Vicente Barreto Grava Disco Retornando às Raízes 12/02/2024

Vicente Barreto grava disco retornando às raízes – 12/02/2024 – Música em Letras

Celebridades Cultura

O Música em Letras soube, com exclusividade, de um lançamento que fará você permanecer de ouvidos muito abertos caso queira transfixar sua psique para uma música que pode ser chamada de música popular brasileira, ou simplesmente MPB, por sua legitimidade e simplicidade.

O compositor, cantor e violonista baiano Vicente Barreto, 73, está finalizando um novo álbum, ainda sem nome, com nove faixas. Nelas, além de seu esquina e exímio violão, figuram entre outros parceiros, os compositores Renato Teixeira, Alceu Valença, Zeca Baleiro, Chico César, Zé Rocha e Soneca.

Pelo escrito nos parágrafos anteriores percebem-se duas boas razões para ouvir o álbum. Finalmente, o que é legítimo e simples traz crédito, além de que “diga-me com quem tu andas e direi quem tu és”.

Mas o festival de bons motivos para ouvir o novo álbum de Vicente Barreto, que teve sua gravação iniciada no último dia 18 de janeiro e está para ser mixado e lançado, na ocasião do natalício de 74 anos de idade do artista, no dia 5 de abril, não para por cá.

Nascente será o 12º álbum do compositor de “Morena Tropicana”, com Alceu Valença, entre vários outros sucessos. Em sua discografia, Barreto conta só com “filés”, esbanjando músicas repletas de harmonias e melodias benfeitas sempre conduzidas por uma brasilidade irrecusável.

Entre seus “filés” estão: “Paleolírico”, de 2022; “Cambaco”, de 2015; “Noite Sem Término dos Forrós”, de 2002; “O Melhor de Vicente Barreto”, de 2001; “E a Turma Chegando pra Dançar”, de 1999; “Mão Direita”, de 1996; “Ano Bom”, de 1994; “País Brasileira”, de 1985; “Rasgando a Seda”, de 1983; “Vicente Barreto”, de 1981; e “Assim Tão Moço”, de 1980.

Portanto experiência e bom sabor não lhe faltam, além de que a mão direita de Vicente Barreto tocando “assanfonando” o violão, do jeito que só ele sabe “assanfonar”, é assombrosa. Isso por si só já é uma grande atração e que nos leva a conferir que o baiano tem um suingue inigualável.

Segundo o artista disse a oriente blog, o novo álbum não é novo. “É um disco idoso, que há muito estava dentro de mim. Eu só não tinha encontrado ele ainda porque precisava de tempo para reunir meus parceiros de canções e fazermos juntos a música que me representa, simples, tradicional, mas do meu jeito”, disse.

Alceu Valença participa da tira que traz “Pelas Ruas que Andei”, dele e Barreto, regravada com um panelinha novo, escrito pelo rebento de Vicente Barreto, o músico e produtor Rafa Barreto. “Rapaz, ficou um forró da varíola! Alceu adorou, disse que ficou muito bom. Tanto que gravou”, contou o compositor baiano.

Com Chico César, Vicente Barreto gravou, segundo ele, “um xote retado, sem o ‘a’ antes de ‘retado’. Arretado é porquê falam em Pernambuco. Na Bahia é ‘retado’ sem o ‘a’”, disse o compositor sem manifestar o nome do xote.

Outro xote do novo álbum é “Saudade de te Ver Paraíba”, constituído com Zeca Baleiro, além de “Zig Zague” e “Ê Flo”. “A música ‘Zig Zague’ é um baião do sujeito permanecer tenro, tenro, com aquele meu violão assanfonado. E ‘Ê Flo’ é uma espécie de samba misturado com chula”, disse Barreto.

Renato Teixeira compôs “Falando Sério”, com Vicente Barreto, “uma mistura que não consigo nem manifestar o que é, mas parece um xote tradicional que depois vai para um rock idoso”. “Pense em um xote dissemelhante.”

“Sementes do Baião”, elaboração de Vicente Barreto com Zé Rocha, aborda a novidade safra de sanfoneiros, porquê Mestrinho, que também gravou no novo álbum, e porquê o zabumbeiro Guegué Medeiros e outros músicos que sabem tocar seus instrumentos com muita propriedade.

“Na Força e na Fé” e “Só Eu e o Sol”, as duas em parceria com Soneca, são descritas por Barreto porquê: “uma delas, a ‘Na Força e na Fé’, é um xote daqueles de revirar os olhinhos, enquanto ‘Só Eu e o Sol’ é um xote que tem uma ligeira puxada para um reggae com faceta de MPB ‘modernona'”.

Há 52 anos Vicente Barreto mora em São Paulo. Nessa cidade conheceu sua mulher Vânia, casou-se com ela, teve um par de filhos, Rafa e Luisa, além de ter constituído todas as suas músicas que viraram sucesso, mas pouca gente sabe disso.

Mas, isso parece estar mudando, pois no próximo dia 23, às 19h, Vicente Barreto receberá o título de Cidadão Paulistano, facultado pela Câmara Municipal de São Paulo.

O que isso muda na vida do artista? “Me deixa muito satisfeito oriente tipo de reconhecimento porque foi nesta cidade que tive porquê prelecção perseverar e me destinar totalmente à música, além de ter sido muito asilado do dia em que cheguei até hoje. Essa vivência me deixa seguro porquê compositor e artista para dar perenidade à minha curso e poder lançar um disco, sem selo, sob minha responsabilidade, e com o meu moeda para mostrar um artista que traz suas tradições e sua simplicidade em seu som, na sua música, mas com a flutuação que só São Paulo poderia me dar.”

Estar com os ouvidos abertos para o novo álbum de Vicente Barreto é ter oportunidade de ouvir músicas simples, sem harmonias complicadas, sem acordes dissonantes, e muito próximas da sonoridade tradicional que rola no Nordeste quando o papo é coco, xote, baião e samba.

Quanto menos uma música é soberba, mais ela é venerável. Simples, a música do novo trabalho de Vicente Barreto é digna de ser respeitada. Outrossim, porquê preconizou o genial Millôr Fernandes (1923-2012), sobre a simplicidade: “viver com simplicidade cada dia é mais complicado”.

Ouça o novo álbum deste baiano “apaulistanado” e sinta a música fluir em sua psique sem complicação.

Folha

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