Responsáveis pela produção de cereais, carnes, frutas, verduras, oleaginosas e legumes, os moradores da zona rústico continuam enfrentando mais instabilidade nutrir do que quem mora nas cidades brasileiras.
Dados da Pesquisa Pátrio por Modelo de Domicílios (Pnad) Contínua, referentes ao último trimestre de 2023, mostram que enquanto a segurança nutrir das áreas urbanas atinge 73,3% dos lares; no campo, esse percentual cai para 65,5%.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (25), pelo Instituto Brasílico de Geografia e Estatística (IBGE).
A instabilidade nutrir ligeiro atinge 21,8% dos domicílios rurais (contra 17,7% nas cidades). O mesmo ocorre com os graus mais severos de instabilidade.
A instabilidade nutrir moderada afeta 7,2% das famílias no campo (contra 5% nas cidades), enquanto a instabilidade grave atinge 5,5% dos lares da zona rústico (contra 3,9% dos domicílios urbanos).
Metodologia e noção
A metodologia da pesquisa incluiu um questionário sobre a situação nutrir do residência nos 90 dias que antecederam a entrevista. A classificação é feita em quatro níveis, segundo a Graduação Brasileira de Instabilidade Nutrir.
O intensidade de segurança nutrir demonstra que aquela família tem chegada regular e permanente a mantimentos de qualidade, em quantidade suficiente. A instabilidade nutrir ligeiro representa preocupação ou incerteza em relação aos mantimentos no horizonte, além de consumo de comida com qualidade inadequada de forma a não comprometer a quantidade de mantimentos.
A instabilidade moderada significa redução quantitativa de mantimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de sustento resultante da falta de mantimentos entre os adultos.
Enquanto a instabilidade grave demonstra uma redução quantitativa de comida e ruptura nos padrões de sustento resultante da falta de mantimentos entre todos os moradores, incluindo as crianças.
Apesar de ainda seguir a tendência histórica de apresentar mais instabilidade nutrir que a cidade, o campo apresentou, no ano pretérito, sua melhor situação desde que o levantamento começou a ser feito pelo IBGE, em 2004, tanto em relação à segurança nutrir quanto em relação às inseguranças moderada e grave.
A pesquisa anterior, realizada em 2017 e 2018, por exemplo, apontava para a segurança nutrir em 53,6% dos lares da extensão rústico. As inseguranças moderada e grave afetavam, em 2017/2018, 12,2% e 7,1% dos domicílios rurais, respectivamente.
Provimento
Segundo o pesquisador do IBGE Andre Martins, a questão da instabilidade nutrir no campo é derivada de uma série de fatores, que incluem o provimento.
“Você tem que ter o chegada aos mantimentos, tem que conseguir chegar até os mantimentos. Tem também a questão do rendimento, que é muito associado à segurança nutrir. E os padrões de rendimento da extensão urbana são maiores do que nas áreas rurais. Muito embora na extensão rústico tenha a produção dos próprios mantimentos, o que não conseguimos ver na extensão urbana”, explica o pesquisador.
A pesquisa do IBGE, aliás, mostra que o rendimento é um elemento fundamental para a garantia da segurança nutrir. Enquanto os domicílios com renda mensal per capita de um quarto do salário mínimo são unicamente 8,3% dos lares brasileiros, eles representam 24,1% daqueles que apresentam instabilidade nutrir moderada ou grave.
Já as famílias com renda per capita com mais de dois salários mínimos representam 21,1% do totalidade do país, mas são unicamente 2,6% daqueles que apresentam instabilidade nutrir moderada ou grave.
Crianças e adolescentes estão mais sujeitos à instabilidade nutrir do que adultos ou idosos. Segundo a pesquisa, 10,8% das crianças com até 4 anos e 11,4% das pessoas com idade entre 5 e 17 anos vivem em lares com instabilidade nutrir moderada ou grave.
Entre os adultos e idosos, os percentuais daqueles que vivem em domicílios com esses mesmos graus de instabilidade nutrir são os seguintes: 18 a 49 anos (9,1%), 50 a 64 anos (10%) e 65 anos ou mais (6,9%).
Diferenças regionais
Segundo o IBGE, as proporções de domicílios com instabilidade nutrir moderada ou grave nas regiões Setentrião e Nordeste são muito maiores do que as apuradas nas demais regiões. No Setentrião, o percentual é de 16%, mais do que o duplo do Núcleo-Oeste (7,9%) e do Sudeste (6,7%) e mais que o triplo da região Sul (4,7%). No Nordeste, o percentual é de 14,8%.
Entre os estados, os destaques negativos são os estados do Pará, onde 20,3% dos domicílios apresentam instabilidade moderada ou grave, Sergipe (18,7%) e Amapá (18,6%).
Por outro lado, apresentam as taxas mais baixas de instabilidade nutrir moderada ou grave os estados de Santa Catarina (3,1%), Paraná (4,8%), Rondônia (5,1%) e Espírito Santo (5,1%).
Gênero e cor
Nos lares comandados por mulheres, a parcela daqueles com instabilidade nutrir moderada ou grave é de 10,8%, contra o percentual de 7,8% nos domicílios cujos responsáveis principais são homens. A diferença é de 3 pontos percentuais.
A disparidade no entanto, diminuiu, se compararmos com a pesquisa de 2017/2018, quando a instabilidade moderada ou grave afetava 15,3% dos domicílios cujos responsáveis eram mulheres, isto é, 4,5 pontos percentuais a mais do que o observado nos lares comandados por homens (10,8%).
Há desigualdade também no que se refere à cor ou raça. Os pretos e pardos (negros) são responsáveis por 56,7% dos lares do país, mas respondem por 74,6% dos domicílios que convivem com instabilidade nutrir grave.
Instrução
Em relação ao nível de instrução, os domicílios cujos responsáveis não tem instrução ou tem no supremo o ensino fundamental incompleto representam 33,2% do totalidade de lares brasileiros.
Avaliando-se unicamente os lares que enfrentam instabilidade nutrir grave, aqueles que são comandados por pessoas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto representam 58,6% do totalidade.
Já os lares cujos responsáveis têm ensino superior completo respondem por 19,1% do totalidade do país, mas são unicamente 2,9% dentre aqueles com instabilidade grave.