Mundo Vai Mudar Para Pior, Diz Nouriel Roubini 06/08/2024

Mundo vai mudar para pior, diz Nouriel Roubini – 06/08/2024 – Ilustrada

Celebridades Cultura

Para Nouriel Roubini, economista que palestrou no ciclo Fronteiras do Pensamento na noite desta segunda-feira (8), o mundo vai mudar na próxima dezena. E, muito possivelmente, para pior.

Publicado porquê “Doutor Apocalipse” por ter sido uma das vozes que alertaram para a crise financeira de 2008, o responsável do livro “Mega-Ameaças” identificou dez grandes desafios que colocam em xeque o sistema político e econômico dominante pelos últimos 75 anos.

“Vivemos em uma era de hiper-incerteza. Além dos riscos econômicos e financeiros, temos de considerar os sociais, políticos, geopolíticos, ambientais e tecnológicos”, explicou o professor da Universidade de Novidade York.

Roubini defendeu que o mundo passa por uma mudança de regime, e que o porvir dá todos os sinais de que será bastante dissemelhante do pretérito recente.

Para o economista, um dos fatores centrais dessa transformação é a mudança do quadro econômico: se antes o mundo vivia uma era de “estagnação secular”, representada por uma tendência de baixa inflação e plebeu propagação entre as economias mais desenvolvidas, agora a verdade é de “estagflação”, onde o plebeu propagação está escoltado de uma subida da inflação.

Os sinais, argumentou o conferencista, são visíveis no mundo pós-Covid. O aumento do preço das commodities, uma procura de diversos países pela desdolarização, a queda dos investimentos off-shore e o aprofundamento dos déficits e dívidas orçamentárias seriam fatores claros.

Mas os desafios não se limitam ao contexto econômico. As “mega-ameaças” que se apresentam passam por quase todas as camadas da sociedade.

Do lado político, a disputa entre os Estados Unidos e seus aliados e o que Roubini labareda de “conjunto revisionista”, com países porquê China e Rússia, já se aprofunda em conflitos armados e indiretos —o que implica numa verosímil fragmentação do mercado mundial e um aumento de protecionismo econômico.

O que, por sua vez, se liga ao propagação de governos autoritários de esquerda e direita, impulsionados pelo aumento da desigualdade social e econômica que radicaliza os eleitores.

O fortalecimento das pautas populistas também ajuda a explicar outra ameaço descrita pelo americano: se antes o impacto econômico do envelhecimento da população em países desenvolvidos era mitigado pela chegada de mão de obra jovem estrangeira, o endurecimento de leis anti-imigração nos Estados Unidos e Europa apontam para uma bomba-relógio demográfica.

A grande ameaço do aquecimento global só agrava isso, argumenta Roubini. Com bilhões de pessoas em situação de risco por conta das mudanças climáticas, a tendência é que movimentos migratórios e conflitos internos só se intensifiquem nas próximas décadas.

Mormente considerando que a fragmentação política impede uma cooperação global eficiente para impedir que as projeções mais catastróficas de aumento de temperatura se tornem verdade. Sem falar nos efeitos colaterais do sinistro climatológico, porquê o surgimento de novas e mais letais pandemias.

Se movimentos migratórios em volume e o propagação da desigualdade parecem inevitáveis, o progressão da perceptibilidade sintético pode ser a pinga d’chuva. Para o economista, se não for solícito, essa tecnologia pode valer a extinção de milhões de postos de trabalho que não serão substituídos tão cedo.

Para o responsável, os problemas se apresentam porquê “guerras” que o mundo precisará enfrentar na próxima dezena. Os governos vão precisar gastar fortunas para sofrear novos conflitos geopolíticos, a crise climática, pandemias e mourejar com o rápido desenvolvimento tecnológico e a volume de pessoas destituídas surgida em seus rastros. Mas nem tudo está perdido.

“Nos últimos séculos, a tecnologia permitiu avanços econômicos que fizeram com que mesmo as pessoas em países mais pobres vivessem mais e com mais renda per capita”, argumentou o Roubini. Avanços na robótica, nas ciências da saúde e na lavradio podem ajudar a solucionar muitas das ameaças globais.

“A questão é se vamos sobreviver a essas mega-ameaças até que essas tecnologias nos levem a um lugar melhor”, sacramentou o economista.

O ciclo Fronteiras do Pensamento terá palestras de nomes porquê Anna Lembke e Simon Sebag Montefiore, e já contou com a participação de Stuart Russell, Muriel Barbery e Yascha Mounk.

Folha

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