10 Novos Livros Infantis Com Personagens Que Roubam A Cena

10 novos livros infantis com personagens que roubam a cena – 11/05/2024 – Era Outra Vez

Celebridades Cultura

Nem sempre boas histórias são garantia de boas personagens. E o contrário também é verdade. Ótimas personagens não necessariamente criam narrativas inesquecíveis. Aliás, é verosímil até encontrar livros para lá de interessantes sem personagem nenhuma —veja um exemplo radical cá.

Mas é inegável que uma coisa geralmente está ligada à outra. E isso costuma ser ainda mais possante na literatura infantojuvenil, com muitos protagonistas que roubam a cena, marcam gerações e acompanham a vida do leitor durante décadas, talvez para sempre.

Vemos isso de “Reinações de Narizinho” a “Harry Potter”, de “O Meu Pé de Laranja Lima” a “Píppi Meialonga”. Mas também em uma leva recente de lançamentos para crianças e jovens que apresentam personagens marcantes, divertidas, poéticas, profundas, com pitadas de nonsense ou tudo isso junto.

Conheça inferior esses dez livros —e, principalmente, esse grupo.

Van Dog

Não, você não leu incorrecto. Levante livro dos poloneses Gosia Herba e Mikolaj Pa traz o tal Van Dog, um cachorro que é pintor —acho que não é preciso explicar a risota entre Van Dog, o cachorro, e Van Gogh, o pintor, né? Na história, o cão artista sai ao ar livre para pintar a paisagem. Mas, ao contrário do horizonte pacato e do envolvente campestre, o cenário se torna uma completa zona. Enquanto ele tenta se concentrar, surgem extraterrestres, monstros gigantescos, insetos que sonham com o espaço, vampiros que querem sorvete, aranhas tagarelas e todos os tipos de maluquice. Adivinhação porquê vai permanecer o quadro pintado por Van Dog?


Octávio

Octávio, o protagonista deste livro, é um cacto que trabalha porquê crítico e resolve problemas espinhudos trazidos por seus clientes, desde cactinhos apaixonados até suculentas que não sabem nadar. Enquanto as ilustrações de Luciano Tasso amplificam o humor e o nonsense, com consultórios improváveis, vegetação punks e porta-retratos de Sigmund Freud, o texto de Maria Amália Camargo alça a linguagem ao posto de personagem principal. Pelas páginas, saltam aliterações, repetições e recursos que dão ritmo à história e ao seu protagonista. E não tinha porquê ser dissemelhante, por fim “Octávio é um cacto pacato. Quase sempre intrépido –ou seria impávido? E nunca relapso.”


Os Pães de Ouro da Velhinha

Cá não há uma boa personagem, mas duas. De um lado, está a velhinha, que vive numa “casinhola para lá de esquisita” e acha que a morte se esqueceu dela. Do outro, surge a própria Morte, que um dia resolve levar a idosa embora e bate à porta do choupana com uma forma corporal estranha, que flerta com o fantástico, mas sem ser assustadora nem escorregar para a fofura. Quando a Morte chega, porém, a mulher está cozinhando os seus famosos pães de Natal, cuja receita só é conhecida por ela. Portanto é posto o dilema nessa narrativa italiana traduzida por Maria Amália Camargo, a mesma autora de “Octávio” —será que a Morte vai terebrar uma exceção e esperar a velhinha?


Meu Dia de Sorte

Levante best-seller global da japonesa Keiko Kasza segue o mesmo mote da personagem que tenta enganar a morte. Mas faz isso de outra forma, com uma raposa faminta e um porquinho malandro. Ao mesmo tempo ecoando e invertendo a lógica do clássico “Os Três Porquinhos”, o suíno do narrativa decide ir de livre e espontânea vontade até a vivenda do predador, onde usa toda a sua esperteza contra o carnívoro. Lá, com muita lábia e malemolência, ele vai enrolando e ludibriando a raposa, que nunca consegue jantar o leitão, a ponto de o leitor encetar a duvidar sobre quem está tendo um dia de sorte.


O Querubim da Guarda do Vovô

Levante clássico, que havia sido publicado pela Cosac Naify e estava fora de catálogo no Brasil, volta às livrarias agora pela Companhia das Letrinhas. Nele, quem conta a história é o avô do título, que passa a sua vida a limpo e narra os vários momentos em que foi salvo por seu querubim da guarda. Porquê é oriundo nos bons livros ilustrados, as imagens não se limitam a enfeitar as palavras, mas ampliam as possibilidades de leitura, mexem com a risca do tempo e fazem referências à Segunda Guerra, ao nazismo e ao Sacrifício. Não à toa, nascente é um dos principais títulos de Jutta Bauer, que venceu em 2010 o Hans Christian Andersen, considerado o prêmio Nobel da literatura infantojuvenil.


Mergulho

Arthur é incrível porque tem um oceano inteiro dentro dele. Um dia, quando a personagem faz xixi na leito, a família decide levar o garoto ao médico. É portanto que descobrimos o seu coração de radar de submarino, mergulhamos em suas profundezas e encontramos peixes-palhaços, tubarões, sereias e constelações no firmamento da boca. O texto de Volnei Canônica apresenta imagens poéticas e potentes que se desdobram nas ilustrações subaquáticas de Mariana Massarani. As alegorias e o soberania da cor azul ganham ainda mais profundidade quando sabemos que o protagonista é inspirado em um Arthur de verdade, sobrinho de Canônica que é autista.


Grão de Arroz

Não é todo dia que vemos um responsável brasílio escolher o nome Betânia para batizar uma personagem. Porque esse nome não é só um nome, mas quase uma evocação. Não à toa a personagem de Sonia Braga em “Aquarius” recomenda que o sobrinho toque Maria Bethânia para a namorada, numa das cenas do filme que mais ficaram famosas. “Mostra que tu é intenso”, diz ela. E é isso o que faz Aline Abreu em “Grão de Arroz”, um livro em que a intensidade brota do texto e das imagens. Nele, Betânia é limitada e maltratada pela avó, com quem vai morar a contragosto em seguida um problema com a mãe. Num estabilidade entre o lirismo e a crueza, a história encontra seu desenlace em um pouco poderoso: a literatura.


Cabo de Guerra

Ilan Brenman e Guilherme Karsten já têm uma coleção de protagonistas nos livros que fizeram juntos. Agora, na novidade parceria “Cabo de Guerra”, dezenas de novas personagens se unem a essa lista. Tudo começa com uma linguiça perdida. Depois, surgem dois cachorros, que mordem as pontas opostas do encravado. Essa é a deixa para o tal cabo de guerra, que só vai ficando mais e mais multíplice a cada virar de página, quando sempre aparecem novas figuras para ajudar a retrair. O que parece uma risota logo ganha dificuldade ao colocar em lados adversários cristãos e judeus, Peter Pan e Capitão Gancho, Porquinhos e Lobo, Pelé e Maradona, num repercussão literário da polarização em que estamos todos mergulhados. Tudo isso sem proferir uma única vocábulo, já que a obra é composta somente de imagens.


Você Não Vai Crer no que Eu Vi

São tantos e tantos monstros na literatura infantojuvenil que é sempre um risco narrar uma novidade história com criaturas fantásticas. O que mais pode ser dito depois de “Onde Vivem os Monstros” e “O Grúfalo”, por exemplo? Fran Matsumoto encara o duelo e homenageia esses clássicos em seu novo livro ilustrado. Primeiro, conhecemos o menino protagonista, que aparentemente está sendo assombrado pelo irmão mais velho com um lero-lero sobre uma pessoa horrenda escondida na vivenda onde vivem. Descrever o final estragaria a surpresa do livro, mas o desfecho faz uma clara piscadela a “Monstros S.A.”, da Pixar.


Daniel e as Bactérias

A história de uma infecção, enxurro de nomes técnicos porquê Staphylococcus aureus, linfócitos e micrófagos, só poderia resultar em um livro raso, perceptível? O professor Flavio Alterthum e o premiado ilustrador Fernando Vilela mostram que não é muito assim. Os dois assinam “Daniel e as Bactérias”, no qual o menino do título e a bactéria Cocus protagonizam uma infecção que se transforma em literatura, já que o progressão desses seres microscópicos é narrado porquê se fosse uma guerra épica nas intestino do corpo humano —aliás, Vilela é responsável do clássico “Lampião e Lancelote” e já está viciado a fabricar visualmente batalhas e outras aventuras do tipo.

Folha

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