Brasil esnobado em prêmio, diário secreto de didion e mais

Brasil esnobado em prêmio, diário secreto de Didion e mais – 10/04/2025 – Ilustrada

Celebridades Cultura

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No mês do natalício de 60 anos da TV Orbe, chegam às livrarias obras que investigam a história da emissora.

Fundada por Roberto Pelágico e mantida no ar por seus filhos, a emissora atravessou episódios porquê a ditadura militar, a redemocratização e a pandemia de Covid-19, se adaptando a cada um desses períodos.

É essa trajetória que o jornalista Ernesto Rodrigues disseca em um espaçoso livro-reportagem de murado de 2.000 páginas, dividido em três volumes lançados pela Autêntica.

O primeiro, “Predominância”, publicado em 2024, apresenta um via de televisão iniciante: com problemas técnicos, baixa audiência e programação fraca. Diante desse cenário, a Orbe se aproxima do regime militar, em uma relação complexa que Rodrigues define porquê “subserviência imposta”.

Já Leonencio Nossa, jornalista que também lança agora o segundo volume de sua biografia de Roberto Pelágico, pela Novidade Fronteira, interpreta esse alinhamento porquê “temor de perder a licença” da emissora.

O segundo volume de Rodrigues, “Concorrência”, que sai neste mês, conta porquê a emissora competiu pela liderança da TV brasileira contra canais porquê SBT, Manchete e Record. Nesse período, segundo o crítico Mauricio Stycer, ela apoiou a transição democrática e continuou a usar seu alcance para tutorar seus próprios interesses políticos e econômicos.

“Mudança”, o último livro da série, ainda inédito, tratará das mudanças que a Orbe precisou enfrentar a partir da viradela do século, com a chegada da internet, das redes sociais e do streaming. Rodrigues logo investiga porquê a emissora encontra seu lugar em um mundo muito dissemelhante daquele em que surgiu.


Acabou de Chegar

“Na Ponta da Língua” (Companhia das Letras, R$ 69,90, 272 págs., R$ 29,90, ebook) estabelece um diálogo franco com o leitor, estilo que marca o responsável Caetano Galindo. Ao racontar a historia da língua portuguesa, Galindo deixa simples desde o primórdio que “o português do dia a dia é feito mais de pangarés do que de garanhões”, porquê aponta o repórter Diogo Bachega.

“Alguém Sobrevive Nesta História” (Todavia, R$ 76,90, 224 págs., R$ 54,90, ebook) tem porquê protagonista um jovem mimado que sente culpa por seus privilégios. Para o jornalista Ivan Finotti, o primeiro livro do cineasta brasiliano Felipe Poroger lembra “O Multíplice de Portnoy”, clássico de Philip Roth que se desenrola porquê uma longa confissão no divã.

“Lição de Teatro” (Veneta, R$ 159,90, 272 págs.), de Nick Drnaso, questiona de que forma pessoas porquê Osho e Charles Manson conseguiram cooptar seguidores. Na HQ, um grupo de pessoas se reúne em aulas gratuitas de teatro em que o professor Smith desperta inquietações com suas histórias. Para o repórter Lucas Monteiro, “Drnaso veria em Pablo Marçal um magnífico material de trabalho”.


E mais

Prestes a ser publicado, o quotidiano de Joan Didion, que foi desvelado depois sua morte, revela aspectos da vida da autora que ela manteve privados. Contando de suas sessões com o psiquiatra Roger MacKinnon, Didion revela um cancro que foi curado com radioterapia e um relacionamento repreensível que viveu antes de se matrimoniar com seu marido, John Dunne.


“1964 – Imagens de um Golpe de Estado” reúne imagens do período que vai de novembro de 1963 a 15 de abril de 1964. Entre fotos relevantes e pouco conhecidas, a obra passeia por alguns dos principais episódios de tensão política da história brasileira. O historiador Danilo Marques, um dos organizadores do livro, afirmou ao repórter privativo Naief Haddad que “perspectivas e detalhes que muitas vezes passam despercebidos” foram levados em conta na seleção das imagens.

Pela primeira vez desde 1984, o Brasil não tem nenhum redactor ou ilustrador indicado ao prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da literatura infantojuvenil. O Blog Era Outra Vez conta que, ao longo de 41 anos, brasileiros sempre estiveram firmes e fortes na lista.


Além dos Livros

A Sarau da Vocábulo, festival literário que acontece pela primeira vez em Itaúnas, tomará as ruas da cidade capixaba entre os dias 21 e 24 de maio. O diferencial, segundo o Tela das Letras, é que o evento tem tanto interesse na vocábulo escrita quanto na falada. O evento tem direção da escritora e atriz Elisa Lucinda e reunirá nomes porquê Ailton Krenak, Itamar Vieira Junior e Eliana Alves Cruz.

O festival Trova no Meio, que acontece no Teatro Cultura Artística e em outros locais do meio de São Paulo dedicados à literatura, anunciou seus autores convidados nesta semana. Entre nomes nacionais e internacionais estão Ana Martins Marques, Oswaldo de Camargo, Angélica Freitas e Tracy Smith. Iniciativa da livraria Megafauna, o evento ocorre de 16 a 18 de maio.

A primeira livraria pública de São Paulo completa 200 anos. Ela foi inaugurada em 24 de abril de 1825, nos fundos do convento dos franciscanos, no largo São Francisco, e dois anos depois deu origem à Faculdade de Recta da USP. A repórter Laura Mattos conta que o ror atual tem mais de 300 milénio livros, incluindo aproximadamente 6.500 obras raras, editadas até o século 19. A mais antiga delas é um réplica da “Divina Comédia” de Dante Alighieri, publicado em 1520.

Folha

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