Na primeira lista de convocados para a seleção brasileira do técnico Dorival Júnior, divulgada na sede da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), no Rio, nesta sexta-feira (1), o goleiro Rafael e o volante Pablo Maia, do São Paulo, e o zagueiro Murilo, do Palmeiras, foram algumas das principais novidades entre os 26 nomes chamados, assim uma vez que o atacante Savinho, do Girona e o zagueiro Beraldo, do PSG.
A convocação também marcou o retorno do meia Lucas Paquetá, do West Ham, que não esteve presente nas últimas convocações devido a uma investigação por manipulação de resultados na Inglaterra.
Os nomes chamados pelo técnico da seleção marcaram uma mudança importante em relação à última convocação da seleção, em novembro do ano pretérito, pelas eliminatórias para a Despensa. Dos 26 jogadores, 15 não estiveram presentes na lista anterior.
No missão desde janeiro, o treinador vai estrear avante da equipe neste mês de março, no amistoso contra a Inglaterra, no dia 23, em Wembley. Na sequência, a seleção também encara a Espanha, dia 26, no estádio Santiago Bernabéu.
Já nos primeiros compromissos, o comandante terá de agir para tirar a seleção de uma complicada crise. Antes de sua chegada, Fernando Diniz ocupava o missão interinamente. O período com ele, porém, acabou marcado pelo acúmulo de marcas negativas, uma vez que a sequência inédita de três derrotas nas Eliminatórias, que deixaram a equipe na sexta posição —a última que garante vaga direta na Despensa do Mundo.
Diniz foi contratado sem se desligar do Fluminense, acumulando os dois cargos, pois a intenção da CBF era de que ele seria um “tampão” até a chegada do técnico italiano Carlo Ancelotti, com quem o presidente da confederação assegurava que tinha um convenção verbal. O multicampeão, porém, acabou renovando seu contrato com o Real Madrid no final de dezembro, frustrando os planos do cartola.
Sem poder narrar com o treinador europeu e uma vez que Diniz não decolou com a seleção, Ednaldo optou por rasgar o projecto inicial e buscar uma solução definitiva imediata e definitiva até a Despensa de 2026, apostando no profissional que estava no São Paulo.
Quando foi apresentado, Dorival afirmou que, apesar do momento ruim da seleção, não seria necessário fazer uma reformulação completa no elenco. O técnico entende que seja hora de trabalhar mais o vista psicológico do grupo.
“Não é nem uma mudança de nomes, o que já vem acontecendo de uma maneira gradativa em relação à seleção que jogou a última Despensa. É uma mudança emocional, postural. O desportista tem que entender que está cá vestindo uma camisa muito pesada, referência no mundo todo”, disse.
Dorival também não acredita que a turbulência política enfrentada pela CBF nos últimos meses, uma vez que a destituição e, posteriormente, recondução de Ednaldo à presidência, possa atrapalhar seu trabalho. A convocação nesta sexta-feira foi a primeira desde que o presidente da CBF se viu no meio de uma crise institucional que atingiu a confederação no termo de 2023.
“É um ponto em que eu não entro. Tenho a crédito do presidente para fazer meu trabalho daqui para a frente: preparar a equipe, lucrar jogos e chegar a uma Despensa do Mundo que será muito disputada.”
Adiante da seleção brasileira, além de conviver com a estável instabilidade na direção da CBF e buscar uma melhor pontuação nas Eliminatórias, Dorival terá uma vez que duelo restaurar a equipe para a disputa da Despensa América deste ano, nos Estados Unidos.
Goleiros
Bento (Athletico)
Ederson (M. City)
Rafael (São Paulo)
Zagueiros
Beraldo (PSG)
Gabriel Magalhães (Arsenal)
Marquinhos (PSG)
Murilo (Palmeiras)
Laterais
Danilo (Juventus)
Yan Couto (Girona)
Ayrton (Flamengo)
Wendel (Porto)
Meio-campistas
André (Fluminense)
Andreas Pereira (Fulham)
Bruno Guimarães (Newcastle)
Casimiro (M. United)
Douglas (Aston Vila)
João Gomes (Wolverhampton)
Lucas Paquetá (West Ham)
Pablo Maia (São Paulo)
Atacantes
Endrick (Palmeiras)
Gabriel Martinelli (Arsenal)
Rafinha (Barcelona)
Richarlison (Tottenham)
Rodrygo (Real Madrid)
Savinho (Girona)
Vinicius Junior (Real Madrid)
