Volante com passagens por Palmeiras, Figueirense, Criciúma e Hannover-ALE, o experiente França, 33, recebeu no termo do ano pretérito um invitação para tutorar o pequeno time do Laguna, SAF (Sociedade Anônima do Futebol) sediada em Tibau do Sul, no Rio Grande do Setentrião, que logo disputava a segunda separação do Campeonato Potiguar.
Uma preocupação inédita que surgiu em um primeiro momento foi relacionada à alimento, pelo indumentária de o Laguna ser o primeiro time de futebol profissional vegano do Brasil.
“Quando me fizeram a proposta de vir para o Laguna, na minha cabeça imaginava que a alimento era só folha, por ainda não ter conhecimento a reverência. Venho de uma cultura onde a mesocarpo é a única manadeira de proteína que o desportista precisa. Simples que, quando cheguei, vi que a comida é normal. Arroz, feijoeiro, macarrão, mandioca, salada. A única coisa que não tem é a proteína de origem bicho, mas tem a proteína de soja que, somada com outras suplementações, ajuda muito no dia a dia”, afirmou o jogador à Folha.
Ele acrescentou que, ao passar a adotar a alimento vegana, se adaptou mais rápido do que imaginava à dieta e sentiu que seu desempenho físico melhorou.
“Tenho me surpreendido com o que tenho feito dentro de campo. No ano pretérito, joguei todos os jogos e não sai nenhum minuto e, neste ano, está sendo a mesma coisa. A minha recuperação está sendo muito boa”, afirmou França.
O resultado esportivo atribuído à alimento vegana foi tão positivo que ele levou a dieta para além dos muros do clube e passou a seguir o cardápio sem proteína bicho também em lar.
“Apesar de ter 33 anos, ainda tenho muita coisa pela frente no futebol e preciso focar na minha requisito física”, afirmou o volante.
Com a braçadeira de capitão, França guiou o Laguna ao título da segunda separação do Potiguar no ano pretérito, conquistando o chegada à escol do estado em 2025.
Com seis gols, o bombeiro do time na campanha de chegada foi outro rosto publicado dos torcedores —o atacante Bill, de 40 anos, com passagens por Corinthians, Santos, Coritiba e Ceará.
“Para mim, os primeiros meses foram muito difíceis para se conciliar à comida, que é muito dissemelhante, e às vezes a gente sente falta de uma mesocarpo”, disse o atacante, que esteve nos últimos anos no futebol tailandês.
“Mas as cozinheiras do clube ajudam bastante e estão de parabéns pela comida, pelo tempero. E a dieta também ajudou até para perder um pouco de peso, porque eu estava meio pesadinho”, disse o jogador, que já se tornou o maior bombeiro da história do Laguna, com dez gols em 18 partidas.
Em sua estreia na primeira separação potiguar, o Laguna ainda não sabe o que é perder. São até cá cinco empates, incluindo contra os dois grandes do estado —ABC e América-RN—, e quatro vitórias. O clube está classificado às semifinais, tendo pela frente o ABC, nos dias 8 e 15 de março.
“Por onde passo, trago títulos. E acho que todo mundo tem que ter a anseio de ter títulos, porque o jogador só é reconhecido com conquistas”, afirmou o atacante.
Ele disse ainda estar se adaptando à pequena cidade de Tibau do Sul, que tem somente 17 milénio habitantes, mais conhecida pela Praia de Pipa. “Chega sete, oito da noite e já está tudo fechado, mas é uma cidade muito gostosa, com uma população que nos acolheu muito muito.”
Fundador e CEO do Laguna, Gustavo Nabinger afirmou que, ao determinar iniciar as atividades do Laguna, optou pelo veganismo por ser uma dieta que ele próprio segue há anos.
“Nossa teoria é terminar com o preconceito e levar informação para as pessoas. Mostrar que, se você é desportista e tem pavor de adotar uma dieta vegana por conta de performance, pode permanecer tranquilo.”
Ex-jogador e treinador de times de base, Nabinger disse que o objetivo traçado para o clube é conseguir a Série A do Campeonato Brasiliano até 2032, quando a clube vegana completa dez anos.
A opção pela camisa rosa, acrescentou o dirigente, foi por ser uma cor pouco usual no futebol, que ainda não era utilizada por nenhuma grande equipe do país. “Na era em que começamos, ninguém falava sobre o Inter Miami”, disse Nabinger, em referência ao time que ganhou os holofotes em seguida a contratação de Lionel Messi.
Até cá, foram investidos muro de R$ 4 milhões no clube, entre capital próprio, de sócios e empréstimos. O CEO disse que pretende recolher entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão em uma campanha de crowdfunding recém-aberta e não descarta nem a sinceridade de capital (IPO, na {sigla} em inglês) do time na Bolsa de Valores.
“Nosso valuation [valor estimado do negócio] já é cinco vezes maior do que o investido. É um bom investimento”, disse o cartola.
