É obrigação de um bom roqueiro conhecer a história do Led Zeppelin. Sua trajetória está muito bem contada no sétimo volume da Coleção Folha Rock Stars, que chega às bancas neste domingo, dia 17.
Para iniciar a conversa, falar de Led Zeppelin é falar do guitarrista Jimmy Page. O Yardbirds, banda de blues e rock, fez fama na Inglaterra nos anos 1960 por ter tido, em épocas diferentes, a participação de Page, Eric Clapton e Jeff Beck, trinca de deuses da guitarra. Com o fim do grupo, Page teve a ideia de uma banda diferente de todas as outras, com som de blues acelerado.
Ele recrutou duas forças da natureza, Robert Plant e John Bonham, figuras obrigatórias em qualquer ranking de vocalistas e bateristas do rock. Menos badalado, o quarto integrante é peça fundamental: John Paul Jones, baixista e tecladista, um exímio músico de estúdio, que, como Page, só não sabia fazer chover numa sessão de gravação.
Isso explica por que o primeiro álbum do Led Zeppelin, em 1969, que levou o nome da banda, é considerado o grande álbum de estreia do rock. Page fez ali o que lhe deu na telha, uma série de truques de gravação que levaram o disco a um som único.
O truque mais notório, e também o mais fácil de explicar a um leigo em gravação, está na canção “Communication Breakdown”: colocar Plant longe dos microfones, fazendo com que ele gritasse o tempo todo, o que imprimiu aos vocais uma espécie de “vazamento sonoro”. É ouvir para se impressionar.
O disco foi o embrião do heavy metal. O segundo álbum, “Led Zeppelin II” (1969), traz pelo menos dois clássicos incontornáveis, “Whole Lotta Love” e a instrumental “Moby Dick”. Ambos estão na playlist que pode ser acessada por QR Code que vem impresso no volume da coleção, com 20 músicas.
A atuação demencial em “Moby Dick” inseriu Bonham no panteão dos bateristas. No disco seguinte, “Led Zeppelin III” (1970), foi a vez de “Immigrant Song” fazer o mesmo por Plant. O vocal nessa canção é um dos mais desafiadores do repertório roqueiro.
Com esses discos, o Led Zeppelin já era um rival de Beatles e Rolling Stones em termos de influência e de venda de discos. Alguns estimam que o grupo vendeu até hoje cerca de 300 milhões de cópias, e o grande gatilho disso está no álbum seguinte, que não tem título, mas as pessoas gostam de chamá-lo de “Led Zeppelin IV”.
É “Stairway to Heaven”, a balada que, ao final de seus oito minutos, se transforma em puro metal. Plant ganhou a maioridade como letrista, em um dos hinos supremos do rock. A partir do sucesso da música, ficou estabelecido o modo Led Zeppelin de ser uma estrela.
A banda foi a primeira a ter seu próprio avião, destruiu quartos de hotel em orgias lendárias com as tietes, misturou cada vez mais elementos musicais, como folclore celta e ritmos africanos, e passou a tocar em lugares cada vez maiores, chegando aos estádios.
O quarteto é apontado como responsável pelo encolhimento do mercado de singles nos anos 1970. Page focou a produção da banda apenas em álbuns e, como o Zeppelin vendia mais do que todo mundo, a proposta se espalhou pelo rock, principalmente no progressivo e no metal.
Os discos continuaram soberbos: “Houses of the Holy” (1973), “Physical Graffiti” (1975), “Presence” (1976) e “In Through the Out Door” (1979). O texto do jornalista Helton Ribeiro, também coordenador da coleção, conta a ascensão e o apogeu da banda até seu final em 1980, com a morte precoce de Bonham, alcoólatra notório.
A banda teve depois reuniões esporádicas e pontuais, algumas contando na bateria com Jason, filho de Bonham. Plant e Page seguiram carreiras solo e até formaram dupla nos anos 1990, inclusive com shows no Brasil. Mas está ali, nos discos entre 1969 e 1979, a força desse gigante musical do século 20.
COMO COMPRAR
Site da coleção: rockstars.folha.com.br
Telefone: (11) 3224-3090 (Grande São Paulo) e 0800 775 8080 (outras localidades)
Frete grátis: SP, RJ, MG e PR (na compra da coleção completa)
Nas bancas: R$ 25,90 cada volume
Caixa de colecionador com coleção completa: R$ 538,80 ou em até 12x de R$ 44,90
Coleção completa: R$ 514,80 ou 12x de R$ 42,90
Lote avulso com 5 livros: R$ 129,50 ou 12 vezes de R$ 10,79
Assinantes Folha e UOL têm 10% de desconto