Virada Cultural Terá Edição Mais Cara Dos últimos Dez Anos

Virada Cultural terá edição mais cara dos últimos dez anos – 16/05/2024 – Ilustrada

Celebridades Cultura

A Viradela Cultural deste ano custará quase R$ 60 milhões aos cofres públicos, um aumento de 30% em relação à edição do ano pretérito, quando foram gastos R$ 46 milhões no evento, um dos mais aguardados do calendário de São Paulo.

Segundo a Secretaria Municipal da Cultura, foram gastos R$ 33,4 milhões para infraestrutura e R$ 26,4 milhões em contratações artísticas, totalizando R$ 59,8 milhões. O festival acontecerá neste sábado (18) e domingo (19), com apresentações de artistas uma vez que Pabllo Vittar, Kevin O Chris, Léo Santana, Joelma, Xamã, Raça Negra e Psirico.

Em relação ao cachê dos artistas, o mais cimalha é o do cantor sertanejo Leonardo, que receberá R$ 550 milénio. Em seguida, vem Léo Santana, com R$ 500 milénio e, depois, a cantora Gloria Groove, com R$ 400 milénio.

Pabllo Vittar, artista que se apresentou no show da cantora Madonna, em Copacabana, receberá R$ 357 milénio para participar do evento. Já Joelma, dona do hit “Voando pro Pará”, ganhará R$ 300 milénio. Os valores foram publicados no Quotidiano Solene da cidade.

A Viradela deste ano quebra o recorde de gastos da edição do ano pretérito, que havia se tornado a mais face dos últimos dez anos. À quadra, especialistas consideraram os gastos excessivos, argumentando que ele é cimalha demais para um evento que acontece em unicamente um término de semana.

Coordenador da Viradela, Bruno Santos diz que o retorno financeiro gerado pelo festival compensa os gastos. “Às vezes, as pessoas olham somente o número e não o lucro cultural que a Viradela traz. Outrossim, tem o impacto econômico também. São 12 regiões que estão ali com seus comércios sendo aquecidos pelo poder público.”

De conformidade com ele, o festival deve trazer R$ 120 milhões para a economia da cidade e empregar 2.000 pessoas. “Quando ocorre investimento em esporte e cultura, sempre dizem que é muito verba.”

Um dos motes desta Viradela é a descentralização, processo que já vinha acontecendo desde 2022 e ampliado no ano pretérito. Nesta edição, serão 22 palcos espalhados pela capital paulista, do meio a Parelheiros, passando por Heliópolis e Itaquera.

Para Santos, esse processo é importante para democratizar o entrada à cultura na capital paulista. “Quando entramos na Prefeitura, em 2021, fizemos um estudo que constatou que 49% de todo o investimento da cultura estava no meio, o que é muito proeminente tendo em vista que 42% dos equipamentos de cultura já estão nessa região.”

Ele diz também que a descentralização é importante para aquecer a economia da periferia. “Dessa forma, é verosímil desenvolver a masmorra de negócio, que acaba girando em torno da cultura. A indústria criativa é um grande motor para uma secção da nossa economia”, diz ele, acrescentando que espalhar os palcos pela cidade facilita o deslocamento.

“Pelo tamanho da cidade, quando colocamos palco perto da mansão das pessoas, o entrada aos shows fica mais fácil.”

O temor de furtos e roubos é uma preocupação que paira sobre o público que vai ao evento. Em 2022, por exemplo, pessoas foram esfaqueadas e arrastões tomaram o meio de São Paulo. No ano pretérito, as cenas de violência não se repetiram, mas a região ficou esvaziada durante algumas apresentações.

Nomes uma vez que Gloria Groove e BaianaSystem se apresentaram no maior palco do evento, no Vale do Anhangabaú, mas não atraíram uma plebe capaz de atingir a capacidade de 60 milénio pessoas.

Santos nega que haja um esvaziamento da Viradela, argumentando que o que ocorre é uma troca de público entre um show e outro. “Porquê a viradela é muito diversa, ela tem artistas de todos os segmentos. É normal que, às vezes, quem está assistindo a um show de rock não queira permanecer para um show de samba e vice-versa.”

Uma das novidades desta edição é a possibilidade de o público doar mantimentos para o Rio Grande do Sul, estado atingido por fortes chuvas que inundaram cidades e deixaram mais de centena mortos.

Serão aceitos víveres não perecíveis —uma vez que arroz, feijoeiro, macarrão, enlatados— e chuva potável. Por esse motivo, a prefeitura decidiu batizar essa edição de “Viradela da Solidariedade”.

“São Paulo é a cidade de todos. Logo, nesse momento em que nossos irmãos passam por essa situação de calamidade, a gente decidiu fazer esse esforço para tentar dar um auxílio mesmo que a intervalo”, diz Santos.

Folha

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