Bestiário de neruda, biografia de trevisan e mais 12/03/2025

Bestiário de Neruda, biografia de Trevisan e mais – 12/03/2025 – Ilustrada

Celebridades Cultura

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A escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie acha importante falar sobre identidade. Ela entende que ser uma mulher negra, africana, da etnia igbo moldou o direcção dela em certa medida. Da mesma forma, ser branco, preto, mulher ou varão influencia o modo uma vez que se é reconhecido no mundo.

Mas, ao mesmo tempo, afirma ela à repórter Clara Balbi, o “foco excessivo na identidade pode nos fazer olvidar que, no término das contas, existe quem somos e também o que somos”. “Quando pensamos somente em termos de identidade, acabamos esperando que as pessoas se encaixem em determinados papéis. E, às vezes, eu não acredito no que os outros acham que uma mulher negra deveria crer.”

As personagens do novo livro de Chimamanda, “A Relato dos Sonhos” (trad. Julia Romeu, Companhia das Letras, R$ 89,90, 424 págs.) —o primeiro de ficção que ela lança em mais de uma dezena—, são negras e africanas uma vez que ela. Isso aproxima suas vivências, mas não as determina.

Elas são a sonhadora Chiamaka, que lamenta seus namoros fracassados; a pragmática Zikora, que questiona relacionamentos posteriormente ser abandonada por quem acreditava ser seu grande paixão; a maternal Kadiatou, acusada injustamente por desconhecidos; e a rebelde Omelogor.

As protagonistas compartilham a resiliência típica das mulheres escritas pela nigeriana, que dificilmente abrem mão de suas ambições.

Uma natureza que parece cada vez mais deixada de lado quando se trata da literatura contemporânea, comenta a autora. “Passamos a encontrar que ser cínico significa ser sofisticado, moderno. E eu rejeito isso profundamente. Porquê seres humanos, estamos sempre ansiando por alguma coisa.”


Acabou de Chegar

“Bestiário” (trad. José Eduardo Degrazia, L&PM, R$ 72,90, 136 págs.) é uma coletânea de descrições e representações de animais reais ou imaginados por Pablo Neruda. Para a sátira Sylvia Colombo, o texto constrói uma dimensão “profundamente pessoal e sensorial” da visão de mundo do chileno e funciona uma vez que um espelho de sua própria experiência.

“Nosso Corpo Estranho” (Fósforo, R$ 69,90, 120 págs., R$ 48,90, ebook), de Reginaldo Pujol Rebento, convida os leitores a participarem de um experimento jocoso, descreve a sátira Taís Cardoso. O livro é a exposição de um artista que nunca existiu, mas que lembra vários artistas da vida real. Nessa graçola, Pujol se coloca uma vez que o curador que assina os textos de apresentação das obras.

“Céleste e Proust” (trad. Renata Silveira, Autêntica, R$ 132,90, 256 págs., R$ 83,90, ebook) relembra a parceria entre o grande jornalista Marcel Proust e sua governanta, Céleste Albaret. O crítico Diogo Bercito afirma que a HQ de Chloé Cruchaudet faz um retrato quebradiço de uma amizade marcada por uma relação de trabalho desigual.


E mais

“Não consigo evitar. Explorar a dor e a saudade escrevendo é compulsivo”, conta Marcelo Rubens Paiva. O responsável de “Ainda Estou Cá” —livro que deu origem ao filme de mesmo nome, recentemente oscarizado— escreve na Folha que tem registrado acontecimentos de sua vida privada e do mundo em um novo livro. “O Novo Agora” narrará uma vez que ele atravessou o isolamento social e os tempos do “novo normal”.

O ensaísta, jornalista e tradutor Christian Schwartz reuniu cartas, diários e depoimentos de Dalton Trevisan para grafar a primeira biografia do “vampiro de Curitiba”. Schwartz contou ao repórter privativo Fabio Victor que não teve dificuldade de conseguir chegada ao pilha pessoal de Trevisan porque foi o primeiro a pedi-lo à agente do jornalista.

Ken Follett, jornalista best-seller britânico, está prestes a lançar seu novo homérico pelo selo Arqueiro. O Pintura das Letras conta que o responsável de “Mundo sem Término” tratará da construção do monumento megalítico Stonehenge, no setentrião da Inglaterra, em “Circle of Days”.


Além dos Livros

Ruth Gilmore, intelectual que é referência no debate sobre o abolicionismo penal, percorreu o Brasil em meados de 2024 para lançar “Califórnia Gulag”. Nesse processo, ela diz ter testemunhado iniciativas que, embora pequenas, vêm moldando uma infraestrutura libertador no país. Em entrevista a Eduardo Sombini, Gilmore conta que o encarceramento em volume acompanha o aprofundamento da desigualdade e o aumento do poder político das forças de segurança.

Novo livro sobre “Família Soprano”, uma das maiores séries já feitas, conta uma vez que a produção sobre um encarregado mafioso influenciou a maneira uma vez que o mundo enxerga a televisão. O crítico Mauricio Stycer afirma que, antes dela, a TV era vista uma vez que uma mídia subordinado ao cinema. A série esteve, desse modo, no núcleo de uma revolução que levou Hollywood para as telinhas.

Barbara Gancia discute o alcoolismo com uma leveza e uma sinceridade capazes de entreter tanto quem já bebeu quanto os curiosos em seu livro “A Saideira”, que acaba de lucrar uma novidade edição pela editora Matrix. Alice S., que assina o blog “Vida de Alcoólico” na Folha, diz que “é um delícia para uma alcoólico encontrar uma obra uma vez que esta”.

Folha

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