Vôlei: Thaisa Daher Vai às Olimpíadas Como Lenda Do Brasil

Vôlei: Thaisa Daher vai às Olimpíadas como lenda do Brasil – 20/04/2024 – Esporte

Esporte

Os meses posteriores à guião para a China nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, marcaram o termo da geração mais vitoriosa do vôlei feminino do Brasil e o início do maior repto da curso de Thaisa Daher, meão bicampeã olímpica —em Pequim-2008 e Londres-2012.

Ela sofreu uma grave lesão no joelho esquerdo defendendo o Eczacibasi, endinheirado clube turco. A recuperação foi longa, assim porquê a lista dos que decretaram ser inevitável sua aposentadoria.

Thaisa voltou às quadras em 2018, acompanhada por um protuberante suporte metálico sustentando sua fala. Naquele ano, escreveu uma missiva anunciando sua despedida da seleção.

Durante as temporadas seguintes, foi campeã e MVP (jogadora mais valiosa, na {sigla} em inglês) vernáculo pelo Minas Tênis Clube, de Belo Horizonte. O desempenho fez muitos sonharem em vê-la vestindo novamente a amarelinha. Isso ocorreu na última temporada, quando aceitou convocação de José Roberto Guimarães.

Hoje, aos 36 anos, “úbere Daher”, porquê é chamada pela comunidade do vôlei, prepara sua volta aos Jogos, em Paris, no qual buscará o tricampeonato nunca obtido por uma mulher brasileira. Enquanto isso, faz história. Há um mês, ela se tornou a maior pontuadora da Superliga, com 5.000 acertos.

À Folha, Thaisa fala sobre sua representatividade no esporte e expectativas para a próxima disputa olímpica. A seleção obteve sua vaga com uma vitória sobre o Japão, no torneio pré-olímpico da modalidade, mas não fez uma grande campanha na última Liga das Nações, parando na China, nas quartas de final. Ainda assim, a veterana bota fé no tri.

O que significou para você a marca de 5.000 pontos na Superliga?

Fiquei muito feliz. É um marco da minha trajetória. Com certeza, esse aí fica para a história. Pena que brasílico tem a memória tão curta, portanto daqui a pouco ninguém nem lembra mais, mas para mim ficará para sempre.

Acho que é um legado que eu deixo, principalmente porquê meão. É muito geral uma oposto pontuar muito, porque recebe muita esfera, joga o jogo inteiro. Mediano joga menos, quase metade do jogo. Portanto, para mim, realmente foi um número muito significativo, e me sinto honrada.

Uma vez que analisa o nível atual da principal competição do país?

Acredito que esteja muito mais equilibrada, comparando a anos passados. Gostaria muito que tivesse maior quantidade de grandes jogadoras brasileiras por cá, que a gente não precisasse transpor e jogar outras ligas. Para isso, porém, teria que ter mais patrocínios. Esse é o problema.

O que ainda motiva uma bicampeã olímpica?

O desportista de subida performance com mentalidade campeã sempre quer se desafiar. Sempre fui assim. Enquanto estiver jogando muito, poderoso e motivada, continuarei buscando desafios.

Sou bicampeã olímpica, mas tudo conquistado fica no pretérito. Foi lindo, sou grata, mas não sou o tipo de pessoa que fica sentada em cima disso. Quero sempre um tanto mais, por isso estou na seleção. Vou buscar outro ouro.

Sua última participação nos Jogos foi no Rio, em 2016. Aquela Thaisa é muito dissemelhante da atual?

Muito, muito, muito dissemelhante. Eu me vejo hoje muito mais centrada, emocionalmente muito mais estabilizada. Aprendi muita coisa trabalhando a minha segmento mental, meu emocional, até por sobrevir a lesão também.

Acho que a lesão me mudou completamente porquê pessoa. Sinto que hoje sou mais poderoso e estou mais preparada fisicamente, apesar de ter uma dor cá e outra ali. Toda essa experiência ruim me fez crescer.

A seleção brasileira chega com chances de título a Paris?

Acredito que a gente tenha chances, sim, se todas chegarem muito, fortes, preparadas fisicamente, sem nenhuma lesão. Temos um time que dá para ser muito homogêneo e equilibrado, com um jogo coletivo muito poderoso.

Diferentemente de outras seleções, nosso jogo não é bem em uma atacante que pontue muito, temos um jogo muito muito distribuído entre todas. É a nossa maior qualidade. Se isso funcionar, estaremos muito e poderemos derrotar qualquer oponente.

Comparado aos anteriores, o que o plantel atual tem de próprio?

Não sabor de confrontar. Ninguém se compara a ninguém. Cada um tem o seu cintilação, é próprio da sua forma.

Esse grupo tem muito a evoluir, porque é jovem, tem muito a aprender, principalmente em relação à experiência de jogo. Mas tenho uma expectativa boa, vejo as meninas treinando e se dedicando, querendo muito. Não é fácil estar ali e não falta esforço.

Hoje, você se enxerga porquê a grande referência do vôlei brasílico?

Sim, acredito que esteja deixando um legado muito bacana. Ouço muito que sou inspiração das pessoas. Fico muito feliz porque isso faz valer a pena todo o esforço, todos os anos nessa luta, buscando o melhor, querendo evoluir a cada dia.

A vida de desportista é complicada. A gente abdica de muita coisa, muita coisa mesmo. Não temos uma vida normal, de pessoa normal. Eu, por exemplo, venho dedicando a minha vida ao voleibol há 23 anos. Demanda muito, principalmente fora de quadra.


Thaisa Daher de Menezes, 36

Nascida no Rio de Janeiro em 15 de maio de 1987, a meão de 1,96 m é bicampeã olímpica (Pequim-2008 e Londres-2012) e já defendeu os times Tijuca Tênis Clube, Minas, Rio de Janeiro, Osasco, Eczacibasi (TUR) e Barueri.

Folha

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