Wim wenders: vivi 80 anos de paz, mas ela não

Wim Wenders: Vivi 80 anos de paz, mas ela não é garantida – 08/05/2025 – Ilustrada

Celebridades Cultura

Wim Wenders, renomado diretor de cinema boche, está com quase 80 anos, tão velho quanto a sossego na Europa que se seguiu à capitulação do regime nazista.

“Desde minha puerícia, vivi 80 anos em sossego”, diz ele em um curta-metragem que dirigiu para comemorar o termo da Segunda Guerra Mundial. Mas agora, com o conflito na Ucrânia, que ele labareda de “uma guerra contra a Europa”, Wenders afirma que poucas vezes os riscos foram tão altos.

“Oitenta anos depois a libertação do nosso continente, nós, europeus, estamos percebendo novamente que a sossego não pode ser dada uma vez que garantida”, diz ele no filme. “Agora cabe a nós tomar as chaves da liberdade em nossas próprias mãos.”

Em uma entrevista em seu escritório em Berlim, Wenders diz que as décadas de sossego definiram sua vida, assim uma vez que a guerra havia definido a de seus pais. Seu pai, um cirurgião do Tropa, passou cinco anos na frente de guerra e foi o único de sua turma que não morreu. “Tive o privilégio de estar entre a primeira geração de alemães que viveu por 80 anos em sossego. Nenhum dos meus avós teve esse privilégio.”

A Europa e a Alemanha estão repletas de diversos esforços para lembrar o termo da guerra esta semana, incluindo solenes eventos memoriais em campos de concentração uma vez que Dachau e Bergen-Belsen. Mas o filme de Wenders é um vasqueiro testemunho pessoal e político do varão por trás de filmes premiados uma vez que “Paris, Texas”, “Asas do Libido” e “O Colega Americano”.

O novo filme tem menos de cinco minutos de duração e se labareda “As Chaves para a Liberdade”, uma visitante contemplativa e melancólica a um sítio pouco espargido onde a história foi feita: uma pequena escola em Reims, na França, onde às 2h41 da manhã de 7 de maio de 1945 o Tropa boche assinou sua rendição incondicional diante dos comandantes aliados.

A escola, agora o Liceu Franklin Roosevelt, abrigava na idade o quartel-general do General Dwight D. Eisenhower, o comandante supremo coligado na Europa. Hoje existe um pequeno museu na escola chamado Museu da Rendição, que inclui a sala de mapas no andejar superior, onde os comandantes trabalhavam e onde a capitulação foi assinada.

Quando Eisenhower e sua equipe deixaram a escola, entregaram as chaves às autoridades da cidade, e elas agora estão expostas em uma pequena vitrine no museu. “O comandante em dirigente devolve as chaves ao prefeito de Reims e diz: ‘estas são as chaves para a liberdade do mundo'”, diz Wenders no filme. “Fiquei muito tocado pela visão dessas chaves, mesmo que agora sejam exclusivamente chaves em um pequeno museu.”

O cineasta percorre o museu, observando outras exposições e conversando com os atuais estudantes. A rendição é revisitada por meio de imagens de registro dos eventos do dia e uma reconstrução moderna, com atores.

Os soviéticos insistiram que o cimalha comando boche repetisse sua rendição em Berlim, que eles haviam conquistado. Esse evento ocorreu na noite seguinte, 8 de maio, data comumente reconhecida uma vez que o momento em que a guerra na Europa oficialmente terminou.

Por anos, sob ocupação soviética, o prédio onde o congraçamento foi ratificado era espargido uma vez que O Museu da Rendição Incondicional da Alemanha Fascista na Grande Guerra Patriótica 1941-1945, mas depois a reunificação alemã foi renomeado Museu Berlim-Karlshorst.

“A teoria era ir onde a coisa real foi negociada e assinada, não exclusivamente ratificada —uma vez que o que foi repetido em 8 de maio, em Karlshorst—, mas o verdadeiro original”, afirma o diretor. “Um lugar na França ao qual eu devia aquela liberdade com que vivi.”

Wenders, nascido em agosto de 1945, tornou-se uma figura-chave no que ficou espargido uma vez que o movimento do novo cinema boche, dos anos 1960 e 70, uma influente revolução do cinema de arte pela geração do pós-guerra. Nos últimos anos, ele se voltou para documentários, que são menos complicados de financiar e subscrever atualmente, diz.

Ele narra “As Chaves para a Liberdade” em três idiomas —boche, inglês e gaulês— e afirma que o considera um filme político que remete ao seu trabalho mais vetusto documentando protestos alemães contra a guerra no Vietnã.

O filme foi inspirado por uma teoria do ministério das Relações Exteriores da Alemanha. Desde a invasão em grande graduação da Ucrânia pela Rússia e a reeleição do presidente cético em relação à Europa, Donald Trump, o ministério tem buscado ser mais direto em suas mensagens públicas, mormente sobre os valores alemães e o compromisso do país com a segurança europeia, diz Peter Ptassek, um diplomata sênior responsável por comunicações estratégicas.

O ministério abordou Wenders, que concordou em trabalhar gratuitamente, assim uma vez que a maioria de sua equipe. O ministério forneceu “menos de € 100 milénio” para o projeto, para ajudar a remunerar a equipe técnica e a produção, afirma Ptassek.

Wenders espera que o filme converse com os jovens, mas tem dúvidas. Mesmo os estudantes franceses na escola em Reims pensam na guerra uma vez que história antiga, afirma. “Eles são a terceira geração vivendo nesta sossego e, portanto, a consideram garantida. Acreditam que a sossego é eterna. Eu a tinha uma vez que garantida, e ver aquela pequena sala de guerra me fez perceber o quão frágil ela realmente é.”

Conversar com os estudantes, ele diz, o “fez perceber que é trabalhoso politicamente na Europa, neste momento, fazer com que as pessoas levem a sério a termo liberdade, por isso quis manter o filme realmente sincero no final”, diz. “Precisamos estar cientes de que o tio Sam não fará nosso trabalho por muito mais tempo e teremos que tutorar essa liberdade nós mesmos.”

Folha

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