Posteriormente 17 anos de telas em preto e branco, a Amazon levou cores ao Kindle, em proclamação feito nesta quarta-feira (16). A versão Colorsoft adiciona à tinta eletrônica (e-ink) e ao led branco um filtro de óxido com comprimento de vaga ajustável para entregar imagens coloridas sem o excesso de luz das telas tradicionais de smartphones.
O aparelho estreia nos Estados Unidos, por US$ 279,90 (R$ 1.557,85), no próximo dia 30 e deve chegar ao Brasil no próximo ano, disse à reportagem o vice-presidente de produtos e serviços da Amazon, Panos Panay, durante evento realizado em Novidade York.
O usuário não deve esperar os tons vivos de um celular contemporâneo nem o cansaço aos olhos. “Nós trabalhamos com um led branco de extenso espectro, que entrega a melhor cor provável”, afirma o vice-presidente para Kindle, Kevin Keith. Funciona uma vez que o prisma do álbum The Dark Side of the Moon, do Pink Floyd, ao passo que um smartphone tem LEDs de diferentes cores para formar um espectro com mais fidelidade.
Embora tenha a bateria e a performance marginalmente pior do que o protótipo repaginado do Kindle Paperwhite, também lançado nesta quarta, a Amazon atende, com o Colorsoft, ao pedido de consumidores de capas coloridas. Outrossim, projeta melhorar a visualização no aparelho de histórias em quadrinhos, mapas e guias turísticos.
O dispositivo mantém a solução do Kindle Paperwhite de 300 ppi (pixels por polegada) nas páginas em preto e branco, mas apresenta metade da qualidade das imagens coloridas —o limite é de 150 ppi.
Por outro lado, a tela e-ink permite zoom em mapas e fotos sem pixelizar as imagens, já que os desenhos são formados por microcápsulas de tinta delineadas por força magnética. A técnica sacrifica a taxa de reprodução de quadros para prometer mais contraste e menos estresse na visualização —um vídeo, por exemplo, perderia sentido no display.
O desenvolvimento, de entendimento com Keith, durou dois anos e envolveu testes com 15 milénio ebooks disponíveis na Amazon.
As cores tornam o carregamento do Kindle Colorsoft “um pouco mais vagarosamente” do que a versão em preto e branco mais potente, o Paperwhite. O filtro suplementar de LED também gasta mais bateria —a autonomia é de oito semanas de leitura ininterrupta, com clarão mínimo. A Amazon diz que o resultado é de “bateria virtualmente infinita nos dois casos”.
A empresa, porém, acelerou o tempo de resposta da sua novidade geração de aparelhos que, além do Colorsoft, traz versões renovadas do Kindle Basic, Paperwhite e Scribe. O tempo de carregamento de páginas é 25% menor no Paperwhite e 10% menor no Basic.
A aceleração de 25% no Paperwhite torna quase imperceptível aos olhos as sombras deixadas durante a troca de página, conhecidas por todos que já usaram o leitor do dedo da Amazon.
A autonomia do aparelho também aumentou com avanços técnicos, de entendimento com a big tech. Agora, dura até três meses, com o clarão no nível mais insignificante.
O Kindle Paperwhite ganhou 0,2 polegada em diâmetro e está 10% mais fino. Começa a ser vendido no Brasil, com 16 gigabytes de armazenamento, nesta quarta, por preços a partir de R$ 849.
A versão Signature, com o duplo de armazenamento, aprimoramento metálico e à prova d’chuva, além de carregamento por indução (sem fio), sai por R$ 999.
No Brasil, os dispositivos estarão disponíveis somente nas cores preta e preta metalizada. Nos Estados Unidos, há também as opções “jade” (um verdejante escuro luzidio) e “raspberry” (magenta).
A Amazon também reformulou a versão de ingresso do Kindle, Basic, que será vendido por R$ 599 com aprimoramento de plástico nas cores preta e matcha green (cor de chá verdejante nipónico). O aparelho tem tela 25% mais luzidio do que a versão anterior e solução agora igual à do Paperwhite, 300 ppi, além de 16 GB de armazenamento.
O Basic tem tela de seis polegadas e pesa 158 gramas. A bateria do Kindle mais portátil dura até dois meses de leitura ininterrupta. A empresa afirma que a autonomia do aparelho pode ser comprometida por uso com maior clarão, em ambientes ensolarados.
Todos os modelos têm tela antirreflexo.
Panay afirma que os brasileiros leram mais de 21 bilhões de páginas do Kindle ao longo do ano pretérito. “Queremos expandir mais no país.”
Outro destaque do evento foi a novidade versão do Kindle Scribe, leitor do dedo anunciado em 2022 e que recebe anotações a partir de uma caneta eletromagnética. O dispositivo, com data de lançamento nos EUA prevista para dezembro, ganhou uma lucidez sintético capaz de sumarizar notas manuscritas.
Outrossim, o aparelho recebeu novidade interface, com diagramação e fontes ajustáveis. Assim, o usuário pode emular a experiência de rabiscar um livro sem comprometer a leitura.
O Kindle Scribe, porém, nunca foi vendido no Brasil. Nos Estados Unidos, custará US$ 399,90 (R$ 2.254,32), um preço mais de duas vezes superior ao que os demais itens da risco com tela em preto e branco.
“Ajustar essa risco de preço [ao poder de compra da população] é o nosso grande duelo para levar o Scribe ao Brasil”, disse Panay.
PREÇOS
Kindle Paperwhite 16 GB – R$ 849 (em cor preta e aprimoramento de plástico)
Kindle Signature 32 GB – R$ 999 (preto metalizado)
Kindle Basic 16 GB – R$ 599 (preto ou matcha)
Kindle Colorsoft – US$ 279,99 (R$ 1.577,85)
Kindle Scribe – US$ 399,90 (R$ 2.254,32)
O repórter viajou a invitação da Amazon