Conheça 15 Livros Infantis Para Ler Mais Em 2024

Conheça 15 livros infantis para ler mais em 2024 – 08/01/2024 – Era Outra Vez

Celebridades Cultura

A pesquisa já é um pouco antiga, mas zero indica que os dados tenham mudado muito. Em 2007, o psicólogo e professor inglês Richard Wiseman resolveu escoltar 3.000 pessoas para investigar quantas delas de trajo iriam executar seus planos, desejos, resoluções e metas de Ano-Novo.

O resultado? Um ano depois, 88% dos participantes não atingiram seus objetivos nem cumpriram as promessas feitas para o novo ano.

Uma vez que muita gente voto que vai ler mais a cada ano que começa, nascente blog resolveu dar uma ajuda aos que não querem pertencer aos 88% que não cumprem a missão. Aquém, há 15 livros que são boas opções para crianças e adultos lerem sozinhos ou juntos em 2024.

Entre os destaques está “Os Pombos”, de Blandina Franco e José Carlos Lollo, nascido do encontro dos autores com o padre Júlio Lancellotti —obra que deveria se tornar obrigatória para o grupo de vereadores da extrema direita paulistana que decidiu perseguir o religioso.

A lista conta também com clássicos do livro ilustrado, uma vez que “A Vivenda que José Fez”, de Randolph Caldecott, e lançamentos de nomes uma vez que Penélope Martins, Fernanda Takai, Anabella López e Marcelo Duarte, colunista da Folhinha.

Conheça os títulos inferior.

Os Pombos

Leste é um dos melhores livros da última temporada. Feita pela dupla Blandina Franco e José Carlos Lollo em parceria com o padre Júlio Lancellotti, a obra joga luz sobre os pombos do título —um grupo que chegou há tempos na cidade, mas que não é visto por ninguém. Não por serem invisíveis, mas porque ninguém deseja enxergá-los. O diálogo entre texto e ilustrações logo nos faz entender que os pombos não são exatamente aquelas aves cinzentas. São gente. Pessoas invisíveis. Seres humanos expulsos do convívio. Gente que o padre Júlio Lancellotti enxerga em São Paulo. Pessoas que deveriam receber a mesma atenção do poder público e dos vereadores paulistanos. Aliás, já que um grupo radical desses vereadores tem tempo de sobra para inventar CPIs sem bases jurídicas, sugiro que eles leiam outro livro dos mesmos autores: “Aporofobia”.


A Moça da Bielorrúsia

Nesta outra parceria de Blandina Franco e José Carlos Lollo, a protagonista é uma moça. Assim mesmo, sem nome. Só sabemos que ela mora com a avó numa cidade ribeirinha, sem mãe nem irmãos, mas com uma fuinha e um ornitorrinco empalhado. Com texto preciso, que dialoga o tempo inteiro com o leitor e abusa de ganchos e flashbacks que nos prendem à narrativa, o livro apresenta a jornada fantástica que a pequena empreende no dia em que um varão misterioso aparece em sua morada e a leva para uma viagem, acompanhada por um urso de quatro metros e de sua fuinha inseparável, é evidente.


A Vivenda que José Fez

Randolph Caldecott é um desses autores clássicos e incontornáveis para quem gosta de livro ilustrado e livro para a puerícia —tanto que um dos principais prêmios literários norte-americanos para obras publicadas para essa fita etária é justamente a medalha Caldecott, entregue desde 1938. Agora, um de seus principais títulos chega ao Brasil pelas mãos da editora Amelì. Lançado em 1878, “A Vivenda que José Fez” (originalmente, “The House that Jack Built”) foi um dos pioneiros a integrar a narrativa visual ao texto, abandonando a teoria mofada de que ilustrações são somente um enfeite.


Quando a Noite Chega

A japonesa Akiko Miyakoshi faz alguma coisa espantoso neste título. Com lápis e carvão, ela consegue riscar a luz. E, com isso, faz o livro rutilar. Nesta narrativa visual com pouco texto, uma coelhinha cruza a cidade no pescoço dos pais e acompanha enxurrada de sono os movimentos que surgem com a chegada da noite, povoada de janelas repletas de vida e personagens noturnos que são animais, mas que trazem características físicas bastante humanas. Com desenrolar que lembra o do cinema e primor visual impecável, a história foi considerada um dos melhores livros ilustrados de 2017 pelo The New York Times.


Coisa, Coisas

Você já reparou que dentro da termo “escorpião” roda um piorra? E que a termo “formidável” parece obsecrar por uma formiga? É esse tipo de galhofa com a linguagem que Peter O Sagae explora em “Coisa Coisas”, um abecedário que embaralha Carmen Miranda com blueberry (ou mirtilo), maremoto com sereias dançarinas e televisão com o planeta Marte. Na verdade, a galhofa costura diferentes linguagens, já que o texto não existe sozinho e só fica completo ao lado da ilustração, feita sempre com colagens que multiplicam as possíveis leituras.


A Rainha Louca Louca Louca

Anabella López, escritora e ilustradora argentina radicada no Brasil, cria neste livro um narrativa de fadas num reino muito distante, mais exatamente na cidade de Wirani —mas que poderia muito muito ser a América Latina, o Brasil ou nossos quintais. Na história, com ilustrações que merecem ser enquadradas, um mágico envenena a chuva do reino e faz com que todos os súditos passem a invocar a rainha de louca. Inspirada num narrativa do libanês Khalil Gibran, a narrativa ecoa estes nossos tempos de fake news e de mulheres acusadas de insanidade por estarem no poder.


Detetive Vaga-Lume

Embora seja um romance mais juvenil do que infantil, ele foi feito sob medida para ser lido por pais e filhos lado a lado. A dica já está no título. Marcelo Duarte, colunista da Folha, apresenta uma homenagem literária à famosa coleção Vaga-Lume, série que marcou a história do mercado editorial brasílio e que completou 50 anos no ano pretérito. Ao longo da trama detetivesca, Duarte espalha 50 referências a clássicos da série —entre eles, “O Mistério do Cinco Estrelas”, de Marcos Rey; “Éramos Seis”, de Maria José Dupré; “A Turma da Rua Quinze”, de Marçal Aquino; e “O Escaravelho do Diabo”, de Lúcia Machado de Almeida, entre muitos outros.


Duas Ilhas

Tudo parece tranquilo e sossegado para João, o menino desta história, que vive numa ilhéu isolada com seus pais —uma bióloga e um piloto de avião. Aliás, não só com eles. João vive com o seu melhor colega também: o vulcão da ilhéu. O fascínio e a relação entre a serra adormecida e o garoto são colocados à prova quando a vida de João se desestabiliza. Primeiro, o pai desaparece enquanto voa. Depois, o vulcão inesperadamente entra em atividade. Guilherme Semionato desenvolve neste livro uma história sensível sobre amizade, paixão, pertencimento e simbiose entre humanos e natureza.


Pés Descalços

Dona Esmeralda só anda descalça. Pisa no soalho de terreno, onde colhe ervas e sente vibrar as forças do mundo. Cá, Penélope Martins usa a literatura não só para homenagear o feminino e tutelar a tolerância religiosa. Ela cria uma narrativa de onde transborda o mistério e o afeto, que escorrem do contato de Dona Esmeralda com sua neta, a moça narradora, cujos pais morreram. As ilustrações de Bárbara Quintino ajudam a manter nas imagens a vibração das religiões de matriz africana e de um Brasil real, feito de moringas, imagens de santas, vegetais poderosas e pessoas letradas em gente.


Era uma Vez um Quintal

Neste livro, Andreia Prestes, que é neta de Luís Carlos Prestes, também usa o quintal da morada da família para recontar as vidas de sua avó e de seu avô —João Massena Melo, perseguido pelo Estado Novo de Getúlio Vargas e morto pela ditadura militar. As colagens de Paula Delecave se misturam ao texto de Prestes, em que a mangueira do quintal lança seus galhos sobre as histórias da avó, borboletas se escondem à medida que o susto se aproxima e sonhos precisam ser regados uma vez que vegetais.


Dias de Reis

É curioso notar uma vez que certos elementos se repetem em diferentes narrativas, criando outras histórias. Mais uma vez, temos o quintal da avó uma vez que fio condutor. Uma vez que diz o título, o livro faz um mergulho nas tradições da Folia de Reis, sarau popular que ocorre em 6 de janeiro e na qual cortejos de músicos e cantadores visitam as casas e celebram a visitante dos reis magos ao menino Jesus. Nesta obra, Rodrigo vê um desses cortejos enquanto passa as férias na morada da avó, onde acaba conhecendo uma moça que integra a Folia.

Quando Curupira Encontra Kappa

Você já ouviu falar do kamishibai? É um estilo tradicional nipónico de recontar histórias para crianças, no qual a arte do livro é mesclada ao teatro. Nele, a narração tem o espeque de uma sequência de papéis, uma vez que se fossem cartazes. Foi nessa técnica que Fernanda Takai e Daniel Kondo se inspiraram para produzir “Quando Curupira Encontra Kappa”, uma mistura de Brasil e Japão, em que curupira e curumins convivem com o kappa, um ser mitológico que vive nas águas japonesas, com o ogro vermelho, a mais gentil das criaturas do Oriente, e com outros seres. Ou por outra, toda a história é contada nas duas línguas —em português e também em nipónico.


Hermanas Bolivianas

Maya, a protagonista ajuda a narrar uma das mais importantes histórias do Brasil atual —a da imigração boliviana. Estima-se que 57 milénio pessoas dessa nacionalidade chegaram a São Paulo de 2009 a 2019. No ano pretérito, foram os estrangeiros que mais tiveram filhos no país. Tudo isso está condensado na jornada que Maya e sua mãe fazem da Bolívia até o Brás, bairro da capital paulista onde a mulher vai trabalhar na confecção de roupas. As coisas só começam a mudar quando a pequena visitante a feira Katunta, na região mediano, onde bolivianos, peruanos e outras pessoas de origem andina se encontram.


Bel, a Experimentadora

O colunista da Folha Bruno Gualano faz cá uma homenagem ao verdadeiro motor da ciência: a curiosidade. Nesta história, ilustrada por Catarina Bessel, a moça Bel inventa em morada erupções de vulcões, mexe com vigor estática e impressiona a turma da rua, que não desgruda do celular e acha que ela é uma feitiçeira. Ao longo do livro, além de pincelar algumas ideias sobre método e pensamento científico, Gualano reverencia nomes uma vez que Marie Curie, Charles Darwin e Galileu Galilei.


A Paixão de A e Z

Com texto de Alonso Alvarez e ilustrações de Marcelo Cipis, “A Paixão de A e Z” ganha uma novidade edição, em seguida ser lançado em 2010 pela Peirópolis. Agora no catálogo da editora Ficções, do próprio Alvarez, o livro recebe cobertura inédita, mas segue uma vez que a mesma ode ao fascinante mundo do alfabeto. Na trama ilustrada, as apaixonadas letras A e Z vivem separadas e só se encontram em algumas poucas palavras, uma vez que “azul”, “contratempo” e as estranhas “azafamado” e “zaragata”. A teoria da obra surgiu em seguida um haicai de Alice Ruiz: “de A a Z/ até no alfabeto/ tem eu e você”.

Folha

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *