O Adeus A Colasanti, A Reedição De Pignatari E Mais

O adeus a Colasanti, a reedição de Pignatari e mais – 30/01/2025 – Ilustrada

Celebridades Cultura

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Com poemas, ensaios, crônicas, contos de fadas, traduções, histórias infantis e reportagens para crianças, jovens e adultos, a obra de Marina Colasanti foi dada por completa nesta terça (28), com a morte da autora de 87 anos.

A escritora e artista plástica que foi referência na produção infantojuvenil acumulou diversos prêmios ao longo de seus mais de 50 anos de curso. Além de nove estatuetas do Jabuti, Colasanti também foi laureada com o prêmio Machado de Assis, da Liceu Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra.

Para Bruno Molinero, responsável do blog Era Outra Vez, o Hans Christian Andersen, equivalente ao prêmio Nobel da literatura infantil, do qual Colasanti já foi finalista, perdeu mais em não premiar a autora do que ela em não recebê-lo.

Filha de italianos nascida na Eritreia colonial, a escritora estreou em 1968 com “Eu Sozinha”, livro sobre a solidão, e escreveu até o término de sua vida.


Acabou de Chegar

“Trova Pois É Trova” (Companhia das Letras, R$ 299,90, 402 págs.), em reedição cuidadosa, oferece uma novidade aproximação à obra do concretista Décio Pignatari, mais de uma dezena depois de sua morte. Para o jornalista Claudio Leal, o livro “abrange todas as faces da linguagem de Pignatari e demonstra sua destreza nos poemas em versos”.

“Vera” (Todavia, R$ 69,90, 304 págs., R$ 49,90, ebook) é o primeiro livro do gaúcho José Falero com protagonismo feminino. Nessa história sobre mulheres da quebrada em que a masculinidade tóxica também é personagem, Falero diz que atinge o vértice de seu domínio técnico, segundo afirma à jornalista Paula Jacob.

“Condições Ideias de Navegação para Iniciantes” (Companhia das Letras, R$ 79,90, 232 págs., R$ 39,90, ebook) marca o retorno de Natalia Borges Polesso aos contos em seguida seu premiado “Amora”. A novidade coletânea da contista gaúcha, que aponta o gênero uma vez que injustiçado, combina elementos de seus livros anteriores em um projeto estético e político de construção de imagens e relatos queer.


E mais

Lançamentos ligados a Ferreira Gullar, morto há oito anos, reforçam o legado do vencedor do Camões uma vez que poeta e também crítico de arte e dramaturgo. Entre traduções em curso e novas edições de suas obras, o repórter Naief Haddad destaca a reedição de “Rabo de Foguete”, em que Gullar escreve sobre seus anos de exílio na União Soviética.


Em “História da Literatura no Rio Grande do Sul” (Coragem, R$ 480,00, 2382 págs.), o professor Luís Augusto Fischer junta autores canônicos uma vez que Erico Verissimo, Dyonelio Machado e Moacyr Scliar a histórias de folclore, saraus e músicas em seis volumes que almejam dar conta de toda a produção literária de seu estado. Para a sátira Paula Sperb, Fischer concretiza sua proposta e vai além, apresentando “uma escolha acadêmica viável de pensar as diferentes histórias”.

“A Sedução do Simples”, livro do psiquiatra Fredric Wertham que se tornou referência da repreensão às histórias em quadrinhos nos Estados Unidos, pode lucrar uma edição brasileira 70 anos em seguida a sua publicação. Uma vez que conta o repórter Lucas Monteiro, o livro inspirou a geração de um selo de autorregulação da Associação Americana das Revistas em Quadrinhos, que vetava palavras, temáticas e até cores nas revistas.


Além dos Livros

“Ainda Estou Cá”, o livro que gerou a adaptação cinematográfica que agora concorre ao Oscar, será publicado nos Estados Unidos e no Reino Unificado em 2026. O Quadro das Letras conta que a obra memorialística de Marcelo Rubens Paiva vai lucrar uma sequência em junho deste ano, pela Alfaguara, intitulada “O Novo Agora”.

Outra notícia trazida pelo Quadro é o recém-lançado Pitaya, selo da HarperCollins Brasil voltado à literatura young adult, que acaba de comprar obras das escritoras Thalita Rebouças e Becky Albertalli.

Na última semana, o meio literário brasílico foi comovido por um incidente do podcast Rádio Novelo Apresenta no qual a escritora Vanessa Barbara narra o término conturbado de seu himeneu com o editor André Conti, sócio-fundador da Todavia, em 2011. A autora de “Três Camadas de Noite” conta uma vez que descobriu que seu logo marido compartilhava detalhes íntimos das traições dele em um grupo de emails com 15 homens ativos no mercado editorial. A história completa foi contada pela pilastra de Mônica Bergamo.

Folha

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