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Segmento da diversão de um evento do porte da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo —atualmente em sua 48ª edição— é poder montar a sua própria programação, com uma combinação única e esdrúxula de documentário romeno, animação eslovena e um horizonte ganhador do Oscar, com um mero intervalinho gasto correndo de uma sala a outra pela avenida Paulista.
Mas há também porquê se divertir com a Mostra de mansão, tanto com a programação online —neste ano, haverá exibições também nas plataformas gratuitas Spcineplay e Sesc Do dedo— quanto com filmes de diretores que têm outras obras selecionadas para o festival, mas que você pode observar sem ter que disputar ingresso a tapa. Serve tanto para quem não vai poder participar da sarau (ou não conseguiu o ingresso que queria), quanto para quem quer saber mais do trabalho de qualquer cineasta.
Sean Baker
“Tangerine” (2015). Filmicca, 88 min.
“Red Rocket” (2021). Netflix, 130 min.
Com “Anora”, ganhador da Palma de Ouro em Cannes, o diretor americano continua sua sequência de histórias sobre figuras marginalizadas, em privado trabalhadores do sexo. “Tangerine”, filmado com iPhones, segue uma noite na vida de Sin-Dee (Kitana Kiki Rodriguez) pelas ruas de Los Angeles, depois ela desvendar que seu namorado/cafetão a traiu durante o mês em que esteve presa.
Já “Red Rocket”, recém-chegado à Netflix, traz o ex-VJ da MTV americana Simon Rex porquê Mikey Saber, um ator pornô que volta a sua cidade natal no Texas falido, mas nunca derrotado.
Pablo Larraín
“Jackie” (2016). Disponível para aluguel em Amazon, Evidente Video, iTunes e YouTube, 100 min.
“Spencer” (2021). Prime Video e Max, 117 min.
O chileno traz ao festival “Maria Callas”, secção de uma espécie de trilogia de biografias de mulheres icônicas do século 20 envoltas em tragédias. A série não solene começou com “Jackie”, sobre Jackie Kennedy (Natalie Portman) nos instantes e dias que se seguiram ao homicídio de seu marido, o presidente americano John F. Kennedy, e se desdobrou em “Spencer”, que imagina a princesa Diana (Kristen Stewart) ao longo de um termo de semana com a família real britânica nos últimos suspiros de seu enlace com o portanto príncipe Charles.
Tanto Portman quanto Stewart foram indicadas ao Oscar de Melhor Atriz por suas atuações. Será que Angelina Jolie, estrela de “Maria Callas”, conseguirá completar a trinca?
Fernando Coimbra
“O Lobo Detrás da Porta” (2014). PlutoTV (gratuito, com anúncios), 98 min.
Um aviso aos desavisados: o brasílico Fernando Coimbra gosta de um filme violento. Enquanto “O Lobo Detrás da Porta” é mais tenso e menos explícito (até ser muito explícito), seu novo longa, “Os Enforcados”, é sangrento logo de face. Espécie de “Macbeth” fluminense, conta a história de um par, Valério (Irandhir Santos) e Regina (Leandra Leal), herdeiros de um grande bicheiro do Rio de Janeiro que resolvem tentar transpor do mundo do delito (mais pelo trabalho e as dívidas, menos pelas questões morais). Já em “O Lobo…”, Leal é Rosa, a amante de Bernardo (Milhem Cortaz) e principal suspeita do desaparecimento da filha dele.
Alex Thompson e Kelly O’Sullivan
“A Pequena Frances”. “Saint Frances” (2020). Looke (assinatura) e Amazon, iTunes e YouTube (aluguel), 106 min.
Um dos filmes mais elogiados do Festival de Sundance deste ano, “Luz Fantasma” é o terceiro longa da parceria deste par de cineastas. Narra a história de uma família em crise que encontra no teatro uma maneira de se reconectar. Em “A Pequena Frances”, O’Sullivan estrela porquê Bridget, uma mulher de 30 e poucos anos sem rumo na curso nem nos relacionamentos. Posteriormente fazer um monstruosidade, ela forja uma conexão com a pequena Frances (Ramona Edith Williams) do título, de quem é babá, e com a mãe da pequena, Maya (Charin Alvarez). Parece um dramalhão, mas não é, parece um filme de moçoilo fofinha que ensina um adulto a viver, mas não é.
Mati Diop
“Atlantique” (2019). Netflix, 106 min.
O primeiro longa da diretora francesa, vencedor do Grand Prix de Cannes em 2019, dá um toque sobrenatural ao drama dos migrantes que partem de um subúrbio de Dakar, no Senegal, rumo à Europa, deixando para trás esposas, namoradas e filhas. Ela agora retorna ao mundo dos documentários com “Dahomey”, sobre a restituição de uma série de artefatos roubados do Reino de Daomé, hoje Benim, por colonizadores franceses.
O QUE ESTÁ CHEGANDO
As novidades nas principais plataformas de streaming
“Falando a Real”
“Shrinking”. AppleTV+, segunda temporada, 12 episódios. Os dois primeiros já estão no ar, os demais estreiam às quartas
O terapeuta em crise Jimmy (Jason Segel) e seus amigos Gaby (Jessica Williams) e Paul (Harrison Ford) estão de volta, com recta à participação peculiar de Brett Goldstein (o Roy Kent de “Ted Lasso”), também pai da série.
“The Office”
Prime Video, oito episódios.
Não é um déjà vu, é mais um remake da série inglesa (agora são 13) sobre a vida de escritório. Neste, Felicity Ward é Hannah Howard, a diretora administrativa de uma empresa de embalagens em Sydney que fará de tudo para evitar que sua equipe passe a trabalhar permanentemente de mansão.
“Caçador de Morte” (1978)
“The Driver”. Filmicca, 91 min.
Com Ryan O’Neal, Bruce Dern e Isabelle Adjani. Um policial vai até as últimas consequências para convencer a única testemunha de um delito a depor.
“Irmão do Jorel”
Max, quinta temporada, 11 episódios. Outros 12 estreiam em 2025.
Estreia a primeira metade da quinta temporada da animação pátrio, com muitos momentos musicais e peripécias pré-adolescentes.
VEJA ANTES QUE SEJA TARDE
Uma dica de filme ou série que sairá em breve das plataformas de streaming
“Uma Manhã Gloriosa” (2010)
“Morning Glory”. Deixa a Netflix na próxima quinta (24). 107 min.
Exclusivamente mais uma semana para ver Harrison Ford impacientemente ensinando Rachel McAdams a fazer uma fritata nesta comédia romântica muito simpática do falecido diretor Roger Michell.
