Feira do livro escala ambição para se fincar em são

Feira do Livro escala ambição para se fincar em São Paulo – 13/06/2025 – Ilustrada

Celebridades Cultura

“Um passo de cada vez, do tamanho de nossas pernas”, resume o diretor Paulo Werneck sobre a serra que a Feira do Livro vem escalando, fincando bandeira cada vez mais subida na capital paulista. “São Paulo tem uma graduação gigante e nossa intenção sempre foi estar em sintonia com a dimensão cultural da cidade.”

O repórter havia perguntado se ele tinha receio de o evento, que começa neste sábado e segue até o próximo domingo, dia 22, estar dando passos compridos demais e se abrindo ao risco de tropicar —da segunda para a terceira edição, no ano pretérito, pulou de cinco para nove dias, gerando reclamações de editoras que viram o evento esvaziado durante os dias úteis.

Agora, a feira inflou bastante sua grade, programando zero menos que 250 eventos dentro dessas datas, um salto de mais de 50% em relação aos 164 do ano pretérito.

Têm a sede de aumentar também o público, indo de 64 milénio para 110 milénio visitantes, de olho nos leitores que vão estar livres no feriado de Corpus Christi, que pega o último termo de semana do festival. Toda a programação é ensejo e gratuita.

“É um evento que faz sentido para as pessoas, para o mercado e para a cidade. Acho procedente que cresça bastante, assim porquê aconteceu com as feiras que a inspiraram, que atraem visitantes na moradia dos milhões”, afirma Werneck, que dirige a Associação Quatro Cinco Um, responsável por organizar o evento ao lado da Maré Produções.

Vestimenta relevante foi a ingresso retumbante da Petrobras porquê patrocinadora, batizando com sua marca o palco principal do evento no meio da terreiro. O escritório Pinho Neto também se juntou a empresas porquê Itaú e Motiva, antiga CCR, na captação de recursos via Lei Rouanet.

A prefeitura da cidade tem tido participação mais próxima do que nos últimos anos —Werneck aguarda a sanção de Ricardo Nunes, mandatário do MDB, para o projeto de lei que inclui a feira no calendário solene da cidade, já revalidado na Câmara dos Vereadores.

“A cada ano estamos acrescentando mais tijolinhos nessa construção institucional”, afirma o diretor. Mostra disso, diz, é terem levado três anos para pôr em prática um libido que a feira tinha desde o prelúdios, a geração de um palco exclusivamente voltado a crianças, o Espaço Rebentos, que terá curadoria de Jaqueline Silva e Juliana Vettore.

Já os Tablados Literários congregam uma programação paralela que já vicejava em anos anteriores, convidando editoras e iniciativas com estandes na Feira a trazer seus próprios convidados —a Folha, parceira do evento desde sua primeira edição, terá uma programação com colunistas da moradia.

A multiplicação veio da percepção de que havia potencial de público e demanda de editoras por mais momentos com autores em destaque. E essa ampliação, segundo Werneck, “foi realizada dentro da nossa capacidade instalada, isto é, sem um propagação muito grande das estruturas, fisicamente o espaço é praticamente o mesmo”.

“Acreditamos que essa ampliação vai fortalecer as editoras e livrarias independentes, que terão resultados financeiros mais substanciais ao realizar mais debates e lançamentos.”

No palco principal, os maiores chamarizes são os escritores brasileiros, quase 200 no totalidade. Haverá destaque para autores que tiveram lançamentos rumorosos no último ano, caso de dois colunistas do jornal, Tati Bernardi e Drauzio Varella. Também compõem o programa nomes porquê Lázaro Ramos, Marcelo Rubens Paiva, Beatriz Bracher, Amara Moira, Marilena Chauí e Ignácio de Loyola Brandão.

Os nomes internacionais são mais tímidos depois de um ano que trouxe ao Pacaembu autoras porquê a superstar argentina Camila Sosa Villada e a nobelizável americana Jamaica Kincaid. Há, porém, convidados notáveis porquê a geógrafa americana Ruth Wilson Gilmore, o crítico espanhol Jorge Carrión e a escritora portuguesa Lídia Jorge.

Autores porquê a brasileira Aline Bei, a chilena Lina Meruane e o prateado Pedro Mairal se dividem entre a programação da feira e da Bienal do Livro, evento de porte quase dez vezes maior que acontece no Rio de Janeiro praticamente ao mesmo tempo —começou nesta sexta e, porquê o evento paulista, segue até dia 22.

“A coincidência com a Bienal não foi planejada, mas, uma vez que aconteceu, o desenlace parece positivo”, afirma Werneck. De indumentária, a divulgação das datas simultâneas gerou uma vaga de frustração no mercado editorial. O diretor da feira afirma, no entanto, que o setor “está dando prova de subida capacidade de realização e organização”.

“É impressionante a capacidade de fala dos editores independentes, a capacidade de transformar adversidades em oportunidades, e isso está acontecendo nesse caso”, diz ele.

“Tanto a Bienal porquê a Feira do Livro estão se beneficiando da presença de autores internacionais, a Bienal nos cedeu autores que convidou e pagou, e a Feira também está fazendo o mesmo. Acho um exemplo de parceria e urbanidade entre dois festivais das duas maiores cidades do país.”

Folha

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *