2025: Cultura Faz Testes Com Vale Tudo E Leis No

2025: Cultura faz testes com Vale Tudo e leis no streaming – 31/12/2024 – Ilustrada

Celebridades Cultura

Embora os últimos 12 meses tenham consolidado a retomada de alguns setores, o ano de 2025 começa à sombra de atritos entre o governo e a cultura e deve por à prova uma série de tentativas de renovação na espaço.

Na televisão brasileira, emissoras tiveram de se remanejar diante de perdas notáveis. O SBT se prepara para o seu primeiro ano sem Silvio Santos, morto em agosto. Frente às câmeras, Patrícia Abravanel deve prometer um protagonismo maior no meio, enquanto sua mana Daniela Beyruti continua a presidência que assumiu depois a morte do pai.

A executiva deve viver uma prova de queima depois dispensar Raul Gil, um dos apresentadores mais importantes do país, e dar um programa de duas horas a Virginia Fonseca, influenciadora do dedo que nunca havia comandado um palco de TV.

As ações de Beyruti sintetizam um SBT em drástica mudança. O meio ainda perdeu, em 2024, um dos seus maiores símbolos, a apresentadora Eliana, que decidiu ir para a Mundo.

O ano que vem deve ser decisivo para ela, que até agora fez pouco na lar novidade, tendo apresentado um capítulo de Natal do reality The Masked Singer e um programa de vendas da Black Friday. A Mundo também vai viver um teste com seu próximo BBB, o primeiro sem comando de Boninho —que está de contrato assinado com o SBT, diz-se nos bastidores.

Outra provação será o remake da romance “Vale Tudo”, que terá a tarefa complicada de deleitar os fãs saudosistas e os desastrosos níveis de audiência atingidos por “Mania de Você;”, folhetim das nove de João Emanuel Carneiro que desapontou público e emissora.

Enquanto isso, o ano pode reservar novos capítulos do imbróglio vivido pela TV Cultura, que testemunhou duros cortes de orçamento impostos pelo governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) sobre a sua gestora, a Instalação Padre Anchieta.

No streaming, as apostas são mais seguras. A Netflix, por exemplo, deve voltar com sua megapopular “Wandinha” e a temporada final de “Stranger Things”, série mais esperada do ano. A HBO, por sua vez, começa o ano com o sucesso “The White Lotus” e segue com novidade temporada de “The Last Of Us”.

O cinema deve apostar ainda mais em sequências e remakes ao longo do ano que vem. A Disney fará novos “Branca de Neve”, “Lilo & Stitch”, “Quarteto Fantástico” e “Capitão América”.

No Brasil, o sucesso de “Ainda Estou Cá” e o aparente exalo com “O Auto da Compadecida 2” podem restaurar a valorização do público pelo cinema vernáculo ou fundamentar casos isolados.

O cinema brasílio também será demarcado por uma série de debates. Embora seja o momento de averiguar o desempenho da Prestação de Tela —regulamentada para 2025 no final de dezembro—, o ponto principal será a regulamentação dos streamings.

A insatisfação também contempla outras áreas, e a pressão deve aumentar sobre o Ministério da Cultura quando as mudanças na Lei Aldir Blanc, que altera o repasse de um montante fundamental para estados e municípios, mostrarem efeitos.

Outra celeuma, em São Paulo, vem do fechamento das Oficinas Culturais pela Secretaria de Cultura, que afeta universos artísticos que vão do teatro às artes plásticas.

Esta última espaço suplente a Bienal de São Paulo porquê grande destaque, que remete à trova de Conceição Evaristo com o tema “Nem Todo Viandante Anda Estradas – Da Humanidade porquê Prática” e reforça a atenção cada vez maior à inconstância.

O camaronês Bonaventure Ndikung, diretor da Haus der Kulturen der Welt, em Berlim, na Alemanha, atua porquê curador-chefe. A edição de 2025 acontece a partir de setembro, e a curadoria se divide entre obras de artistas negros e indígenas e discussões sobre o Oriente Médio e heranças coloniais, por exemplo.

O Masp se destaca pela lisura de seu novo prédio ao público em março, onde estão previstas exposições de montão. No prédio original, o mês ainda inaugura uma mostra do pintor impressionista Claude Monet, que segue o ciclo curatorial do museu para 2025, “Histórias da Ecologia”.

Adiada pela catástrofe climática do Rio Grande do Sul, a 14ª Bienal do Mercosul acontece em março em Porto Jubiloso. O carioca Raphael Fonseca, integrante da equipe de curadores do Denver Art Museum, nos Estados Unidos, lidera a exposição sob o tema “Estalo”, que discute a iminência de grandes tragédias.

Na privação da Bienal de Veneza —que retorna em 2026 sob a curadoria de Koyo Kouoh, primeira africana a exercitar o título— o calendário também traz a Bienal de Arquitetura de São Paulo e de Veneza, a Bienal de Charjah, nos Emirados Árabes Unidos, e a Bienal de Istambul, na Turquia.

Já na esfera músico, há expectativa para a confirmação de um show da cantora Lady Gaga no Rio de Janeiro, aos moldes do que fez Madonna, em maio, na praia de Copacabana.

Outros destaques se dividem entre novas edições de festivais porquê o Lollapalooza, com nomes internacionais porquê Olivia Rodrigo e Justin Timberlake, e o The Town, com a orquestra Green Day e a cantora Katy Perry.

Entre os principais artistas, o calendário também prevê shows de Shakira, que se apresenta no Rio de Janeiro e em São Paulo, em fevereiro, e a última turnê do veterano da MPB Gilberto Gil, que começa em Salvador no mês de março.

No pop, o sucesso de “Brat”, álbum da britânica Charli XCX, pode terebrar o gênero a novas ideias. Mas o clima também é de pessimismo, e faltam turnês super produzidas porquê a de Taylor Swift, finalizada ano pretérito. Festivais porquê o Primavera Sound, que cancelou a sua edição do ano pretérito, também seguem sem novidades, e os preços devem subir no universal.

Nas artes cênicas, a 10ª Mostra Internacional de Teatro de São Paulo está programada para março. Outro destaque é o Teatro Cultura Artística, reaberto em 2024, que deve permanecer no meio da música clássica em São Paulo.

No Theatro Municipal de São Paulo, as obras que chamam mais atenção são a reestreia de “O Guarani”, de Carlos Gomes “Don Giovanni”, de Mozart, “Macbeth”, de Giuseppe Verdi e a ópera-balé “Les Indes Galantes”, de Jean-Philipe Rameau.

Na Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, o maestro suíço Thierry Fischer dedicará atenção privativo a Tchaikóvski. A Osesp ainda destacará regentes mulheres e um conjunto de obras de compositoras femininas no repertório dessa temporada, que procura uma maior inconstância sonora.

O mercado editorial, por sua vez, promete uma agenda movimentada. A definição do Rio de Janeiro enquanto capital mundial do livro em 2025, pela Unesco, deve corroborar com a Bienal do Livro, que acontece na cidade em junho. O evento deve conflitar com a Feira do Livro, que acontece anualmente em São Paulo

Entre outras tendências, a tendência da “cozy literature”, com títulos aconchegantes para o público angustiado, e a “romantasia”, que traz elementos fantásticos para os romances voltados ao público jovem, devem permanecer.

Entre títulos específicos, se destacam a novidade obra de Lázaro Ramos, prolongação de seu sucesso “Na Minha Pele”, o primeiro romance em uma dez da nigeriana Chimamanda Adichie, “A Resenha dos Sonhos”, e o novo romance da vencedora do Nobel de Literatura em 2024, Han Kang.

Folha

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