que o Milton se debruça sobre a emoção portelense e é bonito ver uma vez que a Portela também acaba se debruçando nas emoções que o Milton Promanação traz para dentro da escola”, completou o carnavalesco.
Gonzaga afirmou que a Portela está muito feliz de ter Milton Promanação conduzindo nascente carnaval, o que também é o sentimento dele em ser homenageado pela Portela. “Nós entendemos a grandeza do artista, a grandeza da escola, que a gente está trabalhando e a gente entende que a soma dessas duas potências vai resultar em um grande carnaval”, concluiu.
Tia Surica
Presidente de honra da Portela, baluarte da escola, cantora, integrante da Velha Guarda, Iranette Ferreira Barcellos, 84 anos de idade, conhecida uma vez que Tia Surica, é respeitada no mundo do samba, onde começou cedo. Quando tinha quatro anos foi levada pelos pais Judith e Pio, para a Portela, que considera a sua segunda família, e dali não se afastou nunca mais. Se emociona, chora de tristeza e de alegria, ri, faz feijoadas, participa ativamente da vida da azul e branco.
Com todo esse currículo, Tia Surica ficou feliz com o pregão do enredo. A homenagem ao cantor e compositor brasílico, uma vez que afirmou, é mais que merecido.
“Fiquei muito emocionada, adorei porque temos que receber flores em vida. Quando o carnavalesco sugeriu nascente enredo e a diretoria aceitou eu fiquei muito satisfeita. Ele e um grande cantor e um grande compositor”.
“Conforme eu digo sempre, o carnaval se perde na avenida. Tenho certeza que se a gente desfilar muito, estou esperançoso nesse campeonato. Vai ser um desfile emocionante. Tenho certeza que o pessoal vai se emocionar muito. Ele já está com idade, portanto homenagear Milton Promanação é fundamental por tudo que ele fez para a música brasileira”, defendeu.
Quadra
Segundo Tia Surica o envolvimento dos componentes da escola foi visível nos ensaios na quadra da Rua Clara Nunes. “Parecia até experiência universal. Foi emocionante. Todo mundo cantando, aquela alegria, aquela satisfação. A bateria ótima, porque a bateria da Portela está muito boa e o pessoal curtindo o samba. [O enredo] conquistou a comunidade, que abraçou”, relatou.
Na pergunta se a Velha Guarda abençoou? A resposta veio logo: “Foi universal, graças a Deus”.
A proximidade do desfile solene mexe com os sentimentos de Tia Surica. “Agora, quando chega mais perto é que eu vou me empolgando. Estou doida que chegue e a Portela vai ser a última de terça-feira [o último dia de desfiles do Grupo Especial]. Se Deus quiser nós faremos um bom desfile”, apontou.
Tia Surica fez questão de expor que durante a escolha pela Liesa para definir a ordem das escolas nos três dias de desfile, foi ela quem sorteou o nome da Portela.“Fui sortuda de tirar a última globo e a minha escola ser a última”, disse, acrescentando que gosta de ser a escola a fechar os desfiles. “Eu palato. Eu quero é passar na Marquês de Sapucaí com a minha querida Portela. Porquê presidente de honra. É muita coisa para uma pessoa só, né?, perguntou, soltando uma gargalhada.
Nesses 80 anos de Portela, Tia Surica relembra os locais de desfiles: “Agora é a Marquês de Sapucaí, mas já teve na Avenida Antônio Carlos, Avenida Presidente Vargas”, disse, destacando o ano de 1966, quando foi tradutor do samba enredo Memórias de Um Sargento de Milícias, formado por Paulinho da Viola. “E fui campeã, hein?.