Editoras Brasileiras Ganham Prêmios Na Feira De Frankfurt 23/10/2024

Editoras brasileiras ganham prêmios na Feira de Frankfurt – 23/10/2024 – Ilustrada

Celebridades Cultura

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A cidade alemã de Frankfurt foi palco da maior congregação de profissionais do livro do mundo na semana passada. A Feira de Frankfurt é a mais relevante do mercado literário e o Brasil não ficou de fora.

O projeto Brazilian Publishers, realizado em parceria com a ApexBrasil e o Ministério das Relações Exteriores, ajudou os editores a levarem seu catálogo para a Alemanha. O jornalista Walter Porto aponta que, no estande da iniciativa, estavam reunidas desde editoras independentes porquê a Aboio e universitárias porquê Edusp e até a Livraria do Tropa.

A Câmara Brasileira do Livro leva também a Frankfurt o último vencedor do prêmio principal do Jabuti para oferecer ao noticiarista uma perspectiva de internacionalização de seu trabalho —neste ano, Fabrício Corsaletti, premiado por “Engenheiro Fantasma”.

A veterana autora de infantojuvenis Ruth Rocha, que vive um momento de vértice em sua curso aos 93 anos, teve espaço privativo no estande brasílio buscando novas edições traduzidas para línguas estrangeiras.

O Brasil também esteve sob os holofotes com duas honrarias. Luiz Schwarcz, fundador e diretor da Companhia das Letras, recebeu o prêmio Cesare De Michelis pelo conjunto de sua curso porquê editor.

E o Círculo de Poemas, reconhecido por ampliar o alcance da verso, levou o troféu Aficionado. Rita Mattar, diretora da Fósforo e uma das idealizadoras do projeto, recebeu o prêmio em nome da editora.


Acabou de Chegar

“Jerusalém” (trad. Marina Della Valle, Veneta, R$ 350, 1.616 págs.) é a obra de ficção mais ambiciosa do britânico Alan Moore, que narra mistérios inspirados em sua cidade natal de Northampton, na Inglaterra. “Trata-se de uma mistura caótica de Inferno, Purgatório e Paraíso”, escreve o repórter Reinaldo José Lopes, “em que as almas dos mortos de todas as épocas se misturam com anjos, demônios, sonhadores, usuários de drogas e pessoas com problemas mentais”.

“Jornal Mercantil” (Contexto, R$ 45, 176 págs.), de Célia de Gouvêa Franco, conta a história daquele que foi “o melhor jornal de economia do Brasil”. A trajetória do veículo, porém, é marcada por dois paradoxos, porquê destaca Oscar Pilagallo. O primeiro foi ter se tornado uma referência do capitalismo sítio a partir do trabalho de jornalistas de esquerda, e o segundo foi sucumbir ele mesmo a uma crise financeira.

“E Depois Também” (Círculo de Poemas, R$ 44,90, 40 págs.) mistura versos de influência concreta a temas cotidianos e poemas visuais. Para o resenhista Joca Reiners Terron, diante de um mundo em mudança, o livro de João Bandeira assume “posição humilde e assombrada, refletindo nascente momento atual em que constatamos o quão pequenos somos”


E mais

O clássico “Grande Sertão: Veredas”, de João Guimarães Rosa, vai lucrar uma novidade tradução em inglês pelas mãos de Alison Entrekin, que levou uma dezena para produzir a novidade versão. “Vastlands: The Crossing” foi arrematado em leilão pela Simon & Schuster, uma das maiores editoras americanas, e será publicado em 2026.

O prêmio Espírito, um dos mais importantes reconhecimentos da literatura infantojuvenil mundial, divulgou os finalistas da próxima edição. Entre eles estão dois brasileiros, o noticiarista Daniel Munduruku e o ilustrador Roger Mello. Uma vez que relata o blog Era Outra Vez, o vencedor, escolhido pelo conjunto da obra ou por sua imposto literária, receberá 5 milhões de coroas suecas, muro de R$ 2,7 milhões.

A editora Cobalto traz de volta às livrarias a melhor edição da verso de Ezra Pound, segundo o noticiarista e cineasta Carlos Adriano, em versão ampliada e bilíngue. A obra organizada por Augusto de Campos é, para o resenhista, “um brinde ao leitor, sob a forma de relicário literário”.


Além dos Livros

Morreu na última semana o noticiarista chileno Antonio Skármeta, aos 83 anos. O responsável ganhou reconhecimento mundial com “O Carteiro e o Poeta”, que narra a relação de um carteiro com o noticiarista Pablo Neruda. O livro foi ajustado para um filme homônimo que recebeu quatro indicações ao Oscar em 1996.

O responsável israelense Yuval Noah Harari foi destaque na Feira de Frankfurt. Em palestra, ele denunciou o paradoxo de uma humanidade que precisa desacelerar, mas rápido. Harari dividiu o palco com o filósofo nipónico Kohei Saito, que prega a desaceleração por uma visão sistêmica do marxismo.

Segundo o Tela das Letras, a feira alemã foi marcada por um conflito que parecia guerra social, entre a Itália, convidada de honra da edição, e os autores italianos. Isso porque algumas das maiores estrelas literárias do país não foram convidadas por sua delegação. Antonio Scurati, responsável da premiada série “M”, foi convidado pela organização da feira e, ao discursar, acusou o governo conservador de Giorgia Meloni de tratá-lo porquê um inimigo público.

Folha

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