Livros sobre plantas e velhice entre lançamentos da semana

Livros sobre plantas e velhice entre lançamentos da semana – 24/04/2025 – Ilustrada

Celebridades Cultura

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Marcelo Rubens Paiva sente o mesmo insensível na ventre de um responsável prestes a publicar seu segundo livro, mas “O Novo Agora” (Alfaguara, R$ 79,90, 272 págs.) será seu décimo sétimo.

O sentimento é explicado pelo boom que viveu com sua obra “Ainda Estou Cá”. O livro lançado em 2015 nasceu na Flip de 2014, quando Paiva narrou trechos ainda crus da obra sobre sua família. E o que veio depois —uma vez que escreve o editor Walter Porto— é história de cinema.

Mesmo depois de se tornar um sucesso literário no Brasil e no mundo, Paiva ainda se questiona. Na estação em que lançou “Feliz Ano Velho”, se perguntava: “quem vai querer ler a história de um garoto que fica paraplégico aos 20 anos?”. Agora, a pergunta da vez é: “quem vai se interessar por um rostro de cadeira de rodas criando dois filhos?”

Em “O Novo Agora”, Paiva sai pela primeira vez do lugar de fruto (de Rubens e Eunice Paiva) para se apresentar uma vez que o pai cadeirante dos meninos que labareda de Mulato e Loirinho. Em seu terceiro livro de memórias, o responsável trata desde o promanação de seu primeiro fruto, há 11 anos, passando pela invenção da paternidade, o divórcio, a pandemia, a morte da mãe, a adaptação cinematográfica de seu livro e a sensação de caça às bruxas durante o governo Jair Bolsonaro.


Acabou de Chegar

“A Trama das Árvores” (trad. Carol Bensimon, Todavia, R$ 129,90, 648 págs.) entrelaça oito histórias de personagens que tiveram suas vidas impactadas pelas vegetais. O romance reflete a vida do responsável americano Richard Powers, que largou seu incumbência de professor numa das universidades mais prestigiosas do mundo e foi morar no parque florestal Great Smoky Mountains para concluir o livro. Sua obra, segundo o editor Walter Porto, mostra nossa existência uma vez que efêmera em relação a muito do resto da natureza.

“Nós que Estamos Cá Agora” (trad. Kristin Lie Garrubo, Companhia das Letras, R$ 64,90, 136 págs.) nasceu de uma lapso que o noticiarista norueguês Jostein Gaarder procura reparar. Ele contou à repórter Clara Balbi que, ao reler seu best-seller “O Mundo de Sofia”, percebeu que não tinha abordado uma questão da filosofia ocidental que talvez seja a principal pergunta da atualidade: uma vez que podemos preservar as condições de vida na Terreno?

“Feitiços” (trad. Milena Woitovicz Cardoso, Todavia, R$ 94,90, 368 págs.) foi escrito com raiva pela polonesa Agnieszka Szpila, que se revolta em prol da natureza. Em seu livro de verve ecofeminista, as protagonistas fazem sexo com a Terreno. Szpila explica à jornalista Marcella Franco a metáfora de pensar no planeta uma vez que Amante Terreno ao invés de Mãe Terreno: “Mães são pessoas que você pensa que devem tudo a você por razão dos seus traumas de puerícia, portanto você acha ok perfurar essa mãe em procura de petróleo e pujança. Quando ela é uma amante, a relação fica mais equilibrada, suave e gentil.”


E mais

“Cadelas de Aluguel” (trad. Marina Waquil, DBA, R$ 72,90, 176 págs.) é um romance mosaico, formado por diferentes perspectivas de personagens mulheres que sofrem e exercem violência. Para a sátira Lívia Prado, a autora Dahlia de la Cerda é comparável a outras escritoras latino-americanas que tematizam a violência extrema uma vez que Mariana Enríquez e Mónica Ojeda. Mas De la Cerda se diferencia por sua preocupação em pupular e por um tom blasé estável.

“Membrana” (trad. Michelle Strzoda, Relicário, R$ 68,90, 200 págs.), de Jorge Carrión, é um tentativa especulativo que emula o catálogo de um museu construído na selva amazônica por uma rede sintético do próximo século. Buscando o tom da perceptibilidade sintético, a narração se limita a enunciar fatos e enumerar coisas —”deixando a leitura tão animada e enxurrada de vida quanto a Siri, a Alexa e uma lista de supermercado”, escreve o crítico Joca Reiners Terron.

“Memórias de uma Antropóloga Malcomportada” (Record, R$ 54,90, 224 págs.) é o livro mais íntimo de Mirian Goldenberg. Colunista da Folha há 15 anos, Mirian construiu sua curso tratando de temas uma vez que sexualidade, envelhecimento, corpo e protagonismo feminino. Segundo a repórter Vitória Macedo, o novo livro rompe com o tom analítico dos escritos anteriores de Goldenberg e reúne episódios de sua vida pessoal e profissional em tom confessional.

“Uma História da Vetustez no Brasil” (Autêntica, R$ 74,90, 320 págs.) investiga a vetustez escondida por trás dos adultos. O livro de Mary del Priore surgiu da constatação dela de que, mesmo em uma era de cirurgias plásticas e medicina avançada, não é provável dominar o tempo. “Parece que inventamos uma novidade vetustez. Uma vetustez com rosto de plástico. Mas, no fundo, o que o velho precisa é morrer com distinção”, afirmou à repórter Paola Churchill.


Além dos Livros

O noticiarista Cadão Volpato e o livreiro Bernardo Ajzenberg preparam o lançamento de uma editora independente em maio. A Seja Breve trará ao mercado livros curtos de 80 a 150 páginas em formato pequeno, de tapume de 18 por 12 centímetros. Volpato disse ao Tela das Letras que o selo nasce uma vez que um “contraveneno” para os tempos atuais de leituras fragmentadas.

A editora Estabelecimento do Tempo organiza lançamentos para confirmar sua novidade proposta de investir em grandes reportagens escritas por mulheres. Segundo o Tela das Letras, os dois livros que estreiam essa novidade risco editorial serão lançados em junho. São eles: “Porquê Nasce um Miliciano”, da mineira Cecília Olliveira, e “Gaza Está em Toda Secção”, da portuguesa Alexandra Lucas Coelho.

O responsável britânico Neil Gaiman, divulgado por “Coraline” e “Sandman”, vem sendo culpado por diversas mulheres de coerção, assédio e insulto sexual desde julho de 2024. O noticiarista, porém, nega as acusações e afirma que todas as suas relações foram consensuais. Agora, ele exige uma indenização de US$ 500 milénio de Caroline Wallner, uma das mulheres que o acusaram de insulto. Gaiman processa Wallner por ter quebrado um convénio de confidencialidade que eles firmaram em 2021.

Folha

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