Livro Mostra Como Huawei Virou Sinônimo De Tecnologia 31/01/2025

Livro mostra como Huawei virou sinônimo de tecnologia – 31/01/2025 – Mercado

Tecnologia

É quase impossível passar um dia na China sem tocar em alguma segmento do poderio da Huawei. O gigante tecnológico chinês vende uma variedade de eletrônicos de consumo, desde TVs e sistemas de mansão inteligente até smartphones.

Suas redes de telecomunicações e centros de dados mantêm a população conectada; suas soluções de meio autônoma estão integradas em um número crescente de carros elétricos. A empresa projeta semicondutores, constrói painéis solares e até possui hotéis. Outrossim, opera sistemas de vigilância para governos locais, enquanto utiliza seu vasto poder de compra e distribuição para pressionar fornecedores e concorrentes.

Não é excesso chamá-la de “a empresa mais poderosa da China”, porquê faz Eva Dou em seu novo livro, “House of Huawei”. A jornalista do Washington Post e ex-correspondente na China escreveu um relato competente sobre uma empresa que se tornou sinônimo da supremacia tecnológica crescente da China e um ponto de tensão nas relações entre os EUA e o país asiático.

A Huawei é uma empresa extremamente ambiciosa. Desde sua instauração, em 1987, em Shenzhen, ela passou a dominar as redes de telecomunicações globais por meio de apostas estratégicas em tecnologia.

Ao longo do caminho, atraiu um escrutínio crescente de governos fora da China que temem que os equipamentos de rede da Huawei permitam espionagem por segmento de Pequim.

No entanto, pouco se sabe sobre o funcionamento interno dessa empresa misteriosa. Ela foi colocada no meio das atenções globais em 2018, em seguida a prisão de sua diretora financeira, Meng Wanzhou, no Canadá.

Os EUA buscaram extraditar Meng, também filha do misterioso fundador da Huawei, Ren Zhengfei, por seu papel nos negócios da empresa no Irã. O livro narra o drama em detalhes e explica por que a Huawei se encontrou no meio de tanta controvérsia.

É uma história que está no coração da relação geopolítica mais significativa de hoje e leva o leitor a entender por que Washington e Pequim estão em desacordo sobre o tramontana de uma empresa que fez tanto para fortalecer o ecossistema tecnológico da China e estender sua influência no exterior.

Washington pressionou aliados a parar de usar os equipamentos 5G da Huawei, o que o Reino Unificado inicialmente resistiu antes de ceder, ordenando que os equipamentos fossem retirados das redes públicas.

Donald Trump impôs sanções à Huawei pela primeira vez em 2019, durante seu primeiro procuração, restringindo algumas empresas dos EUA de fazer negócios com ela por preocupações de segurança pátrio. A ação transformou a Huawei em um vítima na China.

O ataque de Washington continuou sob Joe Biden, que apertou ainda mais as restrições à empresa. Pequim fez grandes esforços para estribar a Huawei em meio à turbulência,em seguida ter rachado o entrada à tecnologia estrangeira sátira que usava em seus produtos.

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O governo a cobriu de subsídios, pressionou clientes a comprar seus produtos em vez de alternativas importadas e poupou-a de qualquer ação durante uma repressão tecnológica que domou o poder de outros gigantes chineses, porquê Tencent e Alibaba.

Agora, Marco Rubio, escolha de Trump para secretário de Estado na novidade gestão dos EUA, aponta para mais quatro anos turbulentos para a Huawei. Rubio recentemente escreveu um cláusula de opinião para o Miami Herald dizendo que o objetivo da Huawei é a “dominação global”, chamando-a de “menos uma empresa de telecomunicações do que um ativo geopolítico do Partido Comunista Chinês”.

A Huawei insiste em que é uma empresa privada e que o governo não interfere em seus negócios ou na segurança de seus produtos.

A prisão de Meng forçou a Huawei a se perfurar para o mundo exterior. O reservado Ren deu entrevistas à mídia estrangeira porquê segmento de uma ofensiva de charme para ajudar no caso de sua filha. Dou narra a vida de Ren —desde sua puerícia crescendo na pobreza em Guizhou, uma província montanhosa no sudoeste da China, até guiar o maior operário de equipamentos de telecomunicações do mundo— de uma forma que ajuda o leitor a entender o que motiva esse engenheiro notoriamente implacável.

O primeiro negócio da Huawei foi importar comutadores telefônicos antes de edificar suas próprias versões mais baratas, copiando designs estrangeiros no processo. Mais tarde, beneficiou-se de uma política governamental para varar tecnologia estrangeira na rede de comunicações da China.

A Huawei desenvolveu uma reputação de magnanimidade para com funcionários do governo e executivos de telecomunicações, pagando por viagens internacionais e hospedando banquetes luxuosos em seu campus. Dou retrata Ren porquê um profissional em networking, incluindo o envio de bolos de natalício para especialistas em telecomunicações aposentados que ajudaram a Huawei.

Há muitas perguntas sem resposta sobre a Huawei que são a raiz de seus problemas com os EUA. Qual é sua relação com o Partido Comunista Chinês? Sua tecnologia facilita a espionagem de Pequim no exterior? Qual é a relação de Ren com o Tropa de Libertação Popular, onde ele foi engenheiro? As inovações tecnológicas iniciais da Huawei em tecnologia de roteadores vieram, porquê dizem seus críticos, à custa de um roubo desordenado de propriedade intelectual de rivais ocidentais que ela logo aniquilou?

Dou não dá uma resposta definitiva a essas perguntas, mas expõe eloquentemente os fatos disponíveis e permite que os leitores tirem suas próprias conclusões. Ela também é transparente sobre os limites de reportagem para entender essa empresa propositalmente opaca.

O leitor fica com a sentimento de que o pedestal político foi instrumental para a subida da Huawei e que Pequim tem um poderoso interesse em vê-la ter sucesso.

“House of Huawei” é melhor quando descreve porquê a empresa venceu a luta para dominar os sistemas de informação de rede global.

As empresas de tecnologia chinesas são conhecidas por suas horas de trabalho brutalmente longas e cultura de trabalho dedicada. Mas nenhuma tanto quanto a “guerreira lobo” Huawei, que despachou trabalhadores durante a pandemia de Sars, em 2003, para lucrar contratos sobre empresas estrangeiras que recuaram sua força de trabalho durante a crise de saúde e desafiou avisos oficiais para trespassar de países em tumulto durante a Primavera Sarraceno, enviando engenheiros para consertar equipamentos quebrados por manifestantes.

A Huawei reflete a subida de muitas outras empresas chinesas que se aventuraram em setores dominados pelo Poente. Inicialmente, rivais descartaram a empresa, dizendo que ela não poderia inovar. Isso provou ser um erro infalível, já que a Huawei passou a dominar o lançamento da tecnologia 5G e tem seus olhos postos em projetos ainda mais ambiciosos.

Embora o livro forneça um relato organizado do crescente domínio da Huawei em comunicações de rede, não cobre seus negócios mais novos que vê porquê o horizonte da empresa, incluindo centros de dados, IA generativa e meio autônoma. Mas oferece ao leitor um relato equilibrado e detalhado de uma empresa que enfrentou múltiplas crises e emergiu mais poderosa do que nunca.

Depois o retorno de Meng à China, no final de 2021, o breve período de lhaneza terminou. A empresa parou de galantear jornalistas estrangeiros e de fornecer detalhamentos financeiros em relatórios anuais. Não cooperou com Dou no livro.

À medida que a Huawei se retira dos holofotes e a reportagem sobre a empresa se torna mais difícil, um livro que descreve suas origens e lugar na história corporativa chinesa é mais necessário do que nunca.

Folha

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