A venda de veículos no país em agosto apresentou uma subida de 14,3% em relação ao mesmo período do ano pretérito, com 237,4 milénio unidades emplacadas, informou nesta quinta-feira (5) a Associação Pátrio dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O número representa o melhor mês no ano em média diária de vendas, com 10,8 milénio unidades comercializadas. No período de janeiro a agosto, mais de 1,6 milhão de unidades foram emplacadas, melhor desempenho desde 2019.
No amontoado do ano, a produção de veículos até agosto ficou em 259.613 unidades, um incremento de 5,2% em relação a julho e de 14,4% na verificação com agosto de 2023. Considerando o período amontoado, é o melhor resultado desde outubro de 2019.
Segundo o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, a produção conseguiu manter um ritmo manente, mesmo sendo afetada pela paralisação de fornecedores em razão das enchentes no Rio Grande do Sul.
“É uma produção importante que nos coloca em um ritmo de incremento consistente e isso é motivo de celebração”, disse Leite durante coletiva de prelo para apresentar os números do mês pretérito.
Segundo a Anfavea, o maior ritmo de vendas e os lançamentos de novos modelos ajudaram a impulsionar as atividades das fábricas. “Não adianta vender muito sem ter uma produção equilibrada e isso é um termômetro importante para o setor”, continuou.
Em agosto, o setor manteve a recuperação em relação ao volume de exportações, registrando 38,2 milénio unidades vendidas (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus), perante 39 milénio em julho. Leite explicou que o resultado se deve ao indumentária de agosto ter tido um dia útil a menos, o que impactou nas vendas. No mesmo mês do ano pretérito, o resultado ficou em 34,5 milénio unidades.
Ele também destacou que, apesar da retração das exportações, em razão da subtracção do mercado interno de alguns países, os embarques em agosto tiveram o segundo maior volume do ano. O resultado se deve ao indumentária de que a Argentina, Chile, Colômbia e México registraram incremento em seus respectivos mercados. Porém, no amontoado do ano, a queda nas vendas externas é de 17,9%.
Os números ainda mostram que foram importadas 41 milénio unidades em agosto. A participação acumulada no ano dos veículos importados continua elevada, representando 17,2% do mercado interno. Essa participação é impulsionada sobretudo por produtos de origem chinesa, principalmente veículos elétricos.
A estimativa da associação é que há no país um estoque de murado de 81 milénio unidades chinesas. Na avaliação, da Anfavea, o incremento do estoque começou a ocorrer depois o governo anunciar, em novembro do ano pretérito, o retorno progressivo do Imposto de Importação de veículos elétricos, híbridos e híbridos plug-in comprados fora do país. A decisão estabelece uma retomada gradual das alíquotas até 35% em 2026 e cria cotas iniciais para importações com isenção até 2026.
Dados da Anfavea mostram que, em dezembro do ano pretérito, depois o pregão da retomada da tributação, o estoque era de em torno de 13,2 milénio unidades. Em abril, já estava em 24 milénio, unidades, chegando ao pico de 86,2 milénio unidades em junho, enquanto a média de emplacamento ficou em 9,4 milénio unidades no período.
“Está se criando um volume muito grande de estoque para se beneficiar dessa alíquota reduzida. É um excesso de produção na China, em razão do resfriamento do mercado lugar. A China tem uma capacidade instalada de produção de 50 milhões [de veículos] e está produzindo 30 milhões. Essa demanda caiu e esse estoque tem vindo para o Brasil principalmente se beneficiando da alíquota mais baixa de imposto”, opinou Leite.
O presidente da Anfavea disse que o volume de estoque representa um desequilíbrio no mercado, já que o estoque totalidade de veículos produzidos no Brasil (nas fábricas e concessionárias) fechou agosto em 268,9 milénio unidades. A entidade defende a retomada da alíquota máxima do imposto, que atualmente gira entre 18% e 22% dependendo do tipo de eletrificação do veículo.
“Nós defendemos a recomposição imediata da alíquota, porque esse volume de importação começa a ser muito fatal para a nossa indústria, tanto no volume e estoque que vão ser colocados no mercado e não sabemos em quais condições ele vai ser disposto no mercado”, disse Leite, que informou que vai pedir esta semana à Câmara de Negócio Exterior (Camex) a retomada imediata da alíquota máxima do Imposto de Importação.
Estudo COP30
Durante a coletiva, a Anfavea apresentou um estudo intitulado Avançando nos Caminhos da Descarbonização Automotiva no Brasil, com propostas para reduzir as emissões de CO² do setor automotivo no país, que deve ser apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), a ser realizada nascente ano no Azerbaijão, e na COP30, que será ano que vem em Belém.
Atualmente, o setor automotivo emite 242 milhões de toneladas de CO² por ano, o que representa murado de 13% das emissões totais do Brasil. Segundo a Anfavea, se o ritmo atual de incremento for mantido, as emissões poderão atingir 256 milhões de toneladas em 2040.
Para volver esse quadro a entidade defende a intensificação do uso das novas tecnologias de propulsão desenvolvidas pelos fabricantes de veículos nacionais, combinadas com a maior utilização de biocombustíveis. A estimativa é que o uso combinado dessas tecnologias pode resultar em uma redução de até 280 milhões de toneladas de CO² ate 2040.
“É uma oportunidade de aproveitar novas tecnologias de propulsão e a emprego de biocombustíveis uma vez que vetores para a descarbonização do setor automotivo”, pontuou Leite.