Foi uma vez que um dos maiores traficantes da história que Wagner Moura se tornou publicado pelo público estrangeiro, ao viver Pablo Escobar em “Narcos”. Agora, em mais uma série estrangeira em seu currículo, o ator se encontra do outro lado da guerra, vestindo o uniforme do departamento de controle de drogas dos Estados Unidos.
Ou quase. Em “Ladrões de Drogas”, Moura forma dupla com o americano Brian Tyree Henry e, juntos, vivem amigos que fingem ser agentes federais para roubar traficantes amadores. Eles observam casas que são pontos de distribuição de narcóticos, as invadem e, depois de uma ceninha, ficam com o moeda que encontram.
Seus alvos normalmente são jovens empurrados para o violação pela pobreza, sem profissionalismo no que fazem e sem chance de se tornarem chefes do tráfico. Até que eles acidentalmente cruzam com o maior galeria de narcóticos da costa leste americana, escondido nas periferias da Filadélfia, na Pensilvânia.
“Esses personagens são diferentes daquele estereótipo de séries cheias de adrenalina, dos machões, dos caras durões. A série não é sobre isso. Manny e Ray não querem fazer secção daquela veras, eles também estão tentando evadir do ciclo de violência no qual eles, enquanto varão preto e varão latino, foram jogados”, diz Moura sobre os protagonistas.
Seu personagem, Manny Roble, é um brasílico que tem o sonho de matrimoniar com a namorada e vê o violação uma vez que alguma coisa passageiro, uma maneira de conseguir moeda fácil para se estabilizar. Seu parceiro, Ray Driscoll, nunca esteve em sossego com o vestuário de o pai estar há anos na calabouço e precisa dar base à mãe quando ela descobre que está doente.
Os dois se conheceram ainda crianças, num reformatório, e têm uma relação de irmãos. Na vida real, também, Moura e Tyree Henry se tornaram bons amigos –a empolgação do brasílico com seus coprotagonistas estrangeiros é sempre notável, uma vez que foi o caso com Elisabeth Moss em “Iluminadas”, outra série do Apple TV+.
Mas Moura não era a primeira opção para assumir o papel. O ator original, porém, deixou o projeto dias antes do início das gravações. O brasílico, portanto, recebeu uma relação numa sexta-feira e, na segunda, estava no set de filmagem, ainda sem saber muito sobre o papel e sem qualquer tempo de preparo.
“Eu levo o tempo de preparação muito a sério, mas desta vez senti que estava pronto para viver o momento. Em ‘Narcos’ eu passei seis meses só aprendendo espanhol, ganhei peso, portanto mal pisei no set eu era o Pablo Escobar. Cá, não.”
Entre os motivos que o atraíram para o projeto está Ridley Scott, de “Gladiador” e “Blade Runner”, que atua uma vez que produtor executivo e diretor do primeiro incidente. “Quando eu vou ter a chance de trabalhar com Ridley Scott de novo?”, disse ele ao receber o telefonema com o invitação.
Já a geração e o roteiro de “Ladrões de Drogas” são de Peter Craig, a partir do livro “Dope Thief”, do americano Dennis Tafoya. Indicado ao Oscar pelo texto de “Top Gun: Maverick”, Craig fez curso escrevendo tramas de ação tão dissonantes quanto “Jogos Vorazes: A Esperança” e “Gladiador 2”, último projeto de Scott.
Mas ele não se vê uma vez que um responsável de filmes de ação. Personagens, e seus dramas principais, sempre vêm antes de qualquer grande cena de adrenalina, ele diz, e por isso “Ladrões de Drogas” é um projeto muito mais centrado na história de vida de seus protagonistas do que em grandes fugas ou nos estratagemas para invadir casas de traficantes.
“O importante nessa história, e também no livro, era mostrar uma vez que o traumatismo aproxima esses dois personagens. Eles passaram um tempo na prisão juntos, são viciados, mas nunca entraram numa gangue. Eles são eternamente forasteiros, foram isolados pela sociedade de forma conjunta”, afirma Craig.
O oração ganha peso quando adicionamos à equação o vestuário de Tyree Henry ser preto e Moura, brasílico. Agora sob um novo governo Trump, seus personagens integram dois estratos da sociedade americana atingidos diretamente pelos cortes em políticas de heterogeneidade e pelos discursos anti-imigração da Vivenda Branca.
Para o ator americano, indicado ao Oscar há dois anos por “Passagem”, era importante que a série construísse também uma ponte com as comunidades sobre as quais fala. Por isso, assumiu um crédito de produtor executivo, garantindo que a equipe não invadiria, sem zelo, aquele cenário de pobreza, criminalidade e de epidemia de drogas que retrata.
“Eu espero que pessoas [marginalizadas] que assistirem à série, principalmente neste momento, possam entender que nós as vemos e as compreendemos, que nós sabemos que o sistema é incrivelmente injusto neste país, principalmente quando falamos da população negra”, afirma.