Acervo Haroldo De Campos é Removido Da Casa Das Rosas

Acervo Haroldo de Campos é removido da Casa das Rosas – 07/02/2025 – Ilustrada

Celebridades Cultura

Um montão de tapume de 21 milénio volumes de livros que pertenceram ao poeta Haroldo de Campos, um dos pais da trova concreta, foi removido da Lar das Rosas, localizada na avenida Paulista, em São Paulo.

O material foi enviado para um repositório especializado em conservação de obras de arte, que fica em Barueri, sobre 30 km da avenida Paulista.

Segundo Daisy Rezende, viúva de Ivan de Campos, fruto único de Haroldo, a família do poeta não foi informada previamente da mudança. A Lar das Rosas entrou em contato com ela posteriormente o início do processo de retirada. Na coleção, estão livros assinados e com dedicatórias a Haroldo, volumes com anotações e grifos do poeta, além de títulos sobre o concretismo, vindos de todo o planeta.

Em nota, a Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo afirma: “Para prometer condições adequadas para a preservação da coleção de Haroldo de Campos, o montão foi transferido para uma suplente técnica, que conta com o envolvente propício para preservar os itens. Assim uma vez que era feito quando o montão estava na Lar das Rosas, a visitação e consulta aos materiais pode ser feita mediante agendamento”.

A viúva do fruto de Haroldo diz que não é interesse da família que “a livraria fique trancada em Barueri”. A forma uma vez que o poeta lidava com os livros tem a ver com a forma uma vez que a família quer que o montão seja consultado pela população. “É muito ruim um livro virar um totem”, ela afirma, no sentido de ser de difícil aproximação.

“Os livros do Haroldo eram todos anotados, rabiscados, eram realmente lidos”, diz. Ela reforça a prestígio do aproximação facilitado da população ao montão. Caso haja estragos, essa é uma consequência esperada, diz. “Pode ser que manche, caia moca. É a vida.”

Nos bastidores, o que se diz é que a Lar das Rosas, mesmo posteriormente a recente reforma pela qual passou, não seria o lugar ideal para se armazenar um montão uma vez que o de Haroldo de Campos. Apesar do libido da família, não seria a melhor decisão museológica deixar o material lá, dizem pessoas envolvidas com a instituição.

O caso veio à tona posteriormente o ex-diretor da Lar Frederico Barbosa ter feito uma publicação nas redes sociais. Nos comentários, o ele atribuiu culpa a profissionais que atuam ou já atuaram na instituição. O coordenador de atividades culturais da rede de museus-casa de São Paulo, Reynaldo Damazio, afirma que está processando Barbosa por calúnia e mordacidade.

Daisy conta que, durante o processo de doação do montão ao estado de São Paulo, logo posteriormente a morte do poeta, a família colocou três exigências para o governo de São Paulo, posteriormente recusar seguir em conversas com instituições uma vez que a universidade de Yale.

O lugar deveria sofrear Haroldo Campos no nome solene, a livraria deveria permanecer ocasião com consulta para o público e uma percentagem composta por indicados pelo governo e pela família deveria se reunir periodicamente.

De consonância com a secretaria, o nome solene do lugar segue o mesmo de antes: Lar das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Verso e Literatura. Segundo a secretaria, a transferência do montão, que conta com 21 milénio itens, foi finalizada no dia 27 de janeiro e será organizada no novo espaço.

Segundo a viúva de Ivan, a família “doou a livraria com o compromisso que ficasse ocasião com consulta para o público”.

Para ter aproximação ao montão em Alphaville é preciso pedir autorização para a Poiesis, organização social que gere a Lar das Rosas. A secretaria diz, em nota, que “todos os materiais estarão disponíveis para consulta no final de março, o agendamento pode ser solicitado através do e-mail contato@casadasrosas.org.br”.

Fechado durante dois anos para para uma reforma que custou R$ 4,2 milhões, o museu foi reaberto em outubro de 2023. A secretaria não responde se a reforma falhou na tentativa de adequar as instalações para receber o montão.

A locação do novo espaço para a coleção custa R$ 25 milénio mensais. O mesmo imóvel, a Clé Suplente, abriga as reservas técnicas da Lar das Rosas e da Lar Guilherme de Almeida, além do registro e a documentação das coleções das casas.

O site do museu diz que o lugar passa por revisão conceitual, “com vistas a se tornar também referência na preservação, pesquisa e divulgação de seu território e da cidade de São Paulo, tendo uma vez que elemento principal a própria fundação”.

Folha

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *